O programa relembra o sucesso de suas músicas que, em geral, são alegres e espirituosas mas também preocupadas com os diferentes aspectos da realidade política e social do povo brasileiro. Um de seus grandes sucessos, Kizomba – A festa da raça, foi composto em parceria com Jonas e Rodolfo e deu a vitória à Escola de Samba Unidos de Vila Isabel, em 1988, de onde era integrante da ala dos compositores.
Luiz Carlos da Vila era conhecido como o Poeta do Samba e sabia tocar acordeon e violão. Frequentava o Cacique de Ramos, onde apresentava seus sambas. Além de Kizomba, suas músicas mais conhecidas são O Sonho não acabou – uma homenagem a Candeia – O Show tem que continuar, Além da Razão e Doce Refúgio – um poema dedicado ao Cacique de Ramos. A música Por um dia de graça se tornou um dos hinos das “Diretas Já”. Seu disco de estreia, que tinha seu nome como título, foi produzido por Martinho da Vila, em 1983. O último solo, de 2005, Um Cantar à Vontade, traz uma coletânea de sua obra, registrada ao vivo.
Luiz Carlos da Vila tem músicas gravadas por Simone, Fundo de Quintal, Zeca Pagodinho, Beth Carvalho, Alcione, Jair Rodrigues e Jorge Aragão, entre outros. Orgulhoso, exaltou em seus poemas a negritude e a mistura de raças. Poucos compositores fizeram no samba, ou em qualquer outro gênero, esta grande festa da raça negra.
Direção Luiz Carlos Pires
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