Professora Ingrid 2010

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Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brazil
Magistério com habilitação em Séries Iniciais e Pré-escola (SP), Pedagogia e Psicologia da Educação (FURG), Pós-graduanda em Psicopedagogia, Mestra em Educação Ambiental com abordagem na Cultura Afro-brasileira e Artes (FURG) e ex-graduanda do Curso de Letras- Português (FURG). Estudei piano e teoria musical na Conservatório de Música do Rio de janeiro e Rio Grande. Aprendi instrumento de sopro/metal e flauta doce. Funcionária Pública Estadual e Municipal com experiência em Gestão Escolar, Supervisão Escolar, Docência, Educação Especial e EJA. Experiência no setor privado como Bancária e Secretária. Realização de projetos, como: Coral de adultos e infanto Juvenil; confecção de artesanato em geral;Coordenadora de acampamentos para crianças e jovens, adultos e idosos; recreação para crianças, jovens, adultos e idosos; música; dança;projetos sociais; palestras com diversos temas apresentados em vários Estados Brasileiros, América Latina e na Europa/Alemanha;Apresentadora de Programa de Rádio.Assessora Pedagógica das Relações Étnico-Raciais SMED/Rio Grande-RS.

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sábado, 13 de novembro de 2010

FUNDAMENTOS PARA A FORMAÇÃO E ATUAÇÃO DO PSICOPEDAGOGO

FUNDAMENTOS PARA A FORMAÇÃO E ATUAÇÃO DO PSICOPEDAGOGO

Prof Ingrid Oliveira Santos Costa

RESUMO
Este trabalho discute a importância do conhecimento e a atuação do profissional como psicopedagogo nas instituições. Discorre a respeito da relevância da busca do profissional em melhorar a sua atuação através da formação profissional.

Palavras-chave: Formação educacional; psicopedagogia institucional e clínica, atuação do psicopedagogo.
INTRODUÇÃO

Sabe-se, nos dias de hoje, que a psicopedagogia tem desenvolvido seus estudos a fim de compreender o processo de aquisição do conhecimento pelo ser humano aprimorando seus instrumentos e embasando a sua prática com conceitos teóricos.
Bossa (2000), conceitua o termo psicopedagogia como um campo de investigação do ato de aprender e como um saber científico. Considera que esta área vem criando um corpo teórico próprio, sistematizando instrumentos capazes de dar conta de suas investigações, não se propondo a especializar um profissional dando a ele parte do que lhe falta, mas fornecendo-lhe um novo olhar para caminhos percorridos. E é desse olhar que o psicopedagogo tem, que ele deve intervir no processo de ensinar e aprender, por esse motivo a formação profissional e a atualização é de suma importância.

DESENVOLVIMENTO
1.1 – A psicopedagogia e o psicopedadogo
O que objetivou o surgimento da Psicopedagogia foi investigar as questões da aprendizagem ou do não-aprender em algumas crianças. Por um longo período, atribuía-se exclusivamente à criança a patologia do não-aprender. Sequer questionavam-se a família, a escola, ou seja, as questões externas à criança. As pesquisas sobre aprendizagem baseavam-se na concepção em que a criança já nasceria predeterminada para aprender ou não.

No Brasil, a Psicopedagogia surge a partir da segunda metade do século XX, com contribuições de autores da Argentina; entre eles, Sara Paín, Jorge Visca e Alícia Fernández. Estes ministraram cursos nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul. Em Porto Alegre, destaca-se o Centro de Pesquisa em Orientação Psicopedagógica – CPOP, que, no final da década de 1980 e início da de 1990, oferecia o curso de Psicopedagogia Operativa e Clínica, coordenado pelas Dras. Vanda Spieker e Dorothy Fossati Moniz. Nesse período, nenhuma faculdade ou universidade oferecia o curso de Psicopedagogia. O primeiro curso de Psicopedagogia da FAPA ocorreu em 1995 (Moojen, 1999).

O psicopedagogo, então, se preocupa e se ocupa das relações entre os que ensinam e aprendem e como se dá esse processo de ensino-aprendizagem. O psicopedagogo trata do ser em desenvolvimento, o qual vivencia relações consigo mesmo, com o mundo que o rodeia e com diversos objetos de estudo, aprendendo na construção do seu próprio conhecimento. Isto significa dar conta dos processos de aprendizagem docentes e discentes, dos seus medos, preconceitos, dificuldades e facilidades que, articulados no conjunto, configuram a identidade de todo o grupo escolar.

A função do psicopedagogo não é dizer ao professor o que é que ele tem que ensinar, o professor sabe muito bem, e melhor do que qualquer profissional ligado à área, mas o psicopedagogo vai pontuar o "como" ele tem que ensinar questionando sempre como fazer, e para que fazer. O papel do psicopedagogo é auxiliar o professor a refletir sobre si e sobre a sua prática e como articulá-las; é mostrar as várias possibilidades que ele tem para sair daquela situação difícil e problemática (Barbosa, 1998).
2.2 – A importância do conhecimento e a atuação do profissional.

À psicopedagogia cabe, contribuir para a promoção da aprendizagem ou mesmo tratar dessas dificuldades, a qual cumpre uma importante função social: a de socializar os conhecimentos disponíveis.

Pensar a escola à luz da Psicopedagogia significa analisar um processo que inclui questões metodológicas, relacionais e socioculturais, englobando o ponto de vista de quem ensina e de quem aprende, abrangendo a participação da família e da sociedade.

O olhar do psicopedagogo e sua escuta devem estar voltados não só para o compromisso com a escola e com os seus elementos (no caso específico o professor e o aluno) mas que eles também devem incluir neste processo a família e a comunidade que também interferem na aprendizagem assim como estão também incluídos aqueles que decidem sobre as necessidades e prioridades da escola.

Rubinstein (1992) observa que o campo de atuação do Psicopedagogo Institucional refere-se não só ao espaço físico onde se dá esse trabalho, mas especificamente ao espaço epistemológico que lhe cabe, ou seja, o lugar deste campo de atividade e o modo de abordar o seu objeto de estudo.

Algumas funções do psicopedagogo na escola são:

• a de assessoria: uma visão de articulador entre os elementos do sistema;

• a de apoio pedagógico: auxiliar o coordenador pedagógico na elaboração e nas estratégias didáticas, assim como dar assistência ao corpo docente orientando-o quanto às dificuldades encontradas pelo professor e pelos alunos nas modalidades de ensino e aprendizagem em sala de aula.

O Psicopedagogo Institucional ocupa-se em detectar as possíveis fraturas do ensinar e do aprender como um todo e propor novas maneiras de ensinar para melhor aprender.

Dentro da instituição escolar esta função se confunde com outros profissionais da área de Educação e se mostra ainda muito ampla.
Como a Psicopedagogia nasceu para atender a patologia da aprendizagem, ela se tem mostrado cada vez mais eficiente para uma atuação clínica-preventiva, pois muitas das dificuldades de aprendizagem se deve à inadequada Metodologia utilizada na escola e aos problemas familiares.

Numa ação clínica-institucional, o psicopedagogo deve adotar uma postura crítica frente ao fracasso escolar visando propor novas alternativas de ação voltadas para a prática pedagógica nas escolas.

A forma de abordar o objeto de estudo pode assumir características específicas, dependendo da modalidade: clínica clássica, clínica preventiva institucional e teórica, umas articulando-se às outras. O trabalho clínico não deixa de ser preventivo, uma vez que, ao tratar alguns transtornos de aprendizagem, pode evitar o aparecimento de outros. O trabalho preventivo, numa abordagem psicopedagógica, é sempre clínico, levando em conta a singularidade de cada processo. Essas duas formas de atuação, por sua vez, não deixam de resultar num trabalho teórico (Silva, 1998).

A atuação da psicopedagogia clínica é através da investigação e da intervenção para que se compreenda o significado, a causa e a modalidade de aprendizagem do sujeito, com o intuito de sanar suas dificuldades.

O foco da psicopedagogia clinica é o vetor da aprendizagem.

A psicopedagogia clínica procura compreender de forma global e integrada os processos cognitivos, emocionais, sociais, culturais, orgânicos e pedagógicos que interferem na aprendizagem, a fim de possibilitar situações que resgatem o prazer de aprender em sua totalidade, incluindo a promoção da integração entre pais, professores, orientadores educacionais e demais especialistas que transitam no universo educacional do aluno.

Na relação com o aluno, o profissional da psicopedagogia estabelece uma investigação cuidadosa, que permite levantar uma série de hipóteses indicadoras das estratégias capazes de criar a situação terapêutica que facilite uma vinculação satisfatória mais adequada para a aprendizagem. Ao lado deste aspecto mais técnico, esse profissional também trabalha a postura, a disponibilidade e a relação com a aprendizagem, a fim de que o aluno torne-se o agente de seu processo, aproprie-se do seu saber, alcançando autonomia e independência para construir seu conhecimento e exercitar-se na tarefa de uma correta autovalorização.

No ensino público, uma das opções para a realização da atuação clínica seria o serviço público de atendimento, onde os profissionais da psicopedagogia poderiam contribuir com uma visão mais integrada de aprendizagem e, conseqüentemente, com a aprendizagem reconduzindo e integrando o aprendizado do processo normal de construção de conhecimento, contando com melhores condições para detectar com clareza os problemas de aprendizagem dos alunos, atendendo-os em suas necessidades e contribuindo para sua permanência no ensino regular.

Na sua função clínica-preventiva, após diagnóstico apurado da instituição, cabe ao psicopedagogo:
- detectar possíveis perturbações entre o processo de ensino e aprendizagem;
- participar da dinâmica das relações da comunidade educativa, afim de favorecer processos de integração e troca;
- promover orientações metodológicas de acordo com as características dos indivíduos e grupos;
- realizar processos de atualização pedagógica para professores dentro de um programa de Educação Continuada.
- rever currículos e programas através de uma visão crítica, entre outras atividades.

Tanto na prática preventiva como na clínica, o profissional, como já vimos anteriormente, procede sempre embasado no referencial teórico adotado.

No campo da aprendizagem específica do aluno:
- reduzir a freqüência dos distúrbios de aprendizagem,
- reduzir a duração das dificuldades de aprendizagem diagnosticando precocemente;
- reduzir as seqüelas e deteriorações (reabilitação);
- de assistência familiar:
- com pais na compreensão sobre a modalidade de aprendizagem de seu filho e como esta circula na família;
- qual é a modalidade de aprendizagem da família, ou seja, a maneira como ela aprende as coisas do mundo;
- com famílias disfuncionais (ex.: famílias simbióticas, persecutórias, etc.
- de trabalho com os elementos da própria instituição:
- promovendo o trabalho em equipe;
- incentivando o desenvolvimento profissional e pessoal;
- observando e diagnosticando como a modalidade de ensino e aprendizagem circula no grupo e individualmente para orientar o seu trabalho psicopedagógico com os profissionais da educação e com os alunos.
- sensibilizando todos os elementos envolvidos no processo de ensino e de aprendizagem para uma melhoria na qualidade do relacionamento mútuo (ensino-aprendizagem, professor-aluno, aluno-aluno, professor-pessoal técnico e administrativo, etc.)

A função do psicopedagogo, portanto, é abrangente e complexa, pois envolve o diagnóstico da instituição e a atuação na estagnação da escola e de seus elementos em diferentes níveis. O fundamento da Psicopedagogia é o estudo e atuação junto ao sujeito em processo de aprendizagem, sendo uma atividade ampla, exigindo do psicopedagogo conhecimento interdisciplinar que o torna capaz de atuar na compreensão da aprendizagem e do desenvolvimento integral do sujeito, contribuindo para que cada um, a partir de sua originalidade, aprenda a ser, a conhecer, a fazer e a conviver.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Atualmente o espaço para a Psicopedagogia se amplia. Cresce o número de instituições escolares, hospitais e empresas que contam com a atuação do psicopedagogo. Nessas instituições o atendimento é preferencialmente preventivo e se dirige a grupos específicos ou à instituição como um todo.

A Psicopedagogia escolar tem como objetivo ampliar as possibilidades de aprendizagem de todas as pessoas da escola. Como assessor ou membro da equipe, o Psicopedagogo ouve e discute os assuntos da escola, propõe mudanças, elabora propostas educativas, faz mediação entre os diferentes grupos envolvidos na relação ensino-aprendizagem (alunos, professores, famílias, funcionários), aprimora e cria metodologias e estratégias que garantem melhor aprendizagem; colabora na formação dos professores, possibilitando a ampliação de seus conhecimentos sobre o aluno, metodologias e estratégias de ensino adequadas; trabalha com grupos específicos dentro da escola.

Nas instituições de saúde, o atendimento psicopedagógico se faz como uma alternativa de apoio ao paciente interno visando minimizar suas perdas e diminuir o impacto causado pela doença.

Nas empresas, o psicopedagogo atua ampliando formas de treinamento, desenvolvendo criatividade e a melhoria das relações, participando na elaboração, no desenvolvimento e na avaliação de projetos, propondo e coordenando cursos de atualização.

De acordo com Barbosa (2001), nas relações entre escola, estado e sociedade, o psicopedagogo pode vir a ser o profissional que articula instâncias reguladoras entre os diversos âmbitos da realidade educacional, pois é um multiespecialista em aprendizagem humana e detém conhecimentos fundamentais para o momento em que vivemos. Por isso, sua atuação profissional legitimada socialmente, precisa ser regulamentada o quanto antes, de forma a que possa desempenhar o papel que lhe cabe neste momento histórico, sem qualquer tipo de reação normativa.

REFERÊNCIAS

BARBOSA, L. M. S. Projeto de trabalho: uma forma de atuação psicopedagógica. Curitiba: Mont, 1998.

BARBOSA, L. M. S. A psicopedagogia no âmbito da Instituição Escolar. Curitiba, Expoente, 2001.

BOSSA, N. A. A psicopedagia no Brasil: contribuições a partir da prática. 2 ed.rev. e atual. Porto Alegre: Artmed, 2000.

MOOJEN, Sônia. Conceito de Psicopedagogia: uma prática para além do conceito teórico. Revista Psicopedagogia – São Paulo: ABPp, v. 18, n. 48, p.54-56, 1999.

RUBINSTEIN, E. In: SCOZ et al. Psicopedagogia: contextualização, formação e atuação. Porto Alegre : Artes Médicas, 1992.

SILVA, M. C. A. Psicopedagogia: em busca de uma fundamentação teórica. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.

Apresentação da Boneca Rana na Escola Municipal Bulcholz

    A contadora de Histórias Bonequinha Africana Rana (Prof Ingrid) visitou a escola onde apresentou slides sobre África, contou um Conto Africano e fez uma Oficina de Dança Afro, onde as crianças/alunos da 4ª série particparam com muito entusiasmo e alegria. Parecia que o tempo havia parado e ninguém mais queira ir embora. As professoras também participaram do encontro.
    É muito gratificante ver o desenvolvimento dos nossos jovens dismetificando as crenças e mitos sobre as questões do negro em nosso país. Acredito que através da Educação, diminuiremos o preconceito e as ações discriminatórias.
    Torço para que as escolas e os professores se comprometam cada vez mais com esse movimento em prol da consciência negra, desenvolvendo atividades que despertem o interesse da população pelo assunto.
    Parabéns professoras (Renata e Marisa) da 4ª Série da Escola Bulcholz pelo belíssimo trabalho junto aos seus alunos dentro da escola.

Filme: Cruz e Sousa – o Poeta do desterro

     Filho de escravos, João da Cruz e Sousa (1861-1898) recebe educação europeia e se torna poeta. Mas o reconhecimento de sua obra vem somente após sua morte.

     O filme Cruz e Sousa – o Poeta do desterro trata da reinvenção da vida, obra e morte do poeta catarinense, fundador do Simbolismo no Brasil e considerado o maior poeta negro da língua portuguesa. Através de 34 “estrofes visuais”, o filme de Sylvio Back rastreia desde as arrebatadoras paixões do poeta em Florianópolis até seu emparedamento social, racial, intelectual e trágico no Rio de Janeiro.
     No ano do seu lançamento, o filme recebeu o Prêmio Glauber Rocha de Melhor Filme dos três continentes (Ásia, África e América Latina), e Menção Honrosa, pela pesquisa de linguagem, no Festival Internacional de Cinema de Portugal. E recebeu uma indicação ao Grande Prêmio Cinema Brasil, na categoria de Melhor Fotografia.



Ano: 2000. Gênero: Drama. Direção de Sylvio Back, com Kadu Carneiro, Marcelo Perna, Maria Ceiça, Jacques Basseti, Léa Garcia.

O Poeta do Samba, Luiz Carlos da Vila - Curta Metragem

      O Musicograma traz o especial A Consciência Negra de Luiz Carlos da Vila. Autor de inúmeras composições de sucesso, Luiz Carlos da Vila sempre foi convidado a celebrar e participar das comemorações do dia da Consciência Negra. No dia 20 de outubro de 2008, ele faleceu, aos 59 anos. Deste dia, fez-se um dia de luto para o samba. Nascido em Ramos, viveu entre as Vilas Kenedy e da Penha e, por isso mesmo, recebeu este apelido.

     O programa relembra o sucesso de suas músicas que, em geral, são alegres e espirituosas mas também preocupadas com os diferentes aspectos da realidade política e social do povo brasileiro. Um de seus grandes sucessos, Kizomba – A festa da raça, foi composto em parceria com Jonas e Rodolfo e deu a vitória à Escola de Samba Unidos de Vila Isabel, em 1988, de onde era integrante da ala dos compositores.
     Luiz Carlos da Vila era conhecido como o Poeta do Samba e sabia tocar acordeon e violão. Frequentava o Cacique de Ramos, onde apresentava seus sambas. Além de Kizomba, suas músicas mais conhecidas são O Sonho não acabou – uma homenagem a Candeia – O Show tem que continuar, Além da Razão e Doce Refúgio – um poema dedicado ao Cacique de Ramos. A música Por um dia de graça se tornou um dos hinos das “Diretas Já”. Seu disco de estreia, que tinha seu nome como título, foi produzido por Martinho da Vila, em 1983. O último solo, de 2005, Um Cantar à Vontade, traz uma coletânea de sua obra, registrada ao vivo.
      Luiz Carlos da Vila tem músicas gravadas por Simone, Fundo de Quintal, Zeca Pagodinho, Beth Carvalho, Alcione, Jair Rodrigues e Jorge Aragão, entre outros. Orgulhoso, exaltou em seus poemas a negritude e a mistura de raças. Poucos compositores fizeram no samba, ou em qualquer outro gênero, esta grande festa da raça negra.

Direção Luiz Carlos Pires



   

Quilombo – Do Campo Grande aos Martins

     Com direção de Flávio Frederico, o mesmo do longa premiado Caparaó, o Curta-Metragem Quilombo – Do Campo Grande aos Martins retrata parte da história do povo negro brasileiro, que foi apagada com violência da história oficial.

      O documentário intercala o passado e o presente. De um lado, a tradição persistente de uma comunidade negra remanescente no interior de Minas Gerais. De outro, os fatos até então escondidos sobre a grandiosa Confederação Quilombola do Campo Grande, dizimada em meados do século XVIII.
      O filme foi premiado no Festival Guarnicê de Cinema do Maranhão; na Mostra Etnográfica do Rio deJaneiro; no Festival Internacional de Cinema de Arquivo, Recine; e no Festival Reel Sisters (EUA).

Ôri - Documentário aborda a construção da identidade negra no Brasil

     Lançado em 1989 pela cineasta e socióloga Raquel Gerber, Ôrí documenta os movimentos negros brasileiros entre 1977 e 1988, buscando a relação entre Brasil e África, cujo fio condutor é a história pessoal de Beatriz Nascimento, historiadora e militante, falecida trágica e prematuramente no Rio de Janeiro, em 1995.
     O filme foi concebido em época de grande impacto sócio político e cultural no Brasil. Busca a consciência do homem em relação à História e à reconstrução da identidade. A palavra Ôrí, significa cabeça, consciência negra, e é um termo de origem Yoruba (ref. à África Ocidental).
     Ôrí recupera junto aos movimentos negros a imagem do “herói civilizador” Zumbi de Palmares para uma identificação positiva do homem negro na modernidade. A comunidade negra aparece em sua relação com o tempo, o espaço e a ancestralidade, através da concepção do projeto de Beatriz que vê o “quilombo” como correção da nacionalidade brasileira.
     A fotografia é de Hermano Penna, Pedro Farkas, Jorge Bodanzky e outros. Música original do percussionista Naná Vasconcelos, arranjos de Teese Gohl; montagem de Renato Neiva Moreira e Cristina Amaral e texto de Beatriz Nascimento.
     Documentário. De Raquel Gerber. 1989 / Restauração digital 2008. 91min. Fotografia adicional Adrian Cooper, Jorge Bodanzky e Pedro Farkas. Trilha sonora Naná Vasconcelos.

domingo, 25 de julho de 2010

Eu tenho Parkinsonismo.


Parkinsonismo secundário

Há sete anos luto contra essa doença que quase me levou à morte. Hoje, sinto-me mais fortificada, mas preciso estar sempre atenta para que ela não apareça de novo, é preciso haver um controle constante.
Foram longos anos à espera de um milagre. Custou-me meu trabalho, minha vida social, minha carreira acadêmica, minha própria identidade, pois cheguei ao ponto de não saber mais quem eu era, como era, o que sentia, o que fazia...
Eu não sabia que tinha tanta sensibilidade à medicamentos e como já sabemos, a idade vem chegando e os problemas de saúde também, com isso, em função de um tratamento para hipertensão (que desenvolvi por volta dos trinta anos) iniciei com medicamentos que desenvolveram o parkinsonismo (da família da doença de Mal de Parkinson).
Até chegar a esse diagnóstico sofri muito, porque fui piorando e piorando... e tomando cada vez mais medicamentos para tratar outras coisas que me apareciam, o que me levaram a perder a memória, a visão, os movimentos, a emoção, o sentido da vida, tive uma depressão profunda, entre outros problemas que me levaram a me afastar do convívio afetivo, social e profissional.
Fui à vários especialistas, cada um indicando uma linha de tratamento e de diagnóstico. Era preciso escolher um caminho, e o diagnóstico mais plausível foi o parkinsonismo, que na época, ninguém falava e o que era pior, os médicos em geral, não levavam muito em conta, não acreditavam, não levavam à sério.
Seguindo o tratamento do meu médico para o parkinsonismo, foram suspensos os medicamentos e precisei passar por um período longuíssimo de desintoxição medicamentosa. Depois de uns dois anos e meio, comecei a voltar a caminhar (muito devagar), me atrevia a ir ao Centro da cidade sozinha (mas às vezes me perdia ou não conseguia caminhar mais, sentava na praça para esperar o tempo passar e recuperar um pouco as forças (porque o cansaço era inexplicável, sentia um esgotamento físico indescritível a ponto de ter que me sentar, praticamente me deitar aonde estivesse - no chão, na rua, num banco, em qualquer lugar). Esperava voltar os movimentos das pernas, as dores eram incrivelmente fortes, fora os tremores que não conseguia controlar. As tonturas que sentia me deixavam atordoada, não reconhecia as pessoas, era muito constrangedor.

Mas nunca desisti!
A papelada para ser encaminhada para a aposentadoria já estava providenciada, mas eu não me conformava, não aceitava essa limitação sem lutar.

Meu esposo se entristecia em ver minha situação, porque via minha dificuldade em me locomover, em desenvolver um raciocínio lógico, a inseguraça pessoal que eu tinha. Fiquei totalmente dependente dele pra comer, ir ao banheiro, sair da cama... me localizar no tempo e no espaço... pois nunca sabia que dia era, o que havia feito... parecia que eu havia me separado da realidade, do mundo real.

Foram muitas as limitações que se apresentavam a mim e eu não conseguia aceitá-las, não me entregava de jeito nenhum, era teimosa (na verdade, sou muito teimosa!) e tentava fazer as coisas, mesmo que aparentemente insignificantes para qualquer um, como por exemplo, descascar uma batata. Eu levava longos minutos para descascá-la pois era muito pesada para mim, precisava apoiar os braços na bancada e sentar-me numa cadeira para descascar apenas uma batata, mas eu tentava fazer. Era um esforço tremendo, mas eu sempre tentava! Esse esforço me apagava por no mínimo três dias... Eu precisa dormir para repor minhas forças, mas parecia insuficiente. Não sei explicar! Mas ao mesmo tempo que me sentia triste por estar naquela situação, eu buscava forças dentro de mim para terminar aquela tarefa e aí me sentia uma guerreira que vencia uma batalha. Era quando ainda buscava alguma emoção dentro de mim, como eu costumo dizer, era um exercício que eu fazia.
Tentei voltar a dirigir por umas duas ou três vezes, mas não foi possível, tive que desistir por um tempo. (Dessa vez, achei que não iria mesmo mais voltar a dirigir). Não sei quantos anos fiquei sem dirigir.
O tratamento recomendável era que fizesse artesanato. Adoro artesanato! E trabalhei praticamente toda a minha vida com esse tipo de atividade, mas eu não podia aceitar assim tão simplesmente, me tornar artesã como profissão. Afinal, tinha estudado tanto para outra área! Tinha meus sonhos e não deixaria serem enterrados assim... Não mesmo!
Porém, após ter melhorado um pouco do parkinsonismo, apresentaram-se outros problemas gravíssimos de saúde em minha vida, tive endometriose Nível III que me levaram a 4 cirurgias, submetendo-me à histerectomia total, pois tinha dores crônicas insuportáveis, chegando ao extremo de me darem um tempo de sobrevida.
Nesse meio tempo, minha querida mãe ficou hospitalizada por quase um ano, sendo desenganada, quando sua chance era a amputação de uma de suas pernas. Meu Deus! Eu não pude ajudar meu pai, minha mãe! Uma de minhas irmãs assumiu junto com o meu pai a jornada sofrida da minha mãe. Meu pai enfartou! Tudo ao mesmo tempo! E eu sem poder ajudar e eles preocupados comigo porque também não podiam ficar comigo nesse momento. Minha mãe melhorou após a amputação, e meus pais retornaram para casa, pois tiveram que ir para outro Estado para fazer o tratamento de minha mãe, tendo em vista que também vivo em Estado diferente deles. Passaram-se poucos meses, e quando havia uns três dias que eu havia saído do hospital, da minha quarta cirurgia, recebi a notícia do falecimento de meu pai! Meu Deus! Quanto sofrimento! Precisava viajar para ter com minha mãe nesse momento, mas não pude! Não fui ao enterro de meu pai! Havia momentos que indagava ao meu Deus por que de tanto sofrimento?!. Mas me lembrava que meu pai me ensinou: "Não pergunte por quê? Pergunte pra quê?Nãoconseguia entender aonde eu poderia chegar com tudo isso!

Com tudo isso acontecendo, eu e meu esposo ficamos sem receber nossos vencimentos porque os Servidores do INSS estavam em greve e aSecretaria do Estado do RS não respondia aos nossos pedidos de Licença Saúde e quando o fizeram após um ano entraram com processo de abandono de emprego, mas essa é mais uma outra história, que merece um outro capítulo.

Em seguida, talvez pela minha sensibilidade natural e efeito colateral da própria cirurgia (questões hormonais) acabei por perder minha voz. Desenvolvi uma doença chamada Edema de Reinki. E o interessante éque nunca fui fumante e nem faço uso de bebidas alcóolicas. Até hoje luto com este problema.
Mas... Sete anos se passaram! Hoje estou aqui! Consegui voltar ao trabalho, terminei minha tese de Mestrado que foi interrompida, voltei a fazer contas, reaprendi o alfabeto, os livros da bíblia, voltei a ler, e me sinto uma vencedora, porque lutei, lutei pela minha vida e sei que tenho minhas limitações, e acredito que jamais serei a mesma e que não poderei fazer tudo o que fazia antes, mas me sinto tão feliz por não ter desistido de mim mesma, de ter acreditado em meu potencial, e o pouquinho que conseguia a cada dia, me dava mais força para continuar.
E agora, voltei a dirigir, caminho devagar ainda,mas estou caminhando. Já subo um pouco de escada, muito devagar, mas subo e depois desço (com muito esforço, mas estou conseguindo), sinto prazer, alegria, tristeza (porque tinha perdido minhas emoções). Devo minha vitória ao meu Deus que jamais me abandonou e não se esqueceu de mim na hora da adversidade, me deu vida, mesmo quando já não a sentia mais. Confiei Nele e Ele foi fiel a mim. Devo ao meu médico Sérgio Mecking que jamais duvidou de mim, mesmo quando eu mesma não sabia quem eu era, foi firme, cuidou de mim e me amparou. Enfim, devo ao meu amoroso esposo Renato que não saiu do meu lado nenhum minuto, deu sua vida pra mim e por mim. Ele foi o maior presente que Deus me Deu! Eu me considero vitoriosa, abençoada e feliz porque tenho uma família maravilhosa, a família de origem (que me ensinou a acreditar, a lutar e a valorizar a vida) e a que construí com meu esposo. Venci meus medos, enfrentei o infortúnio e segui em frente.
Minha mensagem é que lute sempre, com toda a sua força, nunca desista dos seus sonhos e alcançarás os céus! Mas jamais deixe de crer no Criador: O Deus da minha vida! Jesus! Deus pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo!

Eu tenho Edema de Reinke!

Sabe-se lá o por quê?! Nem imagino! Mas desenvolvi essa doença que comumente afeta fumantes e nunca fui fumante (a não ser passiva, né?).

O que mais me deixou abalada ao saber é que deveria me afastar da sala de aula e que não poderia mais cantar. Depois de tudo que havia passado, enfrentando o parkinsonismo, a endometriose, agora... mais essa! Perder a voz!

Estava retornando ao trabalho, recuperando minha vida profissional e social depois de superar algumas limitações com o parkinsonismo.

Não poderia mais retornar à sala de aula porque essa doença requer repouso da voz.

Quanto ao canto... Uma das minhas paixões... Quanto tempo trabalhei formando corais, levando a iniciação musical à crianças, jovens e adultos... Este sonho... Deveria ser enterrado... então?!.

Mas...

Eu não desisto nunca!

Não posso mais cantar? Há de existir outras maneiras...

Então, comecei a aprender percussão com meu esposo (que é um pandeirista de mão cheia!), voltei a treinar flauta-doce e assim repasso o que aprendo com os que queiram, com os que me cercam. Embora meu fôlego não seja muito bom e o cansaço se apodera de mim ao tocar, devido ao esforço que necessito fazer, não deixo-me abater, fico tão feliz por conseguir de algum modo celebrar a vida, louvar a Deus por esse dom que ele me deu. Nunca mais consegui cantar, mas uso minhas mãos para revelar a alegria que tenho de viver e por reconquistar meus sonhos, realizar meus desejos, enfrentar os obstáculos.

Sempre busquei me aperfeiçoar e aprender coisas novas, desafiadoras para mim. Estudei música na Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro/RJ, Brasília/DF e Rio Grande/RS - Aprendi um pouco de piano, instrumento de sopro, flauta, canto, violão. Com as limitações que adquiri, perdi minhas habilidades artísticas, tendo que voltar a estudar por conta própria. Não sou uma profissional, de jeito nenhum! Mas o que(re) aprendi foi importante para compartilhar com os que me rodeiam e isso devo aos meus pais que sempre acreditaram eu meu potencial e investiram em minha educação.

 Hoje, com todas estas dificuldades de saúde que a vida apresentou a mim, reconheço que é muito difícil recomeçar ou ver um novo horizonte, mas minha mensagem é que nunca, nunca desistam dos seus sonhos, porque sempre há uma forma de se realizar algo que ajude a si mesmo e principalmente a outros.

Uso a literatura, a música, enfim, a arte, como uma terapia ocupacional para mim mesma e procuro compartilhar com os que queiram.

Eu acredito que os sonhos podem se tornar realidade, mas é preciso atitude, disciplina, exercício e acreditar que é possível.

A minha fé está baseada na fonte bíblica em que diz "Tudo posso naquele que me fortalece." (Filipenses 4:13.

Aprendi também com a minha mãe, se você não tem um membro, use outro, mas louve sempre ao Senhor!
(Minha mãe era amputada de uma de suas pernas).

Acidentes/Doenças/Professor/Voz

Professora Ingrid: Windows Live Hotmail


Que maravilha é viver! Crer no que se faz! Acreditar no que pensa! E buscar com coerência a justiça que lhe parece. (Ingrid Costa)

domingo, 4 de julho de 2010

Olha eu aí outra vez!!!!!!!







Eu invento moda!












Levei para os alunos um pequeno bichinho de estimação (AKILA) para alegrar as crianças da escola devido à perda da Seleção Brasileira na Copa do Mundo na África do Sul - África. Aproveitei para trabalhar conceitos e sentimentos como a dor da perda, vitória, conquista, luta, buscar os seus sonhos... Lembrando que o bichinho era de pelúcia! Foi uma festa com esse fantoche que cochichava em meu ouvido. Muitas crianças ficaram em dúvida se era de verdade o bichinho. Foi uma polêmica!

E assim sou eu...







Essa sou eu!







domingo, 13 de junho de 2010

Trabalho Apresentado no Curso de Pós-Graduação de Psicopedagogia Clínica e Institucional

Psicopedagogia institucional e oficinas psicopedagógicas: uma parceria possível para o processo de ensinar e aprender

Ingrid Oliveira Santos Costa


RESUMO

Este trabalho discute a importante atuação psicopedagógica institucional na Educação de Jovens e Adultos (EJA). Discorre a respeito das características dos alunos da EJA, das dificuldades que a escola enfrenta para realizar o seu trabalho nesse segmento especificamente, diante da problemática da evasão escolar. Propõe que o trabalho psicopedagógico institucional se volte para o desvelamento das situações de conflito que caracterizam a relação pedagógica, bem como para a implementação de uma ação positiva em parceria com o trabalho desenvolvido nas oficinas psicopedagógicas procurando atender as necessidades apresentadas pela instituição.

Palavras-chave: Educação de jovens e adultos; psicopedagogia institucional; oficinas psicopedagógicas; evasão escolar.

INTRODUÇÃO

Sabe-se, nos dias de hoje, que a psicopedagogia tem desenvolvido seus estudos a fim de compreender o processo de aquisição do conhecimento pelo ser humano aprimorando seus instrumentos e embasando a sua prática com conceitos teóricos.

Bossa (2000), conceitua o termo psicopedagogia como um campo de investigação do ato de aprender e como um saber científico. Considera que esta área vem criando um corpo teórico próprio, sistematizando instrumentos capazes de dar conta de suas investigações, não se propondo a especializar um profissional dando a ele parte do que lhe falta, mas fornecendo-lhe um novo olhar para caminhos percorridos. E é desse olhar que o psicopedagogo tem, que ele deve intervir no processo de ensinar e aprender, tornando-se possível uma riquíssima parceria entre a psicopedagogia institucional e as oficinas psicopedagógicas, porque é por meio delas que os envolvidos podem experimentar, criar, produzir, sentir, pensar, inventar, refazer, errar, corrigir, aprender, repensar, reinventar e ensinar.

A problemática apresentada pela Instituição J. P. A., no município de Rodrigues de Freitas, atende a modalidade de Educação de Jovens e Adultos / EJA e em nossa visita ao estabelecimento para desenvolver nosso estágio institucional, a Coordenadora Pedagógica nos relatou que a maior dificuldade que a escola está enfrentando no momento é a Evasão Escolar nesta modalidade, pois tem atingido um percentual de 39% ao final do primeiro semestre. A situação preocupa muito a equipe gestora, envolvendo os docentes e discentes, pois estão cientes que se este índice tão grande de evasão continuar, a modalidade de Educação de Jovens e Adultos, não será mais oferecida para a comunidade. Com isso os alunos do próprio bairro serão transferidos para outra instituição, certamente uma que tenha níveis de frequência mais significativa. Diante disso, investigaremos qual o motivo ou o obstáculo que está levando os alunos(as) a se evadirem da escola e com isso gerando um índice tão grande de evasão.

As causas podem ser as mais variadas que levam o aluno a deixar de estudar, como:

A necessidade de entrar no mercado de trabalho/desemprego/baixos salários;
A falta de interesse pela escola/desmotivação;
Baixa auto-estima;
Dificuldades de aprendizado;
Doenças crônicas/gravidez precoce;
Dificuldades de locomoção/transporte;
Falta de incentivo dos familiares;
Mudanças de endereço;
Dificuldade para encontrar apoio nas divisões das tarefas domésticas.

Neste trabalho desenvolveremos um estudo sobre as possíveis causas da evasão escolar, e o que leva o aluno a desistir da escola. O texto mostrará o que podemos fazer para combater a evasão com a contribuição da psicopedagogia institucional em parceria com as oficinas psicopedagógicas no processo de ensinar e de aprender, pois as condições das instituições muitas vezes não superam as expectativas de nossos alunos evadidos.

Nesse sentido, este trabalho justifica-se pela importância da intervenção psicopedagógica, apontando direções que encaminhem para soluções de problemas, que neste caso é a evasão escolar.

DESENVOLVIMENTO

1. A psicopedagogia e o trabalho do psicopedagogo

Iniciaremos a nossa discussão abordando o conceito sobre psicopedagogia sob a definição de Laura Barbosa (1998) que afirma que
embora a psicopedagogia possua em seu nome os termos psicopedagogia e pedagogia, seu significado não está relacionado à junção destas disciplinas, mas está ligado a todas as disciplinas que estudam o processo de aprendizagem. A psicopedagogia, sem pretender ser a solução de todos os problemas, surge como uma área que busca integrar várias disciplinas, com o objetivo de construir um corpo teórico que embase uma atuação eficaz, sem que se divida o sujeito da aprendizagem em vários compartimentos. O caráter interdisciplinar da psicopedagogia coloca-a como um campo que teoriza contemporaneamente sobre a questão da aprendizagem, efetivando sua prática na relação de aprendizagem e saberes múltiplos. Não se fundamenta em bagagens conteúdistas, mas sim em saberes significativos, configurando uma relação positiva com a aquisição de conhecimentos.

Maria Aparecida Mamede Neves, citada por Bossa (2000) explica que a psicopedagogia estuda o ato de aprender e ensinar, levando sempre em consideração as realidades internas e externas da aprendizagem, tomadas em conjunto. A psicopedagogia procura estudar a construção do conhecimento em toda a sua complexidade (aspectos cognitivos, afetivos e sociais que lhes estão implícitos).

Cabe, portanto, à psicopedagogia contribuir para a promoção da aprendizagem ou mesmo tratar dessas dificuldades, a qual cumpre uma importante função social: a de socializar os conhecimentos disponíveis.
Pensar a escola à luz da Psicopedagogia significa analisar um processo que inclui questões metodológicas, relacionais e socioculturais, englobando o ponto de vista de quem ensina e de quem aprende, abrangendo a participação da família e da sociedade.
O olhar do psicopedagogo e sua escuta devem estar voltados não só para o compromisso com a escola e com os seus elementos (no caso específico o professor e o aluno) mas que eles também devem incluir neste processo a família e a comunidade que também interferem na aprendizagem assim como estão também incluídos aqueles que decidem sobre as necessidades e prioridades da escola.
O campo de atuação do Psicopedagogo Institucional refere-se não só ao espaço físico onde se dá esse trabalho, mas especificamente ao espaço epistemológico que lhe cabe, ou seja, o lugar deste campo de atividade e o modo de abordar o seu objeto de estudo.
Algumas funções do psicopedagogo na escola são:
· a de assessoria: uma visão de articulador entre os elementos do sistema;
· a de apoio pedagógico: auxiliar o coordenador pedagógico na elaboração e nas estratégias didáticas, assim como dar assistência ao corpo docente orientando-o quanto às dificuldades encontradas pelo professor e pelos alunos nas modalidades de ensino e aprendizagem em sala de aula.

1. 1. A psicopedagogia institucional no âmbito escolar abordando a questão da evasão escolar

Para tratar a questão da evasão escolar em que este trabalho se debruça, faz-se necessário definir que tipo de atuação e de identidade apresenta a psicopedagogia e qual a modalidade de ação que ela deve apresentar no interior da escola, como um serviço tipicamente escolar. Adotamos a abordagem psicopedagógica sistêmica, a qual compreende uma perspectiva contemporânea que, conforme Gasparian (1997), acompanha o mundo em sua trajetória: da estabilidade, para a instabilidade; do simples para o complexo; do mundo estável para o mundo do processo; da consideração tanto do aprender como processo, quanto do processo de construção de conhecimento, como ações conjuntas que não se detêm somente ao ensinar. A aprendizagem, nessa perspectiva, é considerada uma ação que perpassa questões objetivas e subjetivas que se
articulam com o significado do que se quer conhecer, conectado aos vínculos internos e externos na relação com o conhecimento.

O psicopedagogo, então, se preocupa e se ocupa das relações entre os que ensinam e aprendem e como se dá esse processo de ensino-aprendizagem. O psicopedagogo trata do ser em desenvolvimento, o qual vivencia relações consigo mesmo, com o mundo que o rodeia e com diversos objetos de estudo, aprendendo na construção do seu próprio conhecimento. Isto significa dar conta dos processos de aprendizagem docentes e discentes, dos seus medos, preconceitos, dificuldades e facilidades que, articulados no conjunto, configuram a identidade de todo o grupo escolar.

Através das entrevistas com os discentes realizadas na escola em estudo, verificamos que o aluno da Eja apresenta um conjunto de características muito peculiar que envolve o retorno à escola como sendo a via possível para se alcançar postos mais elevados no mercado de trabalho, um lugar nesse mesmo mercado, ou, ainda, para as mulheres – donas de casa, em específico - uma oportunidade de vivenciarem uma atividade produtiva diferente das realizadas no interior do próprio lar. Em geral, esse aluno chega à escola com grande receio de não conseguir cumprir com as exigências institucionais e, ao mesmo tempo, apresenta uma visão de escola completamente atrelada à perspectiva empirista de educação. Isto o leva a refutar quaisquer propostas de ensino que sejam distintas do conhecido e ‘clássico’ modelo de uma aula transmitida via quadro de giz, com pouco diálogo, muita cópia e repleta de exercícios repetitivos para que o aluno execute, mesmo considerando que não tenha muita motivação para acompanhar o trabalho, pois acha sem atrativo algum para ele. Essa é a forma que conhecem para que a escola seja uma escola.

Em contra-partida, o professor da Eja também apresenta um perfil de grande descontentamento com a educação, onde encontramos uma citação para esse evento na definição de França (1997) que utilizou o termo burnout para explicar o esgotamento docente
Os sintomas incluem um alto índice de absentismo, falta de compromisso, um desejo anormal de férias, baixa autoestima, uma incapacidade de levar a escola a sério - os problemas do professor separam-no cada vez mais de seus aluno).


Em conversas informais, entrevistas e em algumas reuniões realizadas com o corpo docente, registramos um alto índice de descontentamento no trabalho através das queixas relatadas que vão ao encontro das citadas acima por França (1997) com o termo burnout, pois muitos professores se sentem desvalorizados, acusados do fracasso escolar dos alunos e do insucesso da instituição. Isto porque é evidente o número de discentes que se evadem ao longo do ano letivo, desistindo de levar a cabo a sua intenção de retornar e concluir a educação básica. Desse modo, evidencia-se o quanto a escola, composta por professores, alunos e funcionários, representa uma instituição problemática, no âmbito da sua dinâmica relacional, do modo como trata os atores do seu enredo. A maior parte dos professores estão desestimulados, desprovidos de sentido no exercício da sua profissão, muitos em busca de outras funções, outros contando os dias para se aposentarem, outros ainda arrependidos por terem seguido este caminho e já não conseguem buscar outra atividade por vários motivos (idade, família, já trabalham muito e há anos na carreira, sem objetivo para iniciar outro estudo em outra área, etc).

A Direção da escola e os responsáveis pelo departamento pedagógico enfrentam os mesmos problemas porque fazem parte do mesmo quadro de professores e se sentem impotentes por não terem os recursos necessários para agir de forma mais ativa. Estão sempre envolvidos em questões burocráticas, sempre tentando cumprir prazos muito curtos, os professores trabalham em diversas escolas dificultando o encontro para reuniões, cumprir o horário em sala de aula, sem ter quem possa substituir para que se tenha um espaço maior de preparação do professor para refletir e projetar novas ações para a educação.

Para Chiavenato (2002),

burnout é uma síndrome do trabalho, que se origina da discrepância da percepção individual entre esforço e conseqüência, percepção esta influenciada por fatores individuais, organizacionais e sociais.

O Burnout está associado entre o que o profissional dá, ou seja, tudo aquilo que investe no trabalho, e o que ele recebe, isto é, reconhecimento de seus supervisores, de sua equipe de trabalho, da sociedade. Muitas vezes, o docente dá tudo de si e não é valorizado, fazendo com que fique frustrado, tendo a sensação de inutilidade para com o trabalho, sentindo-se desmotivado, sem objetivo e muito cansado.

Nesse aspecto, a escola acaba por se tornar num espaço de mal-estar. Mal-estar discente, mal-estar docente e gestores, o que compromete o processo ensino-aprendizagem no espaço escolar destacando, nesse caso, a Eja.

Observando estas questões que se apresentam nesta escola,

Temos que tomar cuidado para não assumir a parte ‘doentia’ da instituição, tornando-nos um depositário de queixas e lamentações sem poder resolver de modo eficaz o problema colocado, fazendo-nos sentir impotentes e incompetentes. Se a instituição tem essa tendência, devemos fazer com que cada elemento assuma a sua parte . (Gasparían, 1997).


2. A importância do uso das oficinas psicopedagógicas no âmbito escolar como estratégia de trabalho para a construção do conhecimento e enfrentamento das barreiras com relação à evasão escolar.

2.1. A problemática da Instituição
Verificamos então, que o motivo ou o obstáculo que a Instituição J. P. A., no município de Rodrigues de Freitas enfrenta é de caráter funcional na modalidade de Educação de Jovens e Adultos / EJA. É a relação dos alunos, professores e gestores com a própria escola, onde ambos não se sentem valorizados, estimulados, reconhecidos, caracterizando uma falta de interesse pela escola e um grande grau de exigência de participação de todos .
Os alunos marcados pelos aspectos da insegurança, descrença e pelo medo de fracassos consecutivos não acreditando no potencial da sua capacidade de aprender; os professores, em geral, acreditam ser julgados como os grandes responsáveis pela evasão na Eja, pela reprovação, pela falta de interesse dos alunos, sentindo-se incompetentes na sua tarefa de ensinar; os gestores sem conseguir organizar planos de ação que envolvam todos os segmentos da escola que principalmente atenda a modalidade Eja.


2.2. Estratégias de atuação na instituição

A perspectiva criada a partir dessa proposta com Oficinas Psicopedagógicas deve estar voltada para a redescoberta, para a criação e recriação, para a construção, permanente, de outros caminhos para conviver em processos de ensinagem, pois nossas interações devem contribuir para a melhoria das condições próprias ao aprender, considerando que a compreensão para as distintas particularidades que nos fazem humanos seja tarefa consciente e exercício contínuo.

Utilizar-se das oficinas psicopedagógicas como aliada à intervenção institucional faz com que se possa conhecer o sujeito, sua relação consigo mesmo, com os outros e com o conhecimento, o que pode auxiliar na compreensão de suas dificuldades.

Nessa escola, com a queixa apresentada, a realização da oficina psicopedagógica se faz com o corpo docente e equipe diretiva/pedagógica, conforme instrui Grassi (2008) dizendo que permite a análise de diversos fatores e a observação de uma série de aspectos necessários ao diagnóstico psicopedagógico. Assim, a possibilidade da superação das dificuldades torna-se mais próxima, melhora as relações interpessoais, promove a elaboração e a organização de sentimentos e pensamentos, aumenta a auto-estima e facilita o autoconhecimento permitindo a tomada de consciência de suas possibilidades e limites.

No caso específico dessa escola, escolhemos trabalhar diretamente com os professores e gestores, dando-lhes suporte para que pudessem trabalhar posteriormente com os alunos da Eja.

A intervenção psicopedagógica nessa escola se dá com o apoio do psicopedagogo que tem como função auxiliar o coordenador pedagógico na elaboração e nas estratégias didáticas, assim como dar assistência ao corpo docente orientando-o quanto às dificuldades encontradas pelo próprio professor e pelos alunos no processo de ensino e aprendizagem em sala de aula.

Trabalharemos com a proposta de Oficina Psicopedagógica de Grassi (2008) que apresenta quatro passos a serem seguidos:

1- Sensibilização – estabelecimento de vínculos.
2- Desenvolvimento – construções psicopedagógicas; jogos; dinâmicas de grupo.
3- Fechamento – elaboração da experiência; reflexão.
4- Avaliação – avaliando as vivências: oralmente, escrita ou simbólica; análise crítica.


2.3. A oficina psicopedagógica

O Livro dos Sonhos
(Objetivo: Aumentar a auto-estima)

1. Sensibilização: Na sala da biblioteca, que é um lugar aconchegante da escola, os professores e gestores serão recepcionados ouvindo uma música da cantora e compositora Leci Brandão “Anjos da Guarda” que fala sobre a valorização do professor e da educação e que poderão acompanhar a letra da música pelo telão. Os professores se acomodarão em círculo, e todos poderão cantar/acompanhar a música em conjunto. Após, a psicopedagoga se apresentará e colocará o objetivo da oficina e solicitará que os participantes se apresentem e exponham se já conheciam a música e o que sentiram ao ouvi-la.
2. Desenvolvimento: Dinâmica de grupo “O livro dos sonhos”
Os professores e gestores receberão tarjetas com cores variadas, porém as cores se repetirão (o grupo não poderá fazer a distinção entre professores e gestores, todos farão parte do mesmo grande grupo para receber as tarjetas aleatoriamente). Os professores e gestores que receberem as mesmas cores, formarão grupos com as respectivas cores. Cada grupo receberá o material necessário (revistas, tesouras, colas, etc) e cada um dentro do grupo escolherá figuras que simbolizem os seus sonhos (não precisa ser apenas material/bens de consumo). As figuras representarão sonhos e desejos a serem realizados, que foram esquecidos, foram abandonados (viagens, amores, estudos, realizações diversas). Cada componente do grupo montará o seu cartaz numa folha de ofício. Cada grupo colará sua folha uma na outra. Depois, cada grupo apresentará para o grande grupo quais são os seus sonhos. Após todos os grupos terminarem a apresentação, todas as folhas serão coladas e serão dobradas como uma sanfona, formando um livro.
3. Fechamento: Momentos de reflexão – aquele livro representa os sonhos de todos os que trabalham naquela escola, onde todos os participantes tiveram a oportunidade de conhecer um pouco mais cada colega e compartilhar dos seus anseios. Reavivar os sentimentos e emoções, resgatar o coleguismo com um tempo que foi separado para conhecer um pouco mais o outro, motivar realizações, pensar em si e no outro. Nesse momento, os professores deverão expor seus sentimentos e terão oportunidade de expor sobre suas expectativas quanto a escola.
4. Avaliação: No momento final da oficina, os professores farão uma análise crítica sobre as etapas do processo, os pontos negativos e positivos, seus sentimentos, pensamentos e ações. Sugerir mudanças, o que esperam que seja trabalhado na próxima oficina.

3. Considerações Finais

Este trabalho propôs uma discussão dentro da Instituição J. P. A. no município de Rodrigues de Freitas, que atende a modalidade de Educação de Jovens e Adultos / EJA sobre quais as possíveis causas da evasão escolar.
A partir de uma atuação do psicopedagogo dentro da instituição, detectou-se uma falha na área funcional onde todos os envolvidos não conseguiam ter um comprometimento com a escola devido a diversos fatores, como: a relação dos alunos, professores e gestores com a própria escola, onde ambos não se sentiam valorizados, estimulados, reconhecidos, caracterizando uma falta de interesse pela escola e um grande grau de exigência de participação de todos.
Com isso, a intervenção psicopedagógica através da figura do psicopedagogo foi fundamental para levar a instituição a repensar sobre a sua atuação e resgatar o seu aluno para dentro da escola. O trabalho inciou-se com os professores e gestores, utilizando-se a oficina psicopedagógica como parceira da psicopedagogia institucional no processo de ensinar e aprender, levando o professor a resgatar seus próprios sonhos e refletir sobre a valorização da sua profissão. Com base nesse trabalho inicial, foram realizadas outras oficinas psicopedagógicas com os professores e gestores, inclusive algumas com o objetivo de instrumentalizar os agentes da educação para atuar diretamente em sala de aula com os seus alunos da Eja, pois os mesmos também necessitam de um resgate da sua identidade sócio-cultural, aumentando-lhes a auto-estima.
Podemos considerar que a psicopedagogia institucional e as oficinas psicopedagógicas podem formar uma parceria possível para o processo de ensinar e aprender, corroborando para a atuação psicopedagógica estabelecendo relações de interação entre educadores e educandos, onde o psicopedagogo também assume o papel de educador como facilitador do fortalecimento do processo de aprendizagem no interior da instituição.
Retornando à instituição dois mês após a intervenção, para acompanhamento, constatou-se que o número de alunos havia aumentado em 2% e não houve nenhuma desistência.
A coordenadora pedagógica da escola, alegremente relatou que os professores montaram um projeto que envolvia a bibliotecária que tinha um sonho de fazer o momento de “contação de histórias” usando o espaço da biblioteca. Essa professora nunca teve a oportunidade de expor seu desejo desde o dia da oficina psicopedagógica realizada com o psicopedagogo e nem a escola acreditava que os adultos poderiam se interessar por esse assunto, pois é costume se trabalhar com contação de histórias com crianças. Após o trabalho feito com o psicopedagogo, os professores seguiram realizando os seus encontros e propuseram aos alunos momentos mais agradáveis de aprendizagem, de forma interdisciplinar, onde todos puderam se engajar em atividades que estimulassem os alunos. Os professores e os alunos se sentiam mais importantes no processo, tendo a oportunidade de criar, recriar, aprender e ensinar, pois todos passaram a produzir obtendo melhores resultados nos seus saberes e fazeres.
Com o resultado deste projeto, os alunos se mantiveram na escola e o mais interessante, convenceram outros a se matricularem.
Portanto, entendemos que a atuação psicopedagógica deva ser embasada na funcionalidade científica, pautada na orientação ética e de um esforço para a integração da ação educativa.
REFERÊNCIAS

BARBOSA, L. M. S. Projeto de trabalho: uma forma de atuação psicopedagógica. Curitiba: Mont, 1998.
BOSSA, N. A. A psicopedagia no Brasil: contribuições a partir da prática. 2 ed.rev. e atual. Porto Alegre: Artmed, 2000.
CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
FRANÇA, A. C. L. & RODRIGUES, A. L. Stress e trabalho: guia prático com abordagem psicossomática. São Paulo: Atlas, 1997.
GASPARIAN, M. C. C. Psicopedagogia institucional sistêmica: contribuições do modelo relacional. São Paulo: Lemos, 1997.
GRASSI, Tânia Mara. Oficinas psicopedagógicas. Curitiba: Ibpex, 2008.

Passeio Didático - Visita ao Corpo de Bombeiros do Município do Rio Grande - RS


Visita ao Corpo de Bombeiros em Rio Grande - Escola Alm Tamandaré - 2010



Passeio Didático com a turma 41 - Escola Alm Tamandaré

Visita à Câmara de Vereadores do Município do Rio Grande - RS



Atividade desenvolvida com a turma 41 - Escola Alm Tamandaré - 2010.

De Lorde Lobo para Turma 41 - Tamandaré!

Visita ao Jornal Agora - Turma 41 - Escola Alm Tamandaré


Com a participação do Chargista Lorde Lobo

Visita à RBS - Turma 41 - Escola Alm Tamandaré

Jogos online Jogos online para Crianças Cara Maluca - Jogue Aki!

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domingo, 2 de maio de 2010

Fotos do Encontro "Oficina Relaxamento do Corpo"



Encontro com os responsáveis dos meus alunos - 4ª Série

Com o objetivo de aproximar os pais da escola, estreitando os laços entre pais , escola, alunos, professora, ofereci uma oficina de Relaxamento do Corpo.

A proposta do encontro, não era fazer uma reunião convencional, onde falamos somente dos problemas dos alunos, se está bem ou se está mal, essas coisas... que sempre falamos nas reuniões com os pais... Propus um momento de relaxamento e reflexão para o resgate da auto-estima dos pais/responsáveis para se ter um tempo para si, para pensar em si, para sentir e repensar de como está sua vida.

Solicitei a confirmação dos que gostariam de participar e assim, fizemos um encontro de uma hora, onde fizemos uma sessão de relaxamento e após conversamos sobre as nossa emoções, sentimentos e atuação como responsáveis das nossas crianças.

Foi um momento de grande emoção, choro, risos, troca de abraços... Onde pudemos nos unir para o mesmo propósito que é educar os nossos filhos.

Gosto muito de fazer esse tipo de trabalho porque acredito que os pais são meus parceiros e juntos, com um pensar coerente, ajudaremos as crianças a trilhar seus caminhos, para quando no futuro, não estivermos por perto tenham condições de fazer suas escolhas e decidir sobre suas vidas com maior consciência e responsabilidade.

Avaliei o encontro como um sucesso, pois todas nós (só as mães foram, pais não foram, nem tias, nem avós)tivemos um espaço para repensar nossas atitudes como educadoras, como mães, como mulheres, como pessoas.

Foi realizado alguns sorteios no final do encontro de algumas bijuterias confeccionadas por mim, para que guardassem de lembrança daquele momento tão rico que vivenciamos. Infelizmente, não foi possível presentear a todas, mas ficou o simbolismo da representação.

Quero agradecer a todas as mães que prestigiaram o evento e tenho certeza que com isso, colaborarão para formar melhor os seus filho.

Atividade interessante a ser levada para os pais e professores das escolas que estão sofrendo de tanto stress, diante de tantas atividades que precisamos desenvolver no dia-a-dia. Já existem empresas em várias partes do mundo que destinam esse espaço dentro do trabalho para os seus funcionários porque acreditam que adoecerão menos e trabalharão mais felizes.

As participantes me pediram mais encontros como esses. Mas não depende apenas de mim, necessito de espaço dentro da escola, de tempo pessoal, recursos, etc... Tendo em vista que essas atividades são iniciativas pessoais.

Jogo das letras


Fotos da Oficina Psicopedagógica - EJA _ Escola Porto Seguro

Oficina Psicopedagógica - Jogo de palavras - EJA - Porto Seguro

A profª Janise, muito dedicada, solicitou um atendimento à biblioteca sob a responsabilidade da Profª Ingrid Costa. A profª Janise queria trabalhar com seu alunos a fixação das sílabas para a formação das palavras.

A ProfªIngrid então propôs uma atividade que esles pudessem exercitar a formação das palavras. Desta forma a prof Ingrid contou uma história ilustrada "A BOCA" de Von, que brinca com as palavras, dando-lhe vários sentidos. Após a contação da história, os alunos da Eja deveriam separar as sílabas por familia, tendo em vista que estavam todas misturadas, emitindo os seus sons. O jogo iniciou, com quem formasse o maior número de palavras com a formação das sílabas que foram colocadas à disposição.

Os alunos ficaram animados e felizes com o resultado que obtiveram. Inclusive a professora se empolgou tanto junto com os alunos, que nenhum dos participantes percebeu que perderam o horário do recreio.

A profª Ingrid solicitou que o trabalho fosse encerrado, e aí sim se deram conta que o tempo passou tão rápido que nem perceberam.

Foi um trabalho muito interessante e que obtivemos excelentes resultados.

Fica assim o registro de fotos, da atividade desenvolvida na Biblioteca Heloísa de Mello da Escola Municipal Porto Seguro - Parque Marinha - Rio Grande - RS Modalidade:EJA.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Resultado do Concurso Dia do Índio

Vencedor fantasia: Jaisson

Vencedores História do Índio:

Fernada - Nota 10
Robert - Nota 8,9
Igor - Nota 8,2

Parabéns!

Em breve... Finalistas do Concurso Soletrando!

terça-feira, 20 de abril de 2010

Vencedora: a aluna Fernada



A aluna respirou fundo e se concentrou... Também foi até ao final!

A Fernanda recebeu nota 10 de todas as juradas!

Parabéns!

Apresentação do aluno Robert


Robert também ficou um pouco nervoso, mas foi até o fim.

Parabéns!

aluno Igor apresentando seu trabalho

O Igor ficou um pouco nervoso, algo natural, mas foi até ao final.

Parabéns!

Corpo de Jurados para a escolha da melhor apresentação

As alunas, Karoline, Hellena, Mayara e Larissa foram minhas alunas da 4ª série no ano passado - 2009.

Fiquei muito feliz por elas terem aceito o convite. Elas foram muito bem arruamadas e perfumadas. Ficaram tão sérias e foram muito críticas e criteriosas na hora de avaliar. Fiquei surpresa com o "profissionalismo" de todas.

Foi uma atividade muito legal, pois os meus atuais alunos tiveram um experiência diferente, podendo enfrentar pessoas diferentes, desacomodando-as do conforto da presença dos seus amigos, que já não é fácil se expor diante deles, rompendo barreiras e enfrentando seus próprios medos; e para as minhas ex-alunas, também uma experiência enriquecedora, expor-se entre desconhecidos e refletir sobre o belo, o melhor, o que se tem proveito. É uma oportunidade de exercitar a reflexão, a crítica, a escolha, a decisão... para momentos futuros em que precisarão passar na vida.

Meninas, muito obrigada!

A professora Ingrid Indígena e seus alunos...

A turma 41/2010 - Junto com o vencedor

O aluno Jaisson caracterizado de Índio - Vencedor do Concurso

Originalidade e Beleza!

Dia do Índio

Os alunos que quisessem se caracterizar de Índio participariam de um concurso e o vencedor ganharia um troféu. O aluno Jáisson foi o único corajoso da turma!
Três alunos participaram do concurso "A história do Indígena" (Robert, Igor e Fernanda). Foram convidados meus ex-alunos para fazer parte do Juri. O corpo de jurados foram as alunas Hellena, Karoline, Larissa e Mayara que escolheram por unanimidade o relato da aluna Fernanda.

Esta atividade foi muito interessante porque porque trabalhamos muitos aspectos pedagógicos, como: comunicação e expressão oral, escrita e corporal, desinibição, avaliação,valores e sentimentos(coragem, medo, ansiedade, competitividade, perder, vencer, alegria, tristeza), história contemporanea e antiga, culturas diferentes, aceitação, identidade, multiculturalismo...

A professora, para variar, não perdeu a oportunidade e para incentivar seus alunos passou toda a tarde caracterizada de indígena também!

Cá entre nós: Só podia ser a Professora Ingrid mesmo!