Para uma atividade em sua sala de aula ou escola, convide a Boneca Rana, interpretada pela Prof Ingrid Costa, para trabalhar temas sobre Cultura Afro-brasileira e Arte-Educação Ambiental.
É possível trabalhar com música, contação de histórias, oficinas com as crianças a partir de 4 anos, jovens, adultos e educadores.
Não perca essa oportunidade de levar algo alegre, divertido para a sua escola, mas sem perder o cunho pedagógico.
Agende já: (53) 91351724
Falar com Prof Ingrid
Email: professora.ingrid@hotmail.com
Palestras para pequenos grupos de professores para qualificação sobre Cultura Afro-brasileira para ser trabalhada em sala de aula.
Entre em contato!
Este Blog é para divulgar o trabalho realizado pela Professora Ingrid e seus alunos, além de manter os amigos e simpatizantes informados sobre as suas atividades pessoais, pedagógicas, profissionais. Espero que todos tirem bom proveito e deixem suas sugestões, críticas, opiniões. Um abraço!
Professora Ingrid 2010
Seja Bem-vindo ao meu Blog! Visite-me muitas vezes durante este ano, isso me fará muito feliz!
Quem sou eu
- Professora Ingrid Costa
- Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brazil
- Magistério com habilitação em Séries Iniciais e Pré-escola (SP), Pedagogia e Psicologia da Educação (FURG), Pós-graduanda em Psicopedagogia, Mestra em Educação Ambiental com abordagem na Cultura Afro-brasileira e Artes (FURG) e ex-graduanda do Curso de Letras- Português (FURG). Estudei piano e teoria musical na Conservatório de Música do Rio de janeiro e Rio Grande. Aprendi instrumento de sopro/metal e flauta doce. Funcionária Pública Estadual e Municipal com experiência em Gestão Escolar, Supervisão Escolar, Docência, Educação Especial e EJA. Experiência no setor privado como Bancária e Secretária. Realização de projetos, como: Coral de adultos e infanto Juvenil; confecção de artesanato em geral;Coordenadora de acampamentos para crianças e jovens, adultos e idosos; recreação para crianças, jovens, adultos e idosos; música; dança;projetos sociais; palestras com diversos temas apresentados em vários Estados Brasileiros, América Latina e na Europa/Alemanha;Apresentadora de Programa de Rádio.Assessora Pedagógica das Relações Étnico-Raciais SMED/Rio Grande-RS.
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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
domingo, 17 de janeiro de 2010
Contrate Palestra sobre Educação
Palestra para pais e mães
Palestra: “Uma conversa sobre a educação dos nossos filhos.”
Palestrante: Profª Ma. Ingrid Costa
Experiência profissional: Pedagoga e Mestra em Educação Ambiental com ênfase na Arte (Linguagem Musical) e Cultura Afro-brasileira, com anos de experiência no trato com crianças, jovens e adultos na educação escolar e exercício em liderança no setor pedagógico-administrativo escolar).
Objetivo geral: Oportunizar momentos de reflexão sobre as questões que envolvem a educação básica familiar.
Local: Instituição interessada
Clientela: Jovens e adultos, com filhos ou não, interessados na educação das nossas crianças.
Tema: Tratar sobre o tema “educação básica familiar”, abordando questões que envolvem: limites, disciplina, valores, cidadania, responsabilidade, direitos e deveres, sob o ponto de vista pedagógico.
Nº de participantes: de acordo com a disponibilidade de espaço e acomodações da instituição.
Dia e Horário: a combinar com a instituição, mas tendo preferência para o turno da manhã ou noite.
Custo/Investimento: a tratar com o solicitante.
Divulgação: A palestrante disponibilizará para a instituição uma faixa de divulgação para ser exposta em lugar estratégico com o seguinte slogan:
Palestra: “Uma conversa sobre a educação dos nossos filhos.” Informações aqui!
Contato:
Prof. Ma. Ingrid Costa
Telefone para contato: (53) 91351724
Email: professora.ingrid@hotmail.com
Atendo Associações, escolas, empresas, instituições sociais e religiosas, etc.
Outros temas: Cultura Afro-brasileira
Oficinas de Artes/Música/Artesanato
Palestra: “Uma conversa sobre a educação dos nossos filhos.”
Palestrante: Profª Ma. Ingrid Costa
Experiência profissional: Pedagoga e Mestra em Educação Ambiental com ênfase na Arte (Linguagem Musical) e Cultura Afro-brasileira, com anos de experiência no trato com crianças, jovens e adultos na educação escolar e exercício em liderança no setor pedagógico-administrativo escolar).
Objetivo geral: Oportunizar momentos de reflexão sobre as questões que envolvem a educação básica familiar.
Local: Instituição interessada
Clientela: Jovens e adultos, com filhos ou não, interessados na educação das nossas crianças.
Tema: Tratar sobre o tema “educação básica familiar”, abordando questões que envolvem: limites, disciplina, valores, cidadania, responsabilidade, direitos e deveres, sob o ponto de vista pedagógico.
Nº de participantes: de acordo com a disponibilidade de espaço e acomodações da instituição.
Dia e Horário: a combinar com a instituição, mas tendo preferência para o turno da manhã ou noite.
Custo/Investimento: a tratar com o solicitante.
Divulgação: A palestrante disponibilizará para a instituição uma faixa de divulgação para ser exposta em lugar estratégico com o seguinte slogan:
Palestra: “Uma conversa sobre a educação dos nossos filhos.” Informações aqui!
Contato:
Prof. Ma. Ingrid Costa
Telefone para contato: (53) 91351724
Email: professora.ingrid@hotmail.com
Atendo Associações, escolas, empresas, instituições sociais e religiosas, etc.
Outros temas: Cultura Afro-brasileira
Oficinas de Artes/Música/Artesanato
Sinopse do filme PINGUINS
No mundo dos pingüins, na Antártica, os animais que melhor conseguem cantar são os que arrumam as melhores parceiras na hora do acasalamento. Mano (voz de Elijah Wood na versão original; Daniel de Oliveira na versão nacional) é um pingüim que nasceu sem a habilidade vocal, mas não desiste da dança do acasalamento, reforçando a sua habilidade, o sapateado, ao conhecer um grupo de pingüins liderado por Amoroso (Sidney Magal).
Gênero: Animação
Tempo: 108 min.
Lançamento: 24 de Nov, 2006
Lançamento DVD: Fev de 2007
Classificação: Livre
Distribuidora: Warner Bros.
Obs.: Ótimo para debater questões como: discriminação, inclusão, preconceito, diferenças, família, religiosidade, pesquisa.
Gênero: Animação
Tempo: 108 min.
Lançamento: 24 de Nov, 2006
Lançamento DVD: Fev de 2007
Classificação: Livre
Distribuidora: Warner Bros.
Obs.: Ótimo para debater questões como: discriminação, inclusão, preconceito, diferenças, família, religiosidade, pesquisa.
POLÍTICA DE COTAS NAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS DE ENSINO SUPERIOR
Veja como é a política de cotas em 41 instituições públicas de ensino superior
em: 20/11/09
Veja como é a política de cotas em 41 instituições públicas de ensino superior Veja como é o sistema de cotas para negros em 41 instituições públicas, segundo levantamento divulgado no "Manifesto em defesa da justiça e constitucionalidade das cotas". O levantamento foi elaborado pelo professor José Jorge de Carvalho, da UnB (Universidade de Brasília). Segundo os dados pesquisados por Carvalho, das 249 instituições públicas brasileiras, 93 (37,3%) já oferecem ações afirmativas, como bônus na pontuação das provas ou cotas raciais ou para alunos de baixa renda ou provenientes de escolas públicas. Dentre essas instituições, 67 (26,9% do total) oferecem cotas voltadas a negros e indígenas. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 6,5% da população é preta (denominação utilizada pelo instituto). Para o pesquisador, as três universidades estaduais paulistas (USP, Unesp e Unicamp) formam o "grupo mais hostil" às cotas. "A pior situação de um jovem negro no Brasil é morar em São Paulo, porque as principais universidades [USP (Universidade de São Paulo), Unesp (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) e Unicamp (Universidade Estadual de Campinas)] não têm cotas", diz Carvalho. Confira a lista: UFPA (Universidade Federal do Pará/PA): 50% para candidatos de escolas públicas, destes 40% para pretos e pardos UnB (Universidade de Brasília/DF): 20% para negros e 10 vagas para indígenas UFG (Universidade Federal de Goiás/GO): 10% para candidatos de escolas públicas, 10% para negros de escolas públicas UFMA (Universidade Federal do Maranhão/MA): 25% para candidatos de escolas públicas, 25% para negros de escolas públicas, 1 vaga para indígena e 1 vaga para deficiente físico em cada curso Ufal (Universidade Federal de Alagoas/AL): 20% para negros de escolas públicas, e destes, 40% para homens e 60% para mulheres Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia/BA: 50% para candidatos de escolas públicas, destes 60% para afrodescendentes; e 5% para indígenas UFBA (Universidade Federal da Bahia/BA): 45% para candidatos de ensino médio público, sendo 2% para indígenas, 37,5% para negros e 5,5% para outros candidatos de ensino médio público UFS (Universidade Federal de Sergipe/SE): 50% para candidatos de escolas públicas, 70% destes para negros e pardos e indígenas, 1 vaga suplementar para portadores de necessidades especiais UFRB (Universidade Federal do Recôncavo Baiano/BA): 45% para candidatos de ensino médio público, sendo 2% para indígenas, 37,5% para negros e 5,5% para outros candidatos de ensino médio público UFSJ (Universidade Federal de São João Del Rey/MG): 50% para candidatos de escolas públicas, destes 46% para pardos, pretos e indígenas UFJF: Universidade Federal de Juiz de Fora/MG: 50% para candidatos de escolas públicas, e destes 25% para negros Unifesp (Universidade Federal de São Paulo/SP): 10% de vagas negras, prioritariamente para negros de ensino médio público; se não houver preenchimento, completar com outros candidatos de escolas públicas UFSCar (Universidade Federal de São Carlos/SP): 20% para candidatos do ensino médio público, sendo 35% destes para negros e 01 vaga não cumulativa por curso para indígenas, progressivamente até 2014 UFABC (Universidade Federal do ABC/SP): 50% para candidatos de escolas públicas, e destas, 28,3% para negros e 0,1% para indígenas UFPR (Universidade Federal do Paraná/PR): 20% para negros, 20% para candidatos de educação básica pública, 10 vagas para indígenas UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina/SC): 20% para candidatos de educação básica pública, 10% para negros, prioritariamente de educação básica pública, 6 vagas para indígenas em geral e 120 vagas de licenciatura intercultural para os Kaingang, Xokleng e Guarani Instituto Federal de Santa Catarina/SC: 50% para escolas públicas, 10% para negros prioritariamente de escolas públicas UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul/RS): 30% para candidatos de escolas públicas, sendo metade para negros UFSM (Universidade Federal de Santa Maria/RS): em 2009, 20% para candidatos de escolas públicas brasileiras, 11% para negros, 5% para deficientes físicos e 8 vagas para indígenas Unipampa (Universidade Federal do Pampa/RS): em 2008, 30% para candidatos de escolas públicas, 10% para negros, 6% para deficientes físicos e 4 vagas para indígenas ESTADUAIS UEMT (Universidade Estadual do Mato Grosso/MT): 25% para negros de escolas públicas ou privadas com bolsa UEA (Universidade do Estado do Amazonas/AM): 80% para estudantes do Amazonas que não tenham curso superior completo nem o estejam cursando em instituição pública de ensino, destes, 60% para candidatos do ensino médio público Unemat (Universidade do Estado de Mato Grosso/MT): 25% para negros de escolas públicas ou privadas com bolsa UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul/ MS): 30% para candidatos de escolas públicas, e destes, 20% negros e 10% para indígenas UEG (Universidade Estadual de Goiás/GO): 20% para negros, 20% para candidatos de escolas públicas, 5% para deficientes e/ou indígenas Fundação de Ensino Superior de Goiatuba/GO: 10% para candidatos de escolas públicas, 10% para negros e 2% para indígenas e portadores de deficiência Uncisal (Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas/AL): 10% para candidatos de escola pública e 5% para negros também egressos de escola pública Uneb (Universidade do Estado da Bahia/BA): 40% para afrodescendentes do ensino médio público UEFS (Universidade Estadual de Feira de Santana/ BA): 50% para candidatos de escolas públicas e, dessas, 80% para negros Uesc (Universidade Estadual de Santa Cruz/BA): 50% para candidatos de ensino médio público, dessas 75% para negros, 02 vagas para índios ou quilombolas em cada curso Uesb (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia/ BA): 50% para candidatos de escolas públicas, destes 70% para negros UEMG (Universidade do Estado de Minas Gerais/MG): 20% para afrodescendentes, 20% para candidatos de escolas públicas, 5% deficientes físicos e indígenas, todos com baixa renda Unimontes (Universidade Estadual de Montes Claros/MG): 20% para afrodescendentes, 20% para candidatos de escolas públicas, 5% deficientes físicos e indígenas, todos com baixa renda UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro/RJ): 20% para escola pública, 20% para negros e 5% deficientes físicos ou indígenas ou filhos de policiais mortos em serviço - até R$ 630 per capita Uenf (Universidade Estadual do Norte Fluminense/RJ): 20% para escola pública, 25% para negros e 5% deficientes físicos ou indígenas ou filhos de policiais mortos em serviço - até R$ 630 per capita Uezo (Centro Universitário Estadual da Zona Oeste/RJ): 20% para escola pública, 20% para negros e 5% deficientes físicos ou indígenas ou filhos de policiais mortos em serviço - até R$ 630 per capita Uespi (Universidade Estadual do Piauí/PI): 5% para candidatos de escolas públicas e 5% para negros Faetec (Fundação de Apoio à Escola Técnica do Rio de Janeiro/RJ): 20% para candidatos de escolas públicas, 20% para negros e 5% deficientes físicos ou indígenas ou filhos de policiais mortos em serviço - até R$ 630 per capita Centro Universitário de Franca/SP: 20% para negros, 5% para candidatos de escolas públicas e 5% para deficientes UEL (Universidade Estadual de Londrina/PR): até 40% para candidatos de escolas públicas, destas até metade para negros, dependendo da demanda, e 6 vagas para indígenas UEPG (Universidade Estadual de Ponta Grossa/PR): 25% para candidatos oriundos de escolas públicas, 8% para candidatos negros de escolas públicas e 6 vagas para grupos indígenas do Estado do Paraná.
Fonte: http://educacao.uol.com.br/ultnot/2009/11/20/ult105u8908.jhtm
em: 20/11/09
Veja como é a política de cotas em 41 instituições públicas de ensino superior Veja como é o sistema de cotas para negros em 41 instituições públicas, segundo levantamento divulgado no "Manifesto em defesa da justiça e constitucionalidade das cotas". O levantamento foi elaborado pelo professor José Jorge de Carvalho, da UnB (Universidade de Brasília). Segundo os dados pesquisados por Carvalho, das 249 instituições públicas brasileiras, 93 (37,3%) já oferecem ações afirmativas, como bônus na pontuação das provas ou cotas raciais ou para alunos de baixa renda ou provenientes de escolas públicas. Dentre essas instituições, 67 (26,9% do total) oferecem cotas voltadas a negros e indígenas. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 6,5% da população é preta (denominação utilizada pelo instituto). Para o pesquisador, as três universidades estaduais paulistas (USP, Unesp e Unicamp) formam o "grupo mais hostil" às cotas. "A pior situação de um jovem negro no Brasil é morar em São Paulo, porque as principais universidades [USP (Universidade de São Paulo), Unesp (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) e Unicamp (Universidade Estadual de Campinas)] não têm cotas", diz Carvalho. Confira a lista: UFPA (Universidade Federal do Pará/PA): 50% para candidatos de escolas públicas, destes 40% para pretos e pardos UnB (Universidade de Brasília/DF): 20% para negros e 10 vagas para indígenas UFG (Universidade Federal de Goiás/GO): 10% para candidatos de escolas públicas, 10% para negros de escolas públicas UFMA (Universidade Federal do Maranhão/MA): 25% para candidatos de escolas públicas, 25% para negros de escolas públicas, 1 vaga para indígena e 1 vaga para deficiente físico em cada curso Ufal (Universidade Federal de Alagoas/AL): 20% para negros de escolas públicas, e destes, 40% para homens e 60% para mulheres Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia/BA: 50% para candidatos de escolas públicas, destes 60% para afrodescendentes; e 5% para indígenas UFBA (Universidade Federal da Bahia/BA): 45% para candidatos de ensino médio público, sendo 2% para indígenas, 37,5% para negros e 5,5% para outros candidatos de ensino médio público UFS (Universidade Federal de Sergipe/SE): 50% para candidatos de escolas públicas, 70% destes para negros e pardos e indígenas, 1 vaga suplementar para portadores de necessidades especiais UFRB (Universidade Federal do Recôncavo Baiano/BA): 45% para candidatos de ensino médio público, sendo 2% para indígenas, 37,5% para negros e 5,5% para outros candidatos de ensino médio público UFSJ (Universidade Federal de São João Del Rey/MG): 50% para candidatos de escolas públicas, destes 46% para pardos, pretos e indígenas UFJF: Universidade Federal de Juiz de Fora/MG: 50% para candidatos de escolas públicas, e destes 25% para negros Unifesp (Universidade Federal de São Paulo/SP): 10% de vagas negras, prioritariamente para negros de ensino médio público; se não houver preenchimento, completar com outros candidatos de escolas públicas UFSCar (Universidade Federal de São Carlos/SP): 20% para candidatos do ensino médio público, sendo 35% destes para negros e 01 vaga não cumulativa por curso para indígenas, progressivamente até 2014 UFABC (Universidade Federal do ABC/SP): 50% para candidatos de escolas públicas, e destas, 28,3% para negros e 0,1% para indígenas UFPR (Universidade Federal do Paraná/PR): 20% para negros, 20% para candidatos de educação básica pública, 10 vagas para indígenas UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina/SC): 20% para candidatos de educação básica pública, 10% para negros, prioritariamente de educação básica pública, 6 vagas para indígenas em geral e 120 vagas de licenciatura intercultural para os Kaingang, Xokleng e Guarani Instituto Federal de Santa Catarina/SC: 50% para escolas públicas, 10% para negros prioritariamente de escolas públicas UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul/RS): 30% para candidatos de escolas públicas, sendo metade para negros UFSM (Universidade Federal de Santa Maria/RS): em 2009, 20% para candidatos de escolas públicas brasileiras, 11% para negros, 5% para deficientes físicos e 8 vagas para indígenas Unipampa (Universidade Federal do Pampa/RS): em 2008, 30% para candidatos de escolas públicas, 10% para negros, 6% para deficientes físicos e 4 vagas para indígenas ESTADUAIS UEMT (Universidade Estadual do Mato Grosso/MT): 25% para negros de escolas públicas ou privadas com bolsa UEA (Universidade do Estado do Amazonas/AM): 80% para estudantes do Amazonas que não tenham curso superior completo nem o estejam cursando em instituição pública de ensino, destes, 60% para candidatos do ensino médio público Unemat (Universidade do Estado de Mato Grosso/MT): 25% para negros de escolas públicas ou privadas com bolsa UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul/ MS): 30% para candidatos de escolas públicas, e destes, 20% negros e 10% para indígenas UEG (Universidade Estadual de Goiás/GO): 20% para negros, 20% para candidatos de escolas públicas, 5% para deficientes e/ou indígenas Fundação de Ensino Superior de Goiatuba/GO: 10% para candidatos de escolas públicas, 10% para negros e 2% para indígenas e portadores de deficiência Uncisal (Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas/AL): 10% para candidatos de escola pública e 5% para negros também egressos de escola pública Uneb (Universidade do Estado da Bahia/BA): 40% para afrodescendentes do ensino médio público UEFS (Universidade Estadual de Feira de Santana/ BA): 50% para candidatos de escolas públicas e, dessas, 80% para negros Uesc (Universidade Estadual de Santa Cruz/BA): 50% para candidatos de ensino médio público, dessas 75% para negros, 02 vagas para índios ou quilombolas em cada curso Uesb (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia/ BA): 50% para candidatos de escolas públicas, destes 70% para negros UEMG (Universidade do Estado de Minas Gerais/MG): 20% para afrodescendentes, 20% para candidatos de escolas públicas, 5% deficientes físicos e indígenas, todos com baixa renda Unimontes (Universidade Estadual de Montes Claros/MG): 20% para afrodescendentes, 20% para candidatos de escolas públicas, 5% deficientes físicos e indígenas, todos com baixa renda UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro/RJ): 20% para escola pública, 20% para negros e 5% deficientes físicos ou indígenas ou filhos de policiais mortos em serviço - até R$ 630 per capita Uenf (Universidade Estadual do Norte Fluminense/RJ): 20% para escola pública, 25% para negros e 5% deficientes físicos ou indígenas ou filhos de policiais mortos em serviço - até R$ 630 per capita Uezo (Centro Universitário Estadual da Zona Oeste/RJ): 20% para escola pública, 20% para negros e 5% deficientes físicos ou indígenas ou filhos de policiais mortos em serviço - até R$ 630 per capita Uespi (Universidade Estadual do Piauí/PI): 5% para candidatos de escolas públicas e 5% para negros Faetec (Fundação de Apoio à Escola Técnica do Rio de Janeiro/RJ): 20% para candidatos de escolas públicas, 20% para negros e 5% deficientes físicos ou indígenas ou filhos de policiais mortos em serviço - até R$ 630 per capita Centro Universitário de Franca/SP: 20% para negros, 5% para candidatos de escolas públicas e 5% para deficientes UEL (Universidade Estadual de Londrina/PR): até 40% para candidatos de escolas públicas, destas até metade para negros, dependendo da demanda, e 6 vagas para indígenas UEPG (Universidade Estadual de Ponta Grossa/PR): 25% para candidatos oriundos de escolas públicas, 8% para candidatos negros de escolas públicas e 6 vagas para grupos indígenas do Estado do Paraná.
Fonte: http://educacao.uol.com.br/ultnot/2009/11/20/ult105u8908.jhtm
COTAS: UMA NOVA CONSCIÊNCIA ACADÊMICA
Cotas: uma nova consciência acadêmica
JOSÉ JORGE DE CARVALHO
ENQUANTO cresce o número de universidades que aprovam autonomamente as cotas, a reação a esse movimento de dimensão nacional pela inclusão de negros e indígenas vai se tornando cada vez mais ideológica, exasperada e descolada da realidade concreta do ensino superior brasileiro.
Em um artigo recente ("O dom de iludir", "Tendências/Debates", 9/9), Demétrio Magnoli citou fragmento de um parágrafo de conferência que proferi na Universidade Federal de Goiás em 2001. Mas ele suprimiu a frase seguinte às que citou -justamente o que daria sentido ao meu argumento, que, da forma como foi utilizado, pareceu absurdo.
Sua transcrição truncada fez desaparecer a crítica irônica que eu fazia ao tipo de ação afirmativa de uma faculdade do Estado de Maine, nos EUA. O tema da conferência era acusar a carência, naquele ano de 2001, de políticas de inclusão no ensino superior brasileiro, fossem de corte liberal ou socialista.
Magnoli ocultou dos leitores o que eu disse em seguida: "Quero contrastar isso com o que acontece no Brasil.
Como estamos nós? A Universidade de Brasília tem 1.400 professores e apenas 14 são negros". É 1% de professores negros na UnB.
E quantos são os docentes negros da USP? Dados recentes indicam que, de 5.434 docentes, os negros não passam de 40. Pelo censo de identificação que fiz em 2005, a porcentagem média de docentes negros no conjunto das seis mais poderosas universidades públicas brasileiras (USP, Unicamp, UFRJ, UFRGS, UFMG, UnB) é 0,6%.
Essa porcentagem pode ser considerada insignificante do ponto de vista estatístico e não deverá mudar muito, pois é crônica e menor que a flutuação probabilística da composição racial dos que entram e saem no interior do contingente de 18 mil docentes dessas instituições.
Para contrastar, a África do Sul, ainda nos dias do apartheid, já tinha mais professores universitários negros do que nós temos hoje.
Se não interviermos nos mecanismos de ingresso, nossas universidades mais importantes poderão atravessar todo o século 21 praticando um apartheid racial na docência praticamente irreversível.
É esta a questão central das cotas no ensino superior: a desigualdade racial existente na graduação, na pós-graduação, na docência e na pesquisa.
Pensar na docência descortina um horizonte para a luta atual pelas cotas na graduação.
Enquanto lutamos para mudar essa realidade, um grupo de acadêmicos e jornalistas brancos, concentrado no eixo Rio-São Paulo, reage contra esse movimento apontando para cenários catastróficos, como se, por causa das cotas, as universidades brasileiras pudessem ser palco de genocídios como o do nazismo e o de Ruanda!
Como não podem negar a necessidade de alguma política de inclusão racial, passam a repetir tediosamente aquilo que todos sabem e do que ninguém discorda: não existem raças no sentido biológico do termo.
E, contrariando inclusive todos os dados oficiais sobre a desigualdade racial produzidos pelo IBGE e pelo Ipea, começam a negar a própria existência de racismo no Brasil.
Fugindo do debate substantivo, os anticotas optam pela desinformação e pelo negacionismo: raça não existe, logo, não há negros no Brasil; se existem por causa das cotas, não há como identificá-los; logo, não pode haver cotas.
Raças não existem, mas os negros existem, sofrem racismo e a maioria deles está excluída do ensino superior. Felizmente, a consciência de que é preciso incluir, ainda que emergencialmente, só vem crescendo -por isso, a presente década pode ser descrita como a década das cotas no ensino superior no Brasil. Começando com três universidades em 2002, em 2009 já são 94 universidades com ações afirmativas, em 68 das quais com recorte étnico-racial.
Vivemos um rico e criativo processo histórico, resultado de grande mobilização nacional de negros, indígenas e brancos, gerando juntos intensos debates, dentro e fora de universidades. Os modelos aprovados são inúmeros, cada um deles tentando refletir realidades regionais e dinâmicas específicas de cada universidade.
Essa nova consciência acadêmica refletiu positivamente no CNPq, que acaba de reservar 600 bolsas de iniciação científica para cotistas. Se o século 20 no Brasil foi o século da desigualdade racial, surge uma nova consciência de que o século 21 será o século da igualdade étnica e racial no ensino superior e na pesquisa.
JOSÉ JORGE DE CARVALHO é professor da UnB (Universidade de Brasília) e coordenador do INCT - Instituto de Inclusão no Ensino Superior e na Pesquisa do CNPq. É autor de "Inclusão Étnica e Racial no Brasil" (Attar Editorial)
matéria original: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz1709200908.htm
JOSÉ JORGE DE CARVALHO
ENQUANTO cresce o número de universidades que aprovam autonomamente as cotas, a reação a esse movimento de dimensão nacional pela inclusão de negros e indígenas vai se tornando cada vez mais ideológica, exasperada e descolada da realidade concreta do ensino superior brasileiro.
Em um artigo recente ("O dom de iludir", "Tendências/Debates", 9/9), Demétrio Magnoli citou fragmento de um parágrafo de conferência que proferi na Universidade Federal de Goiás em 2001. Mas ele suprimiu a frase seguinte às que citou -justamente o que daria sentido ao meu argumento, que, da forma como foi utilizado, pareceu absurdo.
Sua transcrição truncada fez desaparecer a crítica irônica que eu fazia ao tipo de ação afirmativa de uma faculdade do Estado de Maine, nos EUA. O tema da conferência era acusar a carência, naquele ano de 2001, de políticas de inclusão no ensino superior brasileiro, fossem de corte liberal ou socialista.
Magnoli ocultou dos leitores o que eu disse em seguida: "Quero contrastar isso com o que acontece no Brasil.
Como estamos nós? A Universidade de Brasília tem 1.400 professores e apenas 14 são negros". É 1% de professores negros na UnB.
E quantos são os docentes negros da USP? Dados recentes indicam que, de 5.434 docentes, os negros não passam de 40. Pelo censo de identificação que fiz em 2005, a porcentagem média de docentes negros no conjunto das seis mais poderosas universidades públicas brasileiras (USP, Unicamp, UFRJ, UFRGS, UFMG, UnB) é 0,6%.
Essa porcentagem pode ser considerada insignificante do ponto de vista estatístico e não deverá mudar muito, pois é crônica e menor que a flutuação probabilística da composição racial dos que entram e saem no interior do contingente de 18 mil docentes dessas instituições.
Para contrastar, a África do Sul, ainda nos dias do apartheid, já tinha mais professores universitários negros do que nós temos hoje.
Se não interviermos nos mecanismos de ingresso, nossas universidades mais importantes poderão atravessar todo o século 21 praticando um apartheid racial na docência praticamente irreversível.
É esta a questão central das cotas no ensino superior: a desigualdade racial existente na graduação, na pós-graduação, na docência e na pesquisa.
Pensar na docência descortina um horizonte para a luta atual pelas cotas na graduação.
Enquanto lutamos para mudar essa realidade, um grupo de acadêmicos e jornalistas brancos, concentrado no eixo Rio-São Paulo, reage contra esse movimento apontando para cenários catastróficos, como se, por causa das cotas, as universidades brasileiras pudessem ser palco de genocídios como o do nazismo e o de Ruanda!
Como não podem negar a necessidade de alguma política de inclusão racial, passam a repetir tediosamente aquilo que todos sabem e do que ninguém discorda: não existem raças no sentido biológico do termo.
E, contrariando inclusive todos os dados oficiais sobre a desigualdade racial produzidos pelo IBGE e pelo Ipea, começam a negar a própria existência de racismo no Brasil.
Fugindo do debate substantivo, os anticotas optam pela desinformação e pelo negacionismo: raça não existe, logo, não há negros no Brasil; se existem por causa das cotas, não há como identificá-los; logo, não pode haver cotas.
Raças não existem, mas os negros existem, sofrem racismo e a maioria deles está excluída do ensino superior. Felizmente, a consciência de que é preciso incluir, ainda que emergencialmente, só vem crescendo -por isso, a presente década pode ser descrita como a década das cotas no ensino superior no Brasil. Começando com três universidades em 2002, em 2009 já são 94 universidades com ações afirmativas, em 68 das quais com recorte étnico-racial.
Vivemos um rico e criativo processo histórico, resultado de grande mobilização nacional de negros, indígenas e brancos, gerando juntos intensos debates, dentro e fora de universidades. Os modelos aprovados são inúmeros, cada um deles tentando refletir realidades regionais e dinâmicas específicas de cada universidade.
Essa nova consciência acadêmica refletiu positivamente no CNPq, que acaba de reservar 600 bolsas de iniciação científica para cotistas. Se o século 20 no Brasil foi o século da desigualdade racial, surge uma nova consciência de que o século 21 será o século da igualdade étnica e racial no ensino superior e na pesquisa.
JOSÉ JORGE DE CARVALHO é professor da UnB (Universidade de Brasília) e coordenador do INCT - Instituto de Inclusão no Ensino Superior e na Pesquisa do CNPq. É autor de "Inclusão Étnica e Racial no Brasil" (Attar Editorial)
matéria original: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz1709200908.htm
Sugestões de filmes sobre cultura afro para serem trabalhados em sala de aula
Vista a Minha Pele
2003, 15 min.
“Vista a Minha Pele” é uma divertida paródia da realidade brasileira. Serve de material básico para discussão sobre racismo e preconceito em sala-de-aula.
Nesta história invertida, os negros são a classe dominante e os brancos foram escravizados. Os países pobres são Alemanha e Inglaterra, enquanto os países ricos são, por exemplo, África do Sul e Moçambique. Maria é uma menina branca, pobre, que estuda num colégio particular graças à bolsa-de-estudo que tem pelo fatode sua mãe ser faxineira nesta escola. A maioria de seus colegas a hostilizam, por sua cor e por sua condição social, com exceção de sua amiga Luana, filha de um diplomata que, por ter morado em países pobres, possui uma visão mais abrangente da realidade.
Maria quer ser “Miss Festa Junina” da escola, mas isso requer um esforço enorme, que vai desde a superação do padrão de beleza imposto pela mídia, onde só o negro é valorizado, à resistência de seus pais, à aversão dos colegas e à dificuldade em vender os bilhetes para seus conhecidos, em sua maioria muito pobres. Maria tem em Luana uma forte aliada e as duas vão se envolver numa série de aventuras para alcançar seus objetivos. O centro da história não é o concurso, mas a disposição de Maria em enfrentar essa situação. Ao final ela descobre que, quanto mais confia em si mesma, mais capacidade terá de convencer outros de sua chance de vencer.
Indicações de uso:
O vídeo pode ser usado na discussão sobre discriminação no Brasil. É um instrumento atraente, com linguagem ágil e atores conhecidos do público alvo - adolescentes na faixa de 12 a 16 anos. Vem acompanhado de uma apostila de orientação ao professor para sua utilização em sala de aula, elaborada por educadores e psicólogos comprometidos com as questões de gênero e raça.
Ficha técnica:
Duração: 15 minutos
Direção: Joel Zito Araújo
Produção: Casa de Criação
Contato:
Tel.: (11) 6978-8333
E-mail: ceert@ceert.org.br
Página: www.ceert.org.br
O que é movimento negro
1998, 15 min.
Documentário sobre o movimento negro no Brasil. Apresenta didaticamente a luta dos negros pela igualdade, desde os tempos da escravidão até os dias de hoje. O filme começa apresentando, no período colonial, as formas de luta e resistência dos negros escravos, como o Banzo e os Quilombos. Fala de Zumbi e das revoltas dos Malês e dos Alfaiates.
Foi em 1902 que surgiram as primeiras entidades (recreativas) de negros no Brasil. No mesmo período começaram a ser publicados os primeiros jornais do movimento negro, como "O Progresso" e "A liberdade". O filme aborda as experiências da Frente Negra, da Legião Negra e do Teatro Experimental do Negro (TEM), com seu belo trabalho na área de arte-educação.
Durante a ditadura militar, os negros ficaram proibidos de se organizar e, assim, as manifestações culturais ganhavam mais importância. Já na década de 1970, após a morte do estudante Edson Luiz, o movimento negro voltou a se manifestar e, a partir da união de diversos grupos, foi criado o Movimento Negro Unificado (MNU), contra a discriminação racial. A luta pelo respeito às diferenças e pela igualdade, levou o Movimento a discutir como a escola reproduz o racismo, através dos currículos, dos livros didáticos e da formação dos professores. Levou também à organização da Associação de Mulheres Negras.
O vídeo mostra ainda o samba e o hip hop, entre as formas culturais que colaboram com a luta negra pela "desmistificação do mito da democracia racial" existente no Brasil.
Indicações de Uso:
"O que é movimento negro" é indicado para aula ou debates que tenham a história dos negros no Brasil como tema. O vídeo é bastante didático, com linguagem acessível e imagens dos jornais e manifestações políticas e culturais dos negros no Brasil.
Ficha Técnica:
Data: Maio de 1998
Duração: 15 minutos
Realização: Núcleo de Estudos Negros
Contatos:
Tel.: (48) 3322-0692 / 3224-0769
E-mail: nen@nen.org.br
Página: www.nen.org.br
Retrato em Branco e Preto
15 min.
Um homem negro e de classe média escreve uma carta a um amigo estrangeiro na tentativa de explicar-lhe a real situação dos afrodescendentes no Brasil. Este é o pano de fundo do documentário Retrato em Preto e Branco, filme que revela um Brasil preconceituoso e desigual. Estas pessoas, que representam mais da metade da população brasileira, vivem à margem das oportunidades de trabalho, educação, saúde e moradia, convivendo com o abandono das crianças e a violência policial. O filme mostra que no Brasil há uma sociedade etnocêntrica, desigual e racista. Retrato em Branco e Preto se apóia em pesquisas sócio-econômicas e revela que a reprodução do preconceito se dá a partir da escola e pela mídia, que insiste em ser espelho em um povo brasileiro que não existe, com suas Xuxas, Angélicas e outros rostinhos alvos.
Indicações de Uso
Retrato em Branco e Preto é um ótimo estimulador de debates sobre a questão racial, história e direitos humanos. Um filme de linguagem acessível que pode ser usado para alunos do ensino fundamental e médio, mas que também faz diferença em debates acadêmicos. Particularmente indicado para grupos que discutem questões de raça.
Ficha Técnica:
Realização: CEERT - Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades
Data: não consta
Direção: Joel Zito Araújo
Duração: 15 minutos
Contatos:
Tel.: (11) 6978-8333
E-mail: ceert@ceert.org.br
Página: www.ceert.org.br
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2003, 15 min.
“Vista a Minha Pele” é uma divertida paródia da realidade brasileira. Serve de material básico para discussão sobre racismo e preconceito em sala-de-aula.
Nesta história invertida, os negros são a classe dominante e os brancos foram escravizados. Os países pobres são Alemanha e Inglaterra, enquanto os países ricos são, por exemplo, África do Sul e Moçambique. Maria é uma menina branca, pobre, que estuda num colégio particular graças à bolsa-de-estudo que tem pelo fatode sua mãe ser faxineira nesta escola. A maioria de seus colegas a hostilizam, por sua cor e por sua condição social, com exceção de sua amiga Luana, filha de um diplomata que, por ter morado em países pobres, possui uma visão mais abrangente da realidade.
Maria quer ser “Miss Festa Junina” da escola, mas isso requer um esforço enorme, que vai desde a superação do padrão de beleza imposto pela mídia, onde só o negro é valorizado, à resistência de seus pais, à aversão dos colegas e à dificuldade em vender os bilhetes para seus conhecidos, em sua maioria muito pobres. Maria tem em Luana uma forte aliada e as duas vão se envolver numa série de aventuras para alcançar seus objetivos. O centro da história não é o concurso, mas a disposição de Maria em enfrentar essa situação. Ao final ela descobre que, quanto mais confia em si mesma, mais capacidade terá de convencer outros de sua chance de vencer.
Indicações de uso:
O vídeo pode ser usado na discussão sobre discriminação no Brasil. É um instrumento atraente, com linguagem ágil e atores conhecidos do público alvo - adolescentes na faixa de 12 a 16 anos. Vem acompanhado de uma apostila de orientação ao professor para sua utilização em sala de aula, elaborada por educadores e psicólogos comprometidos com as questões de gênero e raça.
Ficha técnica:
Duração: 15 minutos
Direção: Joel Zito Araújo
Produção: Casa de Criação
Contato:
Tel.: (11) 6978-8333
E-mail: ceert@ceert.org.br
Página: www.ceert.org.br
O que é movimento negro
1998, 15 min.
Documentário sobre o movimento negro no Brasil. Apresenta didaticamente a luta dos negros pela igualdade, desde os tempos da escravidão até os dias de hoje. O filme começa apresentando, no período colonial, as formas de luta e resistência dos negros escravos, como o Banzo e os Quilombos. Fala de Zumbi e das revoltas dos Malês e dos Alfaiates.
Foi em 1902 que surgiram as primeiras entidades (recreativas) de negros no Brasil. No mesmo período começaram a ser publicados os primeiros jornais do movimento negro, como "O Progresso" e "A liberdade". O filme aborda as experiências da Frente Negra, da Legião Negra e do Teatro Experimental do Negro (TEM), com seu belo trabalho na área de arte-educação.
Durante a ditadura militar, os negros ficaram proibidos de se organizar e, assim, as manifestações culturais ganhavam mais importância. Já na década de 1970, após a morte do estudante Edson Luiz, o movimento negro voltou a se manifestar e, a partir da união de diversos grupos, foi criado o Movimento Negro Unificado (MNU), contra a discriminação racial. A luta pelo respeito às diferenças e pela igualdade, levou o Movimento a discutir como a escola reproduz o racismo, através dos currículos, dos livros didáticos e da formação dos professores. Levou também à organização da Associação de Mulheres Negras.
O vídeo mostra ainda o samba e o hip hop, entre as formas culturais que colaboram com a luta negra pela "desmistificação do mito da democracia racial" existente no Brasil.
Indicações de Uso:
"O que é movimento negro" é indicado para aula ou debates que tenham a história dos negros no Brasil como tema. O vídeo é bastante didático, com linguagem acessível e imagens dos jornais e manifestações políticas e culturais dos negros no Brasil.
Ficha Técnica:
Data: Maio de 1998
Duração: 15 minutos
Realização: Núcleo de Estudos Negros
Contatos:
Tel.: (48) 3322-0692 / 3224-0769
E-mail: nen@nen.org.br
Página: www.nen.org.br
Retrato em Branco e Preto
15 min.
Um homem negro e de classe média escreve uma carta a um amigo estrangeiro na tentativa de explicar-lhe a real situação dos afrodescendentes no Brasil. Este é o pano de fundo do documentário Retrato em Preto e Branco, filme que revela um Brasil preconceituoso e desigual. Estas pessoas, que representam mais da metade da população brasileira, vivem à margem das oportunidades de trabalho, educação, saúde e moradia, convivendo com o abandono das crianças e a violência policial. O filme mostra que no Brasil há uma sociedade etnocêntrica, desigual e racista. Retrato em Branco e Preto se apóia em pesquisas sócio-econômicas e revela que a reprodução do preconceito se dá a partir da escola e pela mídia, que insiste em ser espelho em um povo brasileiro que não existe, com suas Xuxas, Angélicas e outros rostinhos alvos.
Indicações de Uso
Retrato em Branco e Preto é um ótimo estimulador de debates sobre a questão racial, história e direitos humanos. Um filme de linguagem acessível que pode ser usado para alunos do ensino fundamental e médio, mas que também faz diferença em debates acadêmicos. Particularmente indicado para grupos que discutem questões de raça.
Ficha Técnica:
Realização: CEERT - Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades
Data: não consta
Direção: Joel Zito Araújo
Duração: 15 minutos
Contatos:
Tel.: (11) 6978-8333
E-mail: ceert@ceert.org.br
Página: www.ceert.org.br
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EDUCADOR(A) INFANTIL: NÃO TENHA MEDO DE FALAR SOBRE CULTURA AFRO-BRASILEIRA NA SALA DE AULA
EDUCADOR(A) INFANTIL: NÃO TENHA MEDO DE FALAR SOBRE CULTURA AFRO-BRASILEIRA NA SALA DE AULA
Autora: Ingrid Oliveira Santos Costa
Apresentadora: Ingrid Oliveira Santos Costa
A Educação Infantil tem sido tema de pesquisa dos profissionais da área envolvidos na busca de caminhos seguros no trabalho com crianças nessa fase de escolaridade. Nesse sentido, voltamos nossa atenção para o cotidiano da sala de aula, com a intenção de provocar uma reflexão crítica sobre a abordagem que se faz (ou não se faz) no ambiente escolar sobre a Cultura Africana e afro-brasileira, enriquecendo o desempenho do educador na sua tarefa. O ensino sobre Cultura Afro-Brasileira valoriza a participação do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil. O silêncio sobre a importante contribuição da cultura negra para a sociedade brasileira nas diversas instituições educacionais contribui para que as diferenças entre negros e brancos sejam entendidas como desigualdades naturais. Portanto, enquanto educadores, não podemos ter receio de falar sobre a cultura afro-brasileira na sala de aula, não podemos mais nos silenciar diante dessa questão. Este trabalho tem o propósito de incitar o professor a despertar seu interesse para as questões referentes a cultura e história da África e do negro no Brasil, favorecendo o pequeno educando a (re)construir sua história de vida valorizando o multiculturalismo independentemente de sua origem étnico-racial.
Palavras-chave: educação infantil; infância; cultura afro-brasileira; multiculturalismo;
Eixo Temático: Eixo 1 - Identidade e formação de professores da infância
Forma de apresentação: (1) Comunicação Oral
EDUCADOR(A) INFANTIL: NÃO TENHA MEDO DE FALAR SOBRE CULTURA AFRO-BRASILEIRA NA SALA DE AULA
Ingrid Oliveira Santos Costa
Ingrid Oliveira Santos Costa
INTRODUÇÃO
A Lei 10.639/2003 veio atender a uma das reivindicações do movimento negro relativamente à educação: colocar o afro-brasileiro como protagonista na construção da sociedade. De acordo com Fernandes (2005), a Lei abre espaço para que o negro seja incluído nas propostas curriculares como sujeito histórico. Nesta perspectiva, há que se ter profissionais da educação, especialmente professores, devidamente preparados, que sejam capacitados e habilitados a realizarem uma releitura do currículo à luz da História e da Cultura Afro-Brasileira, bem como elaborar propostas pedagógicas que tenham fundamentos filosóficos, antropológicos, sociológicos, históricos, religiosos, geográficos e culturais que abordem a questão do negro.
O quanto antes iniciarmos o trabalho pedagógico com as nossas crianças, mais cedo oportunizaremos a eles em sua formação como cidadãos a identidade positiva na valorização do negro em nosso país e em todos os lugares do mundo, fortalecendo o processo de construção da personalidade do afro-descentente e dos outros de outras etnias.
OBJETIVO
Favorecer a compreensão, o reconhecimento e a valorização do estudo da História e da Cultura Afro-Brasileiras e Africanas na formação de professores que atuam na Educação Infantil e demais áreas. Despertar os professores para a necessidade de uma visão mais ampla em prol da construção de uma sociedade mais fraterna, que perceba as diferenças sem preconceitos ou hierarquizações para que assim possibilitem a seus alunos (re)construir sua história de vida, independentemente de sua origem étnico-racial, resgatando valores culturais e valorizando o multiculturalismo.
METODOLOGIA
A História do Brasil que tem sido ensinada nas escolas foi elaborada exclusivamente a partir da visão européia, eurocêntrica, porque as outras matrizes de conhecimento e outras experiências históricas e culturais que compõem a formação do povo brasileiro não têm sido contempladas.
Os livros didáticos e outras produções bibliográficas ignoram a participação de africanos e afro-brasileiros na construção intelectual e material do país. Este descuido tem o propósito de levar a uma sub-representação de uma parte da população na história do Brasil, para reproduzir o processo de dominação e opressão a que essa parcela da sociedade tem sido submetida.
A educação escolar nos ensina que somos resultantes da convivência cultural de três povos (europeu, africano, indígena), porém apenas a visão européia é estudada desde a sua base histórica, anterior a 1500, e também dentro das representações históricas brasileiras posteriores a essa data. O Conselho Nacional de Educação, ao normatizar os artigos 26-A e 79-B da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 10.639/2003), vem reconhecer a existência do afro-brasileiro e seus ancestrais (os africanos), sua trajetória na vida brasileira e na condição de sujeitos que contribuíram para a construção da sociedade.
Para Hernandez (2005), é importante salientar que, muitos obstáculos são encontrados no ensino de História Africana e dos Afro-descendentes. Estes obstáculos estão relacionados ao imaginário do povo brasileiro que foi construído por uma visão desinformada e descontextualizada a respeito da África, presente na mídia nacional. Um dos problemas é a difusão dos estereótipos, das imagens dos negros visto pelo europeu como exóticos, das mensagens racistas e preconceituosas que impregnaram o imaginário social.
É importante resgatar, diz Costa (2005), os elementos que recuperem a memória histórica afro-brasileira para revisar o papel que os negros desempenharam e desempenham nos diferentes espaços e paisagens culturais, na formação étnico-social do povo brasileiro, sem com isso desvalorizar as demais culturas, todas significativas para o Brasil.
Com o intuito de levar o professor a refletir sobre sua prática pedagógica, este trabalho, deve contribuir para que ele possa dar mais atenção ao tema (Cultura Afro-brasileira na sala de aula), iniciando desde a Educação Infantil.
É preciso que o professor lembre da necessidade de inovar e buscar respostas sobre os motivos e os objetivos, com a finalidade de utilizar os meios adequados para tratar dessa temática com os pequeninos.
Segundo Ferreira (2002), a Educação Infantil deve ofertar condições para a criança desenvolver harmonicamente suas potencialidades; estimular seu desenvolvimento físico, afetivo, emocional e social; suprir deficiências causadas por carência ambiental; adquirir habilidades necessárias para a aprendizagem da leitura, da escrita, do cálculo; despertar a criatividade como elemento de auto-expressão; propiciar a interação com as pessoas; desenvolver o senso crítico, agindo e interagindo no seu meio; ser capaz de construir seu próprio conhecimento.
Antes que o professor inicie o trabalho com a criança da Educação Infantil, é imprescindível lembrar que os primeiros anos de vida de uma criança são muito importantes para o seu desenvolvimento físico, emocional, social e mental. Nesse período, ela tem oportunidade de desenvolver suas potencialidades, preparando-se e despertando para a vida. Devemos considerar que, quando a criança ingressa na escola, ela transpõe o limiar da família e passa a conviver com pessoas da sua idade, descobrindo à sua maneira, novos valores, novas experiências, que vêm enriquecer a sua própria e com as quais passa a compartilhar sua vivência. Para Ferreira, essa socialização dá-lhe confiança em si, adaptabilidade e rendimento intelectual.
Esses motivos são suficientes para nos garantir o trabalho com essa temática em sala de aula com o educando infantil, onde o professor torna-se importante para favorecer o processo de desenvolvimento da criança oportunizando uma nova visão de mundo a ser explorada, resgatando valores deixados para traz em gerações passadas.
Sendo urgente e inquestionável a necessidade de capacitação do professor, este trabalho proporciona o espaço para a reflexão e uma práxis pedagógica mais consciente do seu papel, conforme visa a Lei 10.639/2003.
A apresentação deste trabalho tem como intuito, trazer à superfície, questões que levem o professor a (re)pensar a História do Brasil da forma como tem sido trabalhada atualmente e assim remontar estratégias de ensino-aprendizagem a serem desenvolvidas em sala de aula de forma que promova o desenvolvimento da criança favorecendo a construção de uma identidade positiva com relação à contribuição da Cultura Afro-Brasileira na formação da sociedade.
1) A nossa proposta é colaborar com a formação do professor, oferecendo sugestões de leituras para sua atualização e qualificação, propiciando embasamento teórico para seu próprio conhecimento e informação. E a partir daí, através da apresentação expositiva, levar o professor a indagar:
● Como reconhecer e valorizar a identidade, a história e a cultura dos afro-brasileiros, bem como garantir o reconhecimento e a igualdade de valorização das raízes africanas na nação brasileira, ao lado das indígenas, européias e asiáticas?
2) Ainda, como proposta, sugerir adoção de estratégias pedagógicas que contemplem tanto trabalhos individualizados quanto em conjunto entre os educandos infantis para serem trabalhados em sala de aula com a orientação do professor. Além de trabalhar especificamente habilidades que atendam ao desenvolvimento escolar do aluno nessa fase educacional, inserir o tema cultura afro-brasileira na educação infantil, corrobora para alargar os horizontes, aumentar as oportunidades, melhorar o relacionamento entre as crianças e entre as pessoas.
O meio em que a criança vive é fundamental para seu desenvolvimento, por isso oferecer aos alunos um ambiente repleto de estímulos que desperte a curiosidade e o interesse, das mais variadas experiências, desenvolvendo a sociabilidade, respeito, cortesia e cooperação. Nesse ambiente eles assimilam os conceitos de direitos e deveres, de autoridade, obediência e atitudes morais, formação de hábitos, ambiente propício para tratar sobre a história e cultura afro-brasileira.
RESULTADOS
O nosso compromisso com a atuação do professor em sala de aula tem sido um estudo de anos pela autora, com atividades desenvolvidas diretamente com alunos em sala de aula (dos diversos níveis) e com multiplicadores (professores de diversas áreas e alunos).
Os resultados previstos e obtidos com este trabalho (divulgação e promoção da cultura afro-brasileira através de palestras) são a reflexão e a mudança de atitude das pessoas que participam. Através de acompanhamento já feito em outros trabalhos anteriores, constatamos que os envolvidos mudam a postura diante da problemática do negro, refletindo sobre vários aspectos do tema, o que não tinham o hábito de fazer anteriormente. Este já é um grande passo na educação, pois somente o fato de encaminhar o professor (que levará também o aluno) a (re)pensar a situação do afro-brasileiro no Brasil; torná-lo mais sensível e interessado pelo tema; e perceber mudanças de comportamento; torna-o imprescindível.
O resultado que esperamos é que o educador ao participar do evento, fique intrigado, incomodado com a forma pedagógica com que temos trabalhado a cultura, de um modo geral, na sala de aula e, assim, sinta-se desafiado a buscar maneiras para pensar, decidir, agir, assumindo responsabilidades por relações étnico-raciais positivas, enfrentando e superando discordâncias, conflitos, contestações, valorizando os contrastes das diferenças e também a convivência harmoniosa das diferentes identidades culturais. Destacamos aqui, a matriz étnica africana e negra por sua especificidade histórica, social e política.
CONCLUSÕES
Desvelar, no ambiente escolar, a contribuição dos negros à cultura nacional é uma ação afirmativa de combate ao racismo, à discriminação e ao preconceito racial ainda existentes em muitas de nossas escolas desde as classes de Educação Infantil.
Na medida em que conhecemos e prestigiamos o patrimônio cultural de origem afro-brasileira, mais condições temos de proceder à releitura da história oficial, reconsiderando o papel efetivo do negro na construção da nossa sociedade, na condição de protagonista.
O estudo da cultura afro-brasileira na escola, e mais especificamente em nossa abordagem, na educação infantil, pode oferecer conhecimentos e segurança para negros orgulharem-se de sua origem africana; para os brancos, permitir que identifiquem as influências, as contribuições, a participação e a importância da história e da cultura do negro no seu jeito de ser, viver, de se relacionarem com as outras pessoas. (Parecer CNE/CP3/2004).
As distorções históricas que alimentam práticas inferiorizantes das culturas afro-descendentes estão manifestadas no meio social e no ambiente escolar. No cerne dessas distorções, existe uma série de mitos e inverdades sobre os afro-descendentes, que foram construídos no decorrer da história brasileira. Para Lopes (2003), esses mitos e inverdades afetam a construção de uma sociedade verdadeiramente democrática e, de modo particular, penalizam a população negra. As imagens negativas sobre africanos e afro-descendentes veiculadas na sociedade atingem os seus referenciais identitários e as possibilidades de construção e exercício da cidadania.
O caminho para a pluralidade étnica-racial na prática educativa, que contemple todas as etnias que compõem a sociedade brasileira, passa obrigatoriamente pela ressignificação das concepções sobre a África e o afro-descendente, diz Silva (2001). Para isso, é necessário viabilizar materiais pedagógicos que possibilitem a eliminação dos inúmeros preconceitos que ainda existem na sociedade em relação aos descendentes de africanos no Brasil (livros didáticos que contemplem o multiculturalismo; filmes e vídeos que abordem o assunto; atividades pedagógicas, culturais e artísticas que envolvam o tema).
O professor da educação infantil (e de outras áreas), ciente desse processo educativo encontrará embasamento nos princípios da consciência política e histórica da diversidade, do fortalecimento de identidades e de direitos, das ações educativas de combate ao racismo e a discriminações, utilizando metodologia e estratégias de ensino que favoreçam a nova geração, oportunizando, já na educação infantil o rompimento com imagens negativas, forjadas por diferentes meios de comunicação, contra negros e povos indígenas, promovendo a elevação da auto-estima dessas comunidades. (Munanga, 2005).
Este trabalho convida o educador infantil a avaliar a sua atuação como professor em sala de aula e a reformular a sua prática pedagógica, possibilitando a formação de um novo perfil de professor (e de aluno), que se aproprie dos saberes sobre a história e a cultura afro-brasileiras para serem socializadas, a fim de romper com a pedagogia clássica que prioriza o modelo eurocêntrico e garanta às gerações futuras a construção de uma cidadania de igualdade étnico-racial, por meio de uma pedagogia multirracial e interétnica, onde os pequenos encontrem referências em outros de mesma origem étnico-racial, considerando que o negro que não se vê em outro tem dificuldade em reconhecer-se e identificar-se como tal; e que o de outra etnia reconheça e valorize o afro-brasileiro como contribuinte de grande importância e influência na formação da sociedade brasileira.
E assim, pelo conhecimento da história e da cultura afro-brasileiras, desenvolvamos nossas possibilidades de criar e reformular valores que nos conduzam a uma nova visão de mundo, onde há lugar para todas as crianças, todos os jovens, todos os homens e mulheres.
BIBLIOGRAFIA
COSTA, Ingrid Oliveira Santos. Torotama: educação ambiental, cidadania e cultura afro-brasileira. Dissertação de Mestrado em Educação Ambiental. Rio Grande/RS: FURG, 2005.
FERNANDES, José R. O. Ensino de história e diversidade cultural: desafios e possibilidade. Caderno Cedes, Campinas, v. 25, n.67, p. 378-388, set/dez/2005.
FERREIRA, Idalina Ladeira. Atividades na pré-escola. São Paulo: Saraiva, 2002.
HERNANDEZ, Leila. África na sala de aula: visita à história contemporânea. São Paulo: Selo Negro, 2005.
BRASIL. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Diário Oficial da União. Brasília, 10 de janeiro de 2003.
LOPES, Véra Neusa. Inclusão étnico-racial: cumprindo a Lei, práticas pedagógicas contemplam afro-brasileiros. Revista do professor. Porto Alegre/RS, v. 19, n. 75, p. 25-30, jul/set 2003.
Autora: Ingrid Oliveira Santos Costa
Apresentadora: Ingrid Oliveira Santos Costa
A Educação Infantil tem sido tema de pesquisa dos profissionais da área envolvidos na busca de caminhos seguros no trabalho com crianças nessa fase de escolaridade. Nesse sentido, voltamos nossa atenção para o cotidiano da sala de aula, com a intenção de provocar uma reflexão crítica sobre a abordagem que se faz (ou não se faz) no ambiente escolar sobre a Cultura Africana e afro-brasileira, enriquecendo o desempenho do educador na sua tarefa. O ensino sobre Cultura Afro-Brasileira valoriza a participação do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil. O silêncio sobre a importante contribuição da cultura negra para a sociedade brasileira nas diversas instituições educacionais contribui para que as diferenças entre negros e brancos sejam entendidas como desigualdades naturais. Portanto, enquanto educadores, não podemos ter receio de falar sobre a cultura afro-brasileira na sala de aula, não podemos mais nos silenciar diante dessa questão. Este trabalho tem o propósito de incitar o professor a despertar seu interesse para as questões referentes a cultura e história da África e do negro no Brasil, favorecendo o pequeno educando a (re)construir sua história de vida valorizando o multiculturalismo independentemente de sua origem étnico-racial.
Palavras-chave: educação infantil; infância; cultura afro-brasileira; multiculturalismo;
Eixo Temático: Eixo 1 - Identidade e formação de professores da infância
Forma de apresentação: (1) Comunicação Oral
EDUCADOR(A) INFANTIL: NÃO TENHA MEDO DE FALAR SOBRE CULTURA AFRO-BRASILEIRA NA SALA DE AULA
Ingrid Oliveira Santos Costa
Ingrid Oliveira Santos Costa
INTRODUÇÃO
A Lei 10.639/2003 veio atender a uma das reivindicações do movimento negro relativamente à educação: colocar o afro-brasileiro como protagonista na construção da sociedade. De acordo com Fernandes (2005), a Lei abre espaço para que o negro seja incluído nas propostas curriculares como sujeito histórico. Nesta perspectiva, há que se ter profissionais da educação, especialmente professores, devidamente preparados, que sejam capacitados e habilitados a realizarem uma releitura do currículo à luz da História e da Cultura Afro-Brasileira, bem como elaborar propostas pedagógicas que tenham fundamentos filosóficos, antropológicos, sociológicos, históricos, religiosos, geográficos e culturais que abordem a questão do negro.
O quanto antes iniciarmos o trabalho pedagógico com as nossas crianças, mais cedo oportunizaremos a eles em sua formação como cidadãos a identidade positiva na valorização do negro em nosso país e em todos os lugares do mundo, fortalecendo o processo de construção da personalidade do afro-descentente e dos outros de outras etnias.
OBJETIVO
Favorecer a compreensão, o reconhecimento e a valorização do estudo da História e da Cultura Afro-Brasileiras e Africanas na formação de professores que atuam na Educação Infantil e demais áreas. Despertar os professores para a necessidade de uma visão mais ampla em prol da construção de uma sociedade mais fraterna, que perceba as diferenças sem preconceitos ou hierarquizações para que assim possibilitem a seus alunos (re)construir sua história de vida, independentemente de sua origem étnico-racial, resgatando valores culturais e valorizando o multiculturalismo.
METODOLOGIA
A História do Brasil que tem sido ensinada nas escolas foi elaborada exclusivamente a partir da visão européia, eurocêntrica, porque as outras matrizes de conhecimento e outras experiências históricas e culturais que compõem a formação do povo brasileiro não têm sido contempladas.
Os livros didáticos e outras produções bibliográficas ignoram a participação de africanos e afro-brasileiros na construção intelectual e material do país. Este descuido tem o propósito de levar a uma sub-representação de uma parte da população na história do Brasil, para reproduzir o processo de dominação e opressão a que essa parcela da sociedade tem sido submetida.
A educação escolar nos ensina que somos resultantes da convivência cultural de três povos (europeu, africano, indígena), porém apenas a visão européia é estudada desde a sua base histórica, anterior a 1500, e também dentro das representações históricas brasileiras posteriores a essa data. O Conselho Nacional de Educação, ao normatizar os artigos 26-A e 79-B da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 10.639/2003), vem reconhecer a existência do afro-brasileiro e seus ancestrais (os africanos), sua trajetória na vida brasileira e na condição de sujeitos que contribuíram para a construção da sociedade.
Para Hernandez (2005), é importante salientar que, muitos obstáculos são encontrados no ensino de História Africana e dos Afro-descendentes. Estes obstáculos estão relacionados ao imaginário do povo brasileiro que foi construído por uma visão desinformada e descontextualizada a respeito da África, presente na mídia nacional. Um dos problemas é a difusão dos estereótipos, das imagens dos negros visto pelo europeu como exóticos, das mensagens racistas e preconceituosas que impregnaram o imaginário social.
É importante resgatar, diz Costa (2005), os elementos que recuperem a memória histórica afro-brasileira para revisar o papel que os negros desempenharam e desempenham nos diferentes espaços e paisagens culturais, na formação étnico-social do povo brasileiro, sem com isso desvalorizar as demais culturas, todas significativas para o Brasil.
Com o intuito de levar o professor a refletir sobre sua prática pedagógica, este trabalho, deve contribuir para que ele possa dar mais atenção ao tema (Cultura Afro-brasileira na sala de aula), iniciando desde a Educação Infantil.
É preciso que o professor lembre da necessidade de inovar e buscar respostas sobre os motivos e os objetivos, com a finalidade de utilizar os meios adequados para tratar dessa temática com os pequeninos.
Segundo Ferreira (2002), a Educação Infantil deve ofertar condições para a criança desenvolver harmonicamente suas potencialidades; estimular seu desenvolvimento físico, afetivo, emocional e social; suprir deficiências causadas por carência ambiental; adquirir habilidades necessárias para a aprendizagem da leitura, da escrita, do cálculo; despertar a criatividade como elemento de auto-expressão; propiciar a interação com as pessoas; desenvolver o senso crítico, agindo e interagindo no seu meio; ser capaz de construir seu próprio conhecimento.
Antes que o professor inicie o trabalho com a criança da Educação Infantil, é imprescindível lembrar que os primeiros anos de vida de uma criança são muito importantes para o seu desenvolvimento físico, emocional, social e mental. Nesse período, ela tem oportunidade de desenvolver suas potencialidades, preparando-se e despertando para a vida. Devemos considerar que, quando a criança ingressa na escola, ela transpõe o limiar da família e passa a conviver com pessoas da sua idade, descobrindo à sua maneira, novos valores, novas experiências, que vêm enriquecer a sua própria e com as quais passa a compartilhar sua vivência. Para Ferreira, essa socialização dá-lhe confiança em si, adaptabilidade e rendimento intelectual.
Esses motivos são suficientes para nos garantir o trabalho com essa temática em sala de aula com o educando infantil, onde o professor torna-se importante para favorecer o processo de desenvolvimento da criança oportunizando uma nova visão de mundo a ser explorada, resgatando valores deixados para traz em gerações passadas.
Sendo urgente e inquestionável a necessidade de capacitação do professor, este trabalho proporciona o espaço para a reflexão e uma práxis pedagógica mais consciente do seu papel, conforme visa a Lei 10.639/2003.
A apresentação deste trabalho tem como intuito, trazer à superfície, questões que levem o professor a (re)pensar a História do Brasil da forma como tem sido trabalhada atualmente e assim remontar estratégias de ensino-aprendizagem a serem desenvolvidas em sala de aula de forma que promova o desenvolvimento da criança favorecendo a construção de uma identidade positiva com relação à contribuição da Cultura Afro-Brasileira na formação da sociedade.
1) A nossa proposta é colaborar com a formação do professor, oferecendo sugestões de leituras para sua atualização e qualificação, propiciando embasamento teórico para seu próprio conhecimento e informação. E a partir daí, através da apresentação expositiva, levar o professor a indagar:
● Como reconhecer e valorizar a identidade, a história e a cultura dos afro-brasileiros, bem como garantir o reconhecimento e a igualdade de valorização das raízes africanas na nação brasileira, ao lado das indígenas, européias e asiáticas?
2) Ainda, como proposta, sugerir adoção de estratégias pedagógicas que contemplem tanto trabalhos individualizados quanto em conjunto entre os educandos infantis para serem trabalhados em sala de aula com a orientação do professor. Além de trabalhar especificamente habilidades que atendam ao desenvolvimento escolar do aluno nessa fase educacional, inserir o tema cultura afro-brasileira na educação infantil, corrobora para alargar os horizontes, aumentar as oportunidades, melhorar o relacionamento entre as crianças e entre as pessoas.
O meio em que a criança vive é fundamental para seu desenvolvimento, por isso oferecer aos alunos um ambiente repleto de estímulos que desperte a curiosidade e o interesse, das mais variadas experiências, desenvolvendo a sociabilidade, respeito, cortesia e cooperação. Nesse ambiente eles assimilam os conceitos de direitos e deveres, de autoridade, obediência e atitudes morais, formação de hábitos, ambiente propício para tratar sobre a história e cultura afro-brasileira.
RESULTADOS
O nosso compromisso com a atuação do professor em sala de aula tem sido um estudo de anos pela autora, com atividades desenvolvidas diretamente com alunos em sala de aula (dos diversos níveis) e com multiplicadores (professores de diversas áreas e alunos).
Os resultados previstos e obtidos com este trabalho (divulgação e promoção da cultura afro-brasileira através de palestras) são a reflexão e a mudança de atitude das pessoas que participam. Através de acompanhamento já feito em outros trabalhos anteriores, constatamos que os envolvidos mudam a postura diante da problemática do negro, refletindo sobre vários aspectos do tema, o que não tinham o hábito de fazer anteriormente. Este já é um grande passo na educação, pois somente o fato de encaminhar o professor (que levará também o aluno) a (re)pensar a situação do afro-brasileiro no Brasil; torná-lo mais sensível e interessado pelo tema; e perceber mudanças de comportamento; torna-o imprescindível.
O resultado que esperamos é que o educador ao participar do evento, fique intrigado, incomodado com a forma pedagógica com que temos trabalhado a cultura, de um modo geral, na sala de aula e, assim, sinta-se desafiado a buscar maneiras para pensar, decidir, agir, assumindo responsabilidades por relações étnico-raciais positivas, enfrentando e superando discordâncias, conflitos, contestações, valorizando os contrastes das diferenças e também a convivência harmoniosa das diferentes identidades culturais. Destacamos aqui, a matriz étnica africana e negra por sua especificidade histórica, social e política.
CONCLUSÕES
Desvelar, no ambiente escolar, a contribuição dos negros à cultura nacional é uma ação afirmativa de combate ao racismo, à discriminação e ao preconceito racial ainda existentes em muitas de nossas escolas desde as classes de Educação Infantil.
Na medida em que conhecemos e prestigiamos o patrimônio cultural de origem afro-brasileira, mais condições temos de proceder à releitura da história oficial, reconsiderando o papel efetivo do negro na construção da nossa sociedade, na condição de protagonista.
O estudo da cultura afro-brasileira na escola, e mais especificamente em nossa abordagem, na educação infantil, pode oferecer conhecimentos e segurança para negros orgulharem-se de sua origem africana; para os brancos, permitir que identifiquem as influências, as contribuições, a participação e a importância da história e da cultura do negro no seu jeito de ser, viver, de se relacionarem com as outras pessoas. (Parecer CNE/CP3/2004).
As distorções históricas que alimentam práticas inferiorizantes das culturas afro-descendentes estão manifestadas no meio social e no ambiente escolar. No cerne dessas distorções, existe uma série de mitos e inverdades sobre os afro-descendentes, que foram construídos no decorrer da história brasileira. Para Lopes (2003), esses mitos e inverdades afetam a construção de uma sociedade verdadeiramente democrática e, de modo particular, penalizam a população negra. As imagens negativas sobre africanos e afro-descendentes veiculadas na sociedade atingem os seus referenciais identitários e as possibilidades de construção e exercício da cidadania.
O caminho para a pluralidade étnica-racial na prática educativa, que contemple todas as etnias que compõem a sociedade brasileira, passa obrigatoriamente pela ressignificação das concepções sobre a África e o afro-descendente, diz Silva (2001). Para isso, é necessário viabilizar materiais pedagógicos que possibilitem a eliminação dos inúmeros preconceitos que ainda existem na sociedade em relação aos descendentes de africanos no Brasil (livros didáticos que contemplem o multiculturalismo; filmes e vídeos que abordem o assunto; atividades pedagógicas, culturais e artísticas que envolvam o tema).
O professor da educação infantil (e de outras áreas), ciente desse processo educativo encontrará embasamento nos princípios da consciência política e histórica da diversidade, do fortalecimento de identidades e de direitos, das ações educativas de combate ao racismo e a discriminações, utilizando metodologia e estratégias de ensino que favoreçam a nova geração, oportunizando, já na educação infantil o rompimento com imagens negativas, forjadas por diferentes meios de comunicação, contra negros e povos indígenas, promovendo a elevação da auto-estima dessas comunidades. (Munanga, 2005).
Este trabalho convida o educador infantil a avaliar a sua atuação como professor em sala de aula e a reformular a sua prática pedagógica, possibilitando a formação de um novo perfil de professor (e de aluno), que se aproprie dos saberes sobre a história e a cultura afro-brasileiras para serem socializadas, a fim de romper com a pedagogia clássica que prioriza o modelo eurocêntrico e garanta às gerações futuras a construção de uma cidadania de igualdade étnico-racial, por meio de uma pedagogia multirracial e interétnica, onde os pequenos encontrem referências em outros de mesma origem étnico-racial, considerando que o negro que não se vê em outro tem dificuldade em reconhecer-se e identificar-se como tal; e que o de outra etnia reconheça e valorize o afro-brasileiro como contribuinte de grande importância e influência na formação da sociedade brasileira.
E assim, pelo conhecimento da história e da cultura afro-brasileiras, desenvolvamos nossas possibilidades de criar e reformular valores que nos conduzam a uma nova visão de mundo, onde há lugar para todas as crianças, todos os jovens, todos os homens e mulheres.
BIBLIOGRAFIA
COSTA, Ingrid Oliveira Santos. Torotama: educação ambiental, cidadania e cultura afro-brasileira. Dissertação de Mestrado em Educação Ambiental. Rio Grande/RS: FURG, 2005.
FERNANDES, José R. O. Ensino de história e diversidade cultural: desafios e possibilidade. Caderno Cedes, Campinas, v. 25, n.67, p. 378-388, set/dez/2005.
FERREIRA, Idalina Ladeira. Atividades na pré-escola. São Paulo: Saraiva, 2002.
HERNANDEZ, Leila. África na sala de aula: visita à história contemporânea. São Paulo: Selo Negro, 2005.
BRASIL. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Diário Oficial da União. Brasília, 10 de janeiro de 2003.
LOPES, Véra Neusa. Inclusão étnico-racial: cumprindo a Lei, práticas pedagógicas contemplam afro-brasileiros. Revista do professor. Porto Alegre/RS, v. 19, n. 75, p. 25-30, jul/set 2003.
Sinopse do filme ROBÔS
Robôs
titulo original: (Robots)
lançamento: 2005 (EUA)
direção: Chris Wedge
atores: Ewan McGregor , Reynaldo Gianecchini (Rodney Lataria - versão brasileira) Halle Berry , Marina Person (Cappy - versão brasileira) Greg Kinnear , Guilherme Briggs (Dom Aço - versão brasileira) Mel Brooks , José Santa Cruz (Grande Soldador - versão brasileira) Drew Carey
duração: 90 min
gênero: Animação
COMENTÁRIO:
Há anos venho trabalhando com esse filme na sala de aula nas séries iniciais. As crianças adoram! O filme dá margem para se discutir diversos temas sobre Educação Ambiental: relações interpessoais, destino do lixo, reciclagem, planeta terra, doenças/saúde, preconceito, entre outros. No meu orkut,(entre com: professora Ingrid ou professora.ingrid@hotmail.com) há diversas fotos dos brinquedos com material reciclável confeccionados pelos alunos de 3ª e 4ª séries. As outras crianças que visitam a exposição ficam fascinadas. Acaba envolvendo toda a escola e pode-se fazer uma oficina com todas as turmas, envolvendo todos os professores, alunos e turmas. É muito legal!
Sinopse:
Rodney Lataria (Reynaldo Gianecchini) é um robô que tem um dom para inventar máquinas, que trabalha com seu pai lavando pratos. Sonhando em conhecer seu ídolo, o Grande Soldador (José Santa Cruz), Rodney decide partir em uma viagem rumo a Robópolis. Porém, ao chegar na cidade, ele percebe que sua busca será mais difícil do que imaginava. Logo Rodney se torna amigo dos Enferrujados, um grupo de robôs de rua que sabe se virar e que acaba por abrigá-lo. Tentando encontrar o Grande Soldador e mantendo seu ideal em fazer um mundo melhor, ele enfrenta situações que podem pôr em risco a própria existência de Robópolis
.
titulo original: (Robots)
lançamento: 2005 (EUA)
direção: Chris Wedge
atores: Ewan McGregor , Reynaldo Gianecchini (Rodney Lataria - versão brasileira) Halle Berry , Marina Person (Cappy - versão brasileira) Greg Kinnear , Guilherme Briggs (Dom Aço - versão brasileira) Mel Brooks , José Santa Cruz (Grande Soldador - versão brasileira) Drew Carey
duração: 90 min
gênero: Animação
COMENTÁRIO:
Há anos venho trabalhando com esse filme na sala de aula nas séries iniciais. As crianças adoram! O filme dá margem para se discutir diversos temas sobre Educação Ambiental: relações interpessoais, destino do lixo, reciclagem, planeta terra, doenças/saúde, preconceito, entre outros. No meu orkut,(entre com: professora Ingrid ou professora.ingrid@hotmail.com) há diversas fotos dos brinquedos com material reciclável confeccionados pelos alunos de 3ª e 4ª séries. As outras crianças que visitam a exposição ficam fascinadas. Acaba envolvendo toda a escola e pode-se fazer uma oficina com todas as turmas, envolvendo todos os professores, alunos e turmas. É muito legal!
Sinopse:
Rodney Lataria (Reynaldo Gianecchini) é um robô que tem um dom para inventar máquinas, que trabalha com seu pai lavando pratos. Sonhando em conhecer seu ídolo, o Grande Soldador (José Santa Cruz), Rodney decide partir em uma viagem rumo a Robópolis. Porém, ao chegar na cidade, ele percebe que sua busca será mais difícil do que imaginava. Logo Rodney se torna amigo dos Enferrujados, um grupo de robôs de rua que sabe se virar e que acaba por abrigá-lo. Tentando encontrar o Grande Soldador e mantendo seu ideal em fazer um mundo melhor, ele enfrenta situações que podem pôr em risco a própria existência de Robópolis
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Sinopse do Filme BEE MOVIE - A HISTORIA DE UMA ABELHA
Bee Movie - A História de uma Abelha
titulo original: (Bee Movie)
lançamento: 2007 (EUA)
direção: Steve Hickner , Simon J. Smith
atores: Jerry Seinfeld , Renée Zellweger , Matthew Broderick , Patrick Warburton , John Goodman
duração: 90 min
gênero: Animação
SUGESTÃO DE ATIVIDADE:
Obs.: Filme excelente para trabalhar valores com as crianças. Meua alunos da 4ª série (aproximadamente 10 anos) gostaram muito do filme. Fizemos dramatização sobre o filme e exposição de desenhos sobre o filme. Visite Meu Orkut (Professora Ingrid - professora.ingrid@hotmail.com) e veja as fotos dos desenhos.
Sinopse:Barry B. Benson (Jerry Seinfeld) formou-se recentemente e sonha com um emprego na Honex, onde poderá produzir mel. Desta forma ele se aventura fora da colméia, onde descobre um mundo até então inteiramente desconhecido. É quando conhece Vanessa Bloome (Renée Zellweger), uma alegre florista de Manhattan com quem quebra as regras das abelhas e passa a conversar regularmente. Logo eles se tornam amigos, o que faz com que Barry conheça melhor os humanos. Porém Barry descobre que qualquer pessoa pode comprar mel nos supermercados, o que o deixa profundamente irritado por considerar que estão roubando a produção das abelhas. É quando ele decide processar os humanos, na intenção de corrigir esta injustiça.
titulo original: (Bee Movie)
lançamento: 2007 (EUA)
direção: Steve Hickner , Simon J. Smith
atores: Jerry Seinfeld , Renée Zellweger , Matthew Broderick , Patrick Warburton , John Goodman
duração: 90 min
gênero: Animação
SUGESTÃO DE ATIVIDADE:
Obs.: Filme excelente para trabalhar valores com as crianças. Meua alunos da 4ª série (aproximadamente 10 anos) gostaram muito do filme. Fizemos dramatização sobre o filme e exposição de desenhos sobre o filme. Visite Meu Orkut (Professora Ingrid - professora.ingrid@hotmail.com) e veja as fotos dos desenhos.
Sinopse:Barry B. Benson (Jerry Seinfeld) formou-se recentemente e sonha com um emprego na Honex, onde poderá produzir mel. Desta forma ele se aventura fora da colméia, onde descobre um mundo até então inteiramente desconhecido. É quando conhece Vanessa Bloome (Renée Zellweger), uma alegre florista de Manhattan com quem quebra as regras das abelhas e passa a conversar regularmente. Logo eles se tornam amigos, o que faz com que Barry conheça melhor os humanos. Porém Barry descobre que qualquer pessoa pode comprar mel nos supermercados, o que o deixa profundamente irritado por considerar que estão roubando a produção das abelhas. É quando ele decide processar os humanos, na intenção de corrigir esta injustiça.
Sinopse do filme BABE, O PORQUINHO ATRAPALHADO.
Babe, o Porquinho Atrapalhado
titulo original: (Babe)
lançamento: 1995 (EUA)
direção: Chris Noonan
atores: James Cromwell , Magda Szubanski , Zoe Burton , Christine Cavanaugh , Miriam Margolyes
duração: 94 min
gênero: Comédia
ficha técnica:título original:Babe
gênero:Comédia
duração:01 hs 34 min
ano de lançamento:1995
site oficial:estúdio:Universal Pictures / Kennedy Miller Productions
distribuidora:UIP
direção: Chris Noonan
roteiro:George Miller e Chris Noonan, baseado em livro de Dick King-Smith
produção:Bill Miller, George Miller e Doug Mitchell
música:Nigel Westlake
fotografia:Andrew Lesnie
direção de arte:Colin Gibson
figurino:Roger Ford
edição:Marcus D'Arcy e Jay Friedkin
efeitos especiais:Animal Logic / Rhytmm & Hues
Obs.: Ótimo para trabalhar valores/questões sobre diferenças, discriminação, inclusão com crianças na sala de aula.
sinopse:A fazenda do Sr. Hoggett (James Cromwell) um lugar quase perfeito, onde cada coisa ocupa o lugar certo. Até que nasce Babe, um leitãozinho que pensa que um cachorro. E convence até o dono da fazenda, que o inscreve no Campeonato Nacional de Cães Pastores, com consequências imprevisíveis.
titulo original: (Babe)
lançamento: 1995 (EUA)
direção: Chris Noonan
atores: James Cromwell , Magda Szubanski , Zoe Burton , Christine Cavanaugh , Miriam Margolyes
duração: 94 min
gênero: Comédia
ficha técnica:título original:Babe
gênero:Comédia
duração:01 hs 34 min
ano de lançamento:1995
site oficial:estúdio:Universal Pictures / Kennedy Miller Productions
distribuidora:UIP
direção: Chris Noonan
roteiro:George Miller e Chris Noonan, baseado em livro de Dick King-Smith
produção:Bill Miller, George Miller e Doug Mitchell
música:Nigel Westlake
fotografia:Andrew Lesnie
direção de arte:Colin Gibson
figurino:Roger Ford
edição:Marcus D'Arcy e Jay Friedkin
efeitos especiais:Animal Logic / Rhytmm & Hues
Obs.: Ótimo para trabalhar valores/questões sobre diferenças, discriminação, inclusão com crianças na sala de aula.
sinopse:A fazenda do Sr. Hoggett (James Cromwell) um lugar quase perfeito, onde cada coisa ocupa o lugar certo. Até que nasce Babe, um leitãozinho que pensa que um cachorro. E convence até o dono da fazenda, que o inscreve no Campeonato Nacional de Cães Pastores, com consequências imprevisíveis.
Sinopse do filme PROVA DE FOGO.
Prova de Fogo
(Akeelah and the Bee, 2006)
» Direção: Doug Atchison
» Roteiro: Doug Atchison
» Gênero: Drama
» Origem: Estados Unidos
» Duração: 112 minutos
» Tipo: Longa-metragem
» Sinopse: Professor muda a vida de uma menina de 11 anos quando começa a treiná-la para o desconhecido caminho dos concursos de soletração. Com sua ajuda Akeelah vai descobrindo possibilidades, desenvolvendo capacidades e influenciando os que estão à sua volta com sua coragem e determinação.
» Elenco ::.
- Keke Palmer Akeelah
- Laurence Fishburne Dr. Larabee
- Angela Bassett Tanya
- Curtis Armstrong Sr. Welch
- J.R. Villarreal Javier
- Sean Michael Dylan
- Sahara Garey Georgia
- Lee Thompson Young Devon
(Akeelah and the Bee, 2006)
» Direção: Doug Atchison
» Roteiro: Doug Atchison
» Gênero: Drama
» Origem: Estados Unidos
» Duração: 112 minutos
» Tipo: Longa-metragem
» Sinopse: Professor muda a vida de uma menina de 11 anos quando começa a treiná-la para o desconhecido caminho dos concursos de soletração. Com sua ajuda Akeelah vai descobrindo possibilidades, desenvolvendo capacidades e influenciando os que estão à sua volta com sua coragem e determinação.
» Elenco ::.
- Keke Palmer Akeelah
- Laurence Fishburne Dr. Larabee
- Angela Bassett Tanya
- Curtis Armstrong Sr. Welch
- J.R. Villarreal Javier
- Sean Michael Dylan
- Sahara Garey Georgia
- Lee Thompson Young Devon
Prefácio do filme EM BUSCA DA FELICIDADE.
Em "Em Busca da Felicidade", Chris Gardner (Will Smith) é um pai de família que nunca tem o dinheiro que necessita para viver. Apesar das suas tentativas de sustentar a família, a mãe (Thandie Newton) do seu filho Christopher (Jaden Smith) de cinco anos não consegue suportar a pressão constante da falta de dinheiro e acaba por os deixar. Chris, agora na situação de pai solteiro, continua a procurar um emprego onde ganhe mais, socorrendo-se de todas as técnicas de vendas que conhece. Acaba a estagiar numa conceituada empresa de corretagem e, embora sem ordenado, aceita o lugar, na esperança de que no fim do estágio consiga um emprego e um futuro promissor. No entanto, a falta de dinheiro leva a que ele e o filho sejam despejados do apartamento e obrigados a dormir em abrigos, estações de autocarros, casas de banho ou qualquer local que sirva de refúgio para passar a noite. Apesar de todas as dificuldades, Chris continua a honrar os seus compromissos de pai extremoso, utilizando o afecto e a confiança que o filho depositou nele como ímpeto para ultrapassar todos os obstáculos que lhe surgem.
O papel da Supervisão Escolar.
Dentro da escola, a função de Supervisora Pedagógica nem sempre é bem delimitada. Muitos acham que o profissional que exerce o cargo é um auxiliar do diretor para as questões burocráticas. Outros acreditam que cabe a ele resolver os problemas disciplinares dos alunos. E o pedagógico que está na denominação do cargo quase sempre é esquecido. Porém é essa palavra que define a tarefa do Supervisor: fazer com que os professores se aprimorem na prática de sala de aula para que os alunos aprendam sempre. Para isso, ele só tem um caminho: realizar a formação continuada dos docentes da escola.
Formar e informar os professores é a principal função do Supervisor Escolar.
A confusão sobre as tarefas do coordenador – em muitas redes também chamado de orientador ou supervisor pedagógico ou escolar – está relacionada a concepções diferentes sobre a maneira como ele se torna um bom profissional. Há quem acredite que ensinar é uma vocação e, por isso, o “dom” nasceria com a pessoa. Outros afirmam que ele aprende por tentativa e erro, acumulando experiências de sala de aula. E ainda existem os que defendem que o domínio do “como ensinar” vem da mera reprodução de roteiros prontos de aulas e de atividades. A necessidade de haver formação continuada só surge quando o professor é visto como um profissional que deve sempre aperfeiçoar sua prática ao fazer um trabalho de reflexão sobre ela e tem contato com o conhecimento didático. Para bem cumprir a função, ele deve estar sempre atualizado (o que significa estudar muito) com as didáticas específicas – compostas dos saberes sobre os conteúdos, da forma de ensinar cada um deles e da maneira como as pessoas aprendem.
Formar e informar os professores é a principal função do Supervisor Escolar.
A confusão sobre as tarefas do coordenador – em muitas redes também chamado de orientador ou supervisor pedagógico ou escolar – está relacionada a concepções diferentes sobre a maneira como ele se torna um bom profissional. Há quem acredite que ensinar é uma vocação e, por isso, o “dom” nasceria com a pessoa. Outros afirmam que ele aprende por tentativa e erro, acumulando experiências de sala de aula. E ainda existem os que defendem que o domínio do “como ensinar” vem da mera reprodução de roteiros prontos de aulas e de atividades. A necessidade de haver formação continuada só surge quando o professor é visto como um profissional que deve sempre aperfeiçoar sua prática ao fazer um trabalho de reflexão sobre ela e tem contato com o conhecimento didático. Para bem cumprir a função, ele deve estar sempre atualizado (o que significa estudar muito) com as didáticas específicas – compostas dos saberes sobre os conteúdos, da forma de ensinar cada um deles e da maneira como as pessoas aprendem.
Letras de Músicas (Cultura Afro) que podem ser trabalhadas em sala de aula
Sorriso Negro - Elymar Santos
Um sorriso negro
Um abraço negro
Traz felicidade
Negro sem emprego
Fica sem sossego
Negro é a raiz da liberdade ( bis )
Negro é uma cor de respeito
Negro é inspiração
Negro é silêncio é luto
Negro é a solidão
Negro que já foi escravo
Negro é a voz da verdade
Negro é destino, é amor
Negro também é saudade
A Cor De Deus - Banda Mel
Composição: Luiz Carlos-branca Di Neve-mazinho Xerife
Você sabe a cor de deus
Quem sabe não revela,a,a,
O,o,o,o,o,o, vamos dizer
O,o,o,o,o,o, vamos dizer
Em vez do apartheid,
Aperta a mão do negro
O negro tem direito de viver
Negro é amor, negro é a paz
Não quer a guerra
O negro também dessa terra
O seu sentimento, é como um lamento
Que leva aos quatro cantos
O canto do sofrimento
Fraternidade,igualdade,liberdade
O negro quer o universo
Cheio de felicidade
Na áfrica tem negro com sofrimento
Aqui também o negro, tem seu lamento
No mundo inteiro o negro
Tem o seu sentimento
Portela - Samba Enredo 1972
Ilu Ayê, Ilu Ayê Odara
Negro dançava na Nação Nagô
Depois chorou lamento de senzala
Tão longe estava de sua Ilu Ayê
Tempo passou ôô
E no terreirão da Casa Grande
Negro diz tudo que pode dizer
É samba, é batuque, é reza
É dança, é ladainha
Negro joga capoeira
E faz louvação à rainha
Hoje
Negro é terra, negro é vida
Na mutação do tempo
Desfilando na avenida
Negro é sensacional
É toda a festa de um povo
E dono do carnaval
Nas Veias do Brasil - Beth Carvalho
Composição: Luiz Carlos da Vila
Os negros
Trazidos lá do além-mar
Vieram para espalhar
Suas coisas transcendentais
Respeito
Ao céu, à terra e ao mar
Ao índio veio juntar
O amor, à liberdade
A força de um baobá
Tanta luz no pensar
Veio de lá
A criatividade
Tantos o preto velho já curou
E a mãe preta amamentou
Tem alma negra o povo
Os sonhos tirados do fogão
A magia da canção
O carnaval é fogo
O samba corre
Nas veias dessa pátria - mãe gentil
É preciso altitude
De assumir a negritude
Pra ser muito mais Brasil.
Samba Enredo 1994 - Quando o Samba Era Samba
Portela (RJ)
Composição: Wilson Cruz, Cláudio Russo, Zé Luiz
África encanto e magia
Berço da sabedoria
Razão do meu cantar
Nasceu a liberdade a ferro e fogo
A Mãe Negra abriu o jogo
Fez o povo delirar
Deixa falar, ô, ô, ô
Deixa falar, ô, iaiá
Esse batuque gostoso não pode parar
Entra na roda ioiô
Entra na roda iaiá
Lá vem Portela é melhor se segurar
Axé vem de Luanda
Sacode negritude da cidade
Trazendo a bandeira do samba
Na apoteose da felicidade
Samba é nó na madeira
É moleque mestiço
Foi preciso bancar
Resistência que a força não calou
Arte de improvisar
Capoeira
O samba vai levantar poeira
Tem zoeira
Em Oswaldo Cruz e Madureira
Racismo É Burrice (nova Versão De Lavagem Cerebral)
Gabriel Pensador
Composição: Gabriel O Pensador
Salve, meus irmãos africanos e lusitanos, do outro lado do oceano
"O Atlântico é pequeno pra nos separar, porque o sangue é mais forte que a água do mar"
Racismo, preconceito e discriminação em geral;
É uma burrice coletiva sem explicação
Afinal, que justificativa você me dá para um povo que precisa de união
Mas demonstra claramente
Infelizmente
Preconceitos mil
De naturezas diferentes
Mostrando que essa gente
Essa gente do Brasil é muito burra
E não enxerga um palmo à sua frente
Porque se fosse inteligente esse povo já teria agido de forma mais consciente
Eliminando da mente todo o preconceito
E não agindo com a burrice estampada no peito
A "elite" que devia dar um bom exemplo
É a primeira a demonstrar esse tipo de sentimento
Num complexo de superioridade infantil
Ou justificando um sistema de relação servil
E o povão vai como um bundão na onda do racismo e da discriminação
Não tem a união e não vê a solução da questão
Que por incrível que pareça está em nossas mãos
Só precisamos de uma reformulação geral
Uma espécie de lavagem cerebral
Racismo é burrice
Não seja um imbecil
Não seja um ignorante
Não se importe com a origem ou a cor do seu semelhante
O quê que importa se ele é nordestino e você não?
O quê que importa se ele é preto e você é branco
Aliás, branco no Brasil é difícil, porque no Brasil somos todos mestiços
Se você discorda, então olhe para trás
Olhe a nossa história
Os nossos ancestrais
O Brasil colonial não era igual a Portugal
A raiz do meu país era multirracial
Tinha índio, branco, amarelo, preto
Nascemos da mistura, então por que o preconceito?
Barrigas cresceram
O tempo passou
Nasceram os brasileiros, cada um com a sua cor
Uns com a pele clara, outros mais escura
Mas todos viemos da mesma mistura
Então presta atenção nessa sua babaquice
Pois como eu já disse racismo é burrice
Dê a ignorância um ponto final:
Faça uma lavagem cerebral
Racismo é burrice
Negro e nordestino constróem seu chão
Trabalhador da construção civil conhecido como peão
No Brasil, o mesmo negro que constrói o seu apartamento ou o que lava o chão de uma delegacia
É revistado e humilhado por um guarda nojento
Que ainda recebe o salário e o pão de cada dia graças ao negro, ao nordestino e a todos nós
Pagamos homens que pensam que ser humilhado não dói
O preconceito é uma coisa sem sentido
Tire a burrice do peito e me dê ouvidos
Me responda se você discriminaria
O Juiz Lalau ou o PC Farias
Não, você não faria isso não
Você aprendeu que preto é ladrão
Muitos negros roubam, mas muitos são roubados
E cuidado com esse branco aí parado do seu lado
Porque se ele passa fome
Sabe como é:
Ele rouba e mata um homem
Seja você ou seja o Pelé
Você e o Pelé morreriam igual
Então que morra o preconceito e viva a união racial
Quero ver essa música você aprender e fazer
A lavagem cerebral
Racismo é burrice
O racismo é burrice mas o mais burro não é o racista
É o que pensa que o racismo não existe
O pior cego é o que não quer ver
E o racismo está dentro de você
Porque o racista na verdade é um tremendo babaca
Que assimila os preconceitos porque tem cabeça fraca
E desde sempre não pára pra pensar
Nos conceitos que a sociedade insiste em lhe ensinar
E de pai pra filho o racismo passa
Em forma de piadas que teriam bem mais graça
Se não fossem o retrato da nossa ignorância
Transmitindo a discriminação desde a infância
E o que as crianças aprendem brincando
É nada mais nada menos do que a estupidez se propagando
Nenhum tipo de racismo - eu digo nenhum tipo de racismo - se justifica
Ninguém explica
Precisamos da lavagem cerebral pra acabar com esse lixo que é uma herança cultural
Todo mundo que é racista não sabe a razão
Então eu digo meu irmão
Seja do povão ou da "elite"
Não participe
Pois como eu já disse racismo é burrice
Como eu já disse racismo é burrice
Racismo é burrice
E se você é mais um burro, não me leve a mal
É hora de fazer uma lavagem cerebral
Mas isso é compromisso seu
Eu nem vou me meter
Quem vai lavar a sua mente não sou eu
É você.
Raça Negra
Margareth Menezes
Composição: Jorge Zarath, Dito
O grito da terra se expande por todo o Universo
No verso da mão calejada que afaga o rebento
O amor relampeja quebrando a semente da guerra
Sagrada é a força da Terra brilhando num só pensamento
Olorum mandou botar
Um presente pra Iemanjá
Colocar no mar do amor
Pra saudar seu ganzuá
Mãe Oxum me batizou
Com a benção de Oxalá
É felicidade é com,oh yeah
Raça Negra,Raça Negra
Raça Negra,Raça Negra
Sou erê,sou mandinga,sou manhã
Sou dendê,afilhada de Yansã
Sou café,cana-verde,que beleza
Raça Negra!
Sou de paz,sou axé,sou natureza
Raça Negra,Raça Negra
Raça Negra,Raça Negra
Aiá,aiá,aiá...
Aiê,iê,aiá,aiê,aiê...
Beleza pura
Caetano Veloso
Composição: Caetano Veloso
NÃO ME AMARRA DINHEIRO NÃO
MAS FORMOSURA
DINHEIRO NÃO
A PELE ESCURA
DINHEIRO NÃO
A CARNE DURA
DINHEIRO NÃO
MOÇA PRETA DO CURUZU
FEDERAÇÃO
BOCA DO RIO
BELEZA PURA
BELEZA PURA
BELEZA PURA
DINHEIRO NÃO
QUANDO ESSA PRETA COMEÇA A TRATAR DO CABELO
É DE SE OLHAR
TODA A TRAMA DA TRANÇA DA TRANSA DO CABELO
CONCHAS DO MAR
ELA MANDA BUSCAR PRA BOTAR NO CABELO
TODA MINÚCIA, TODA DELÍCIA
NÃO ME AMARRA DINHEIRO NÃO
MAS ELEGÂNCIA
NÃO ME AMARRA DINHEIRO NÃO
MAS A CULTURA
DINHEIRO NÃO
A PELE ESCURA
DINHEIRO NÃO
A CARNE DURA
DINHEIRO NÃO
MOÇO LINDO DO BADAUÊ
BELEZA PURA
DO ILÊ-AIÊ
BELEZA PURA
DINHEIRO IÊ
BELEZA PURA
DINHEIRO NÃO
DENTRO DAQUELE TURBANTE DOS FILHOS DE GANDHI
É O QUE HÁ
TUDO É CHIQUE DEMAIS, TUDO É MUITO ELEGANTE
MANDA BOTAR
FINA PALHA DA COSTA E QUE TUDO SE TRANCE
TODOS OS BÚZIOS
TODOS OS ÓCIOS
NÃO ME AMARRA DINHEIRO NÃO
MAS OS MISTÉRIOS
BELEZA PURA
DINHEIRO NÃO
BELEZA PURA
BOCA DO RIO
BELEZA PURA
FEDERAÇÃO
BELEZA PURA
O ILÊ-AIÊ
BELEZA PURA
E DO BADAUÊ
BELEZA PURA
Alma Não Tem Cor
Chico César
Composição: André Abujamra
Alma não tem cor
Porque eu sou branco?
Alma não tem cor
Porque eu sou negro?
Branquinho
Neguinho
Branco negão
Percebam que a alma não tem cor
Ela é colorida
Ela é multicolor
Azul amarelo
Verde verdinho marrom
Respeitem Meus Cabelos Brancos
Chico César
Composição: Chico César
Respeitem meus cabelos, brancos
Chegou a hora de falar
Vamos ser francos
Pois quando um preto fala
O branco cala ou deixa a sala
Com veludo nos tamancos
Cabelo veio da áfrica
Junto com meus santos
Benguelas, zulus, gêges
Rebolos, bundos, bantos
Batuques, toques, mandingas
Danças, tranças, cantos
Respeitem meus cabelos, brancos
Se eu quero pixaim, deixa
Se eu quero enrolar, deixa
Se eu quero colorir, deixa
Se eu quero assanhar, deixa
Deixa, deixa a madeixa balançar
Meu Pai Oxalá
Daniela Mercury
Composição: Vinícius de Moraes/ Toquinho
Atotô abaluyê
Atotô babá
Vem das águas de Oxalá
Essa mágoa que me dá
Ela parecia o dia
A romper da escuridão
Linda no seu manto todo branco
Em meio à procissão.
E eu que ela nem via,
Ao Deus pedia amor e proteção:
Meu pai Oxalá é o Rei,
Venha me valer
E o velho Omulu
Atotô abaluayê
Que vontade de chorar
No terreiro de Oxalá
Quando eu dei com a minha ingrata
Que era filha de Yansã
Com sua espada cor de prata
Em meio à multidão
Cercando Xangô num balanceio
Cheio de paixão
Meu pai Oxalá é o rei
Venha me valer
E o velho Omulu
Atotobaluaiê
Milagres do Povo
Daniela Mercury
Composição: Indisponível
Quem é ateu
E viu milagres como eu
Sabe que os Deuses sem Deus
Não cessam de brotar,nem cansam de esperar
E o coração
Que é soberano e que é senhor
Não cabe na escravidão
Não cabe no seu não
Não cabe em si, de tanto sim
É pura dança e sexo e glória
E paira para além da história
Refrão:
Oju obá ia lá e via
Oju obá ia
Xangô manda chamar, Obatalá guia
Mamãe Oxum chorar, lágrima alegria
Pétala de Iemanjá, Inasã oiá ria
Oju obá ia lá e via
Ojú obá ia
Obá
É no charéu, que brilha a prata luz do céu
E o povo negro entendeu
Que o grande vencedor
Se ergue além da dor
Tudo chegou
Sobrevivente num navio
Quem descobriu o Brasil
Foi o negro que viu
A crueldade bem de frente e ainda produziu milagres
De fé no extremo ocidente
Refrão:
Oju obá ia lá e via
Oju obá ia
Xangô manda chamar, obatalá guia
Mamãe oxum chorar, lágrima alegria
Pétala de iemanjá, inasã oiá ria
Oju obá ia lá e via
Ojú obá ia
Obá
(Obáááá...)
No Tabuleiro Da Baiana
Daniela Mercury
Composição: Ary Barroso
No tabuleiro da baiana tem
Vatapá, oi
Caruru
Mungunzá
Tem umbu
Pra ioiô
Se eu pedir você me dá
O seu coração
Seu amor de iaiá
No coração da baiana tem
Sedução
Canjerê
Ilusão
Candomblé
Pra você
Juro por Deus
Pelo senhor do Bonfim
Quero você, baianinha, inteirinha pra mim
E depois o que será de nós dois
Seu amor é tão fulgáz, enganador
Tudo já fiz
Fui até num canjerê
Pra ser feliz
Meus trapinhos juntar com você
E depois vai ser mais uma ilusão
No amor quem governa é o coração
No tabuleiro da baiana tem
Vatapá, oi
Caruru
Mungunzá
Tem umbu
Pra ioiô
Se eu pedir você me dá
O seu coração
Seu amor de iaiá
No coração da baiana também tem
Sedução
Canjerê
Ilusão
Candomblé
Pra você
Preto E Branco
Daniela Mercury
Composição: Dudu Fagundes / Santos Diniz
Sou amarrado nessa pele escura
Na sua cultura
Em sua formosura
Mas no final tudo é uma só mistura
A mesma estrutura
Isso é beleza pura
E baseado nessa ideologia
Que a nossa magia pode aí se explicar
A europa , a africa e a bahia
Têm a alegria
De aqui se misturar
Preto
E todo mundo aqui é branco e preto
E todo mundo aqui é branco e preto
E todo mundo aqui é preto e branco
preto
E todo mundo aqui é branco e preto
E todo mundo aqui é branco e preto
E todo mundo aqui é preto e branco
Canto da Cor - Reflexus
Composição: Moises e Simão
A simbolização do negro africano
Recorda o manto sofrido hargalo de dor
O negro batendo na palma da mão
Este canto
Este canto é a sua origem e cintila a cor
Ilê Aiyê ê ê
É a nossa cor
Negro a dizer é a nossa cor
ôhô ôhô ôhô
ôhô
ehê ehê ehê
ehê
O negro se farta do fruto da sua beleza
Atribui-se tambem a ele esta sua grandeza
Ilê Aiyê
Sendo a propria razão
Que a razao nao pode explicar
Ecoa-se ate o firmamento
Este nosso cantar
Ilê Aiyê ê ê
É a nossa cor
Negro a dizer é a nossa cor
ôhô ôhô ôhô
ôhô ehê ehê ehê ehê
Canto Para o Senegal
Reflexus
Composição: Ythamar Tropicália e Valmir Brito
Sene sene senegal
Sene sene senegal
Diz povão senegal região
Diz povão senegal região
Diz povão senegal região
A grandeza do negro
Se deu quando houve este grito infinito
E o muçulmanismo que contagiava como religião
Ilê-aiyê traz imensas verdades ao povo fulani
Senegal faz fronteira com Mauritânia e Mali
Os seres ê ê ê, a tribo primeira que simbolizava
Salum, gâmbia, casamance, seus rios a desembocar
Mandigno, tukuler, uolof, são os povos negros
E uma das capitais mais lindas hoje se chama dakar, ilê
Ilê ê ê ê, dakar á á, obatala ago iê ê ê ê
Esses são os meus sentimentos do nosso antepassado
Senegal narrado como tema ilê aiyê
sene, sene, sene, sene, senegal
diz povão, senegal região
ê ahê, ahê
á, ia, iê
Baol reino de lá
Hamba-kalo povo de dakar
Negros ilê-aiyê avançam pelas ruas centrais da cidade
Senegalesas mulheres vaidosas mostrando intensidade
Incorporadas num só movimento na dança frenética do carnaval
Caolak, rufisque, zinguichor, são as cidades do senegal
Ilê-aiyê ê ê... está nos torsos, nas indumentárias africanas
Lingüisticamente o francês na dialética união baiana
Baobás árvore símbolo da nação
dos deniakes, os berberes, dinastia da região, ilê...
ilê ê ê ê, dakar á á á, obatalá, ago iê, ê ê ê...
esses são os meus sentimentos do antepassadoaval
Caolak, Rufisque, Zinguichor, são as cidades do Senegal
Ilê Ayiêêê esta nos torsos, nas indumentárias africanas
Lingüisticamente o francês na dialética união baiana
Baobás, árvore símbolo da nação
Dos deniakes, os Berberes, dinastia da região, ilê
Ilêêê, Dacar, obatalá, agô iêêê
Esses são os meus sentimentos do nosso antepassado
Dialeto Negro
Reflexus
Composição: Valmir Brito e Gibi
Mamêtro Kavisó
De umbanda
Umbanda gira gira
Azulê no abanto
Ungagá zara tempo
Sambangola de mucaia
Sequê sequê dandalunda
Agorigê meu atotó
Agolónan Godemá nagô
Agonilê Agonilê
ê carnaxe ara
Ara mogibi
Mogibi mocualê babá
Ara vá
Mogibi mocualê babá
Ara vá
Libertem Mandela
Reflexus
Composição: Indisponível
Batalhas e conflitos
vítimas de sofrimentos
sou eu um negro bonito
desabafando meus sentimentos
De geração em geração
que é discriminado o negão
e hoje somos cultura
nosso grito de força é a nossa união
Tire o chapéu e levante a mão
Tire o chapéu e levante a mão
Diga não ao Apartheid e liberte Mandela
Nosso grande irmão
Madagascar Olodum
Reflexus
Criaram-se vários reinados
Ponto de Imerinas ficou consagrado
Rambozalama o vetor saudável
Ivato cidade sagrada
A rainha Ranavalona
Destaca-se na vida e na mocidade
Majestosa negra
Soberana da sociedade
Alienado pelos sues poderes
Rei Radama foi considerado
Um verdadeiro Meiji
Que levava seu reino a bailar
Bantos, indonésios, árabes
Se integram à cultura malgaxe
Raça varonil alastrando-se pelo Brasil
Sankara Vatolay
Faz deslumbrar toda nação
Merinas, povos, tradição
E os mazimbas foram vencidos pela invenção
êêê Sakalavas oná ê
Iááá Sakalavas oná á
Iêêê Sakalavas oná ê
Iááá Sakalavas oná á
Madagascar, ilha, ilha do amor
Madagascar, ilha, ilha do amor
Madagascar, ilha, ilha do amor
Madagascar, ilha, ilha do amor
E viva Pelô Pelourinho
Patrimônio da humanidade é
Pelourinho, Pelourinho
Palco da vida e das negras verdades
Protestos, manifestações
Faz o Olodum contra o Apartheid
Juntamente som Madagascar
Evocando liberdade e igualdade a reinar
Iêêê Sakalavas oná ê
Iááá Sakalavas oná á
Iêêê Sakalavas oná ê
Iááá Sakalavas oná á
Madagascar, ilha, ilha do amor
Madagascar, ilha, ilha do amor
Madagascar, ilha, ilha do amor
Madagascar, ilha, ilha do amor
Aiêêê, Madagascar Olodum
Aiêêê, eu sou o arco–íris de Madagascar
Aiêêê, Madagascar Olodum
Aiêêê, eu sou o arco–íris de Madagascar
Iêêê Sakalavas oná ê
Iááá Sakalavas oná á
Iêêê Sakalavas oná ê
Iááá Sakalavas oná á
Madagascar, ilha, ilha do amor
Madagascar, ilha, ilha do amor
Madagascar, ilha, ilha do amor
Madagascar, ilha, ilha do amor
Olodum Ologbom - Reflexus
Composição: Tita Lopes e Lazinho
Akewi Ati Onilu
Cantam e tocam para anunciar
Nubia, Axum e Etiópia
Olodum vem mostrar
Registrado pela história
Soberania momentânea
Menelik, rei Cabeb
Rastafari, Ei Ezana
A rainha do Sabá
Casou-se com o Rei Salomão
Originando a mista raça
São raízes do Sudão
A cultura sudanesa
Pelo mundo se espalhou
Fons, dogons, sereres, Haussás
Mossis, mandingas, ibôs, iorubás
Olodum do Pelourinho
Sempre contra a opressão
Busca paz e liberdade
Quer o mundo em união
ô ô ô
Ago Olodum Ti-de
Ibere ifé ati axé.
Serpente Negra - Reflexus
Composição: (Ythamar Tropicália, Gibi, Roque Carvalho, Walmir Brito)
Ará Ará eu sou AraKetu
Ketu Ketu ode oba nixar
Kê Kê Kê leva eu
Kê Kê Kê AraKetu sou eu
Daomé nação de uma serpente negra
O rei manda lhe falar
O arco–íris ao se dissipar
Orixá maior é a força da natureza
Que representa Ketu nação
De um rei Olofin da atual República Beniin
No reino de Daomé
Serpente Negra era um babalaô
O arco-íris que vem lá do alto
Trás a força do superior
Ará Ará eu sou AraKetu
Ketu Ketu ode oba nixar
Kê Kê Kê leva eu
Kê Kê Kê AraKetu sou eu
O quadro negro
Representa na face da Terra
Hoje não existe mais guerra
A escravidão acabou ô ô
AraKetu retrato da tal mocidade
Representando o passado
E tudo que aqui ficou
Derramando nossos prantos de felicidade
Por ser essa tal entidade
Nomeada a Ode caçador
AraKetu força divina força maior
Ô ô ô ô ó ó ó ó ó
Pois o sangue desses negros
Derramavam na Terra
Para que os senhores passassem
Um tipo de vida melhor
Orá orá orá orá Orayê
Orá orá orá eis Oxumaré
Milton Nascimento
Morro Velho
Composição: Milton Nascimento
No sertão da minha terra, fazenda é o camarada que ao chão sedeu
Fez a obrigação com força, parece até que tudo aquilo ali é seu
Só poder sentar no morro e ver tudo verdinho, lindo a crescer
Orgulhoso camarada, de viola em vez de enxada
Filho do branco e do preto, correndo pela estrada atrás depassarinho
Pela plantação adentro, crescendo os dois meninos, semprepequeninos
Peixe bom dá no riacho de água tão limpinha, dá pro fundo ver
Orgulhoso camarada, contra histórias prá moçada
Filho do senhor vai embora, tempo de estudos na cidade grande
Parte, tem os olhos tristes, deixando o companheiro na estaçãodistante
Não esqueça, amigo, eu vou voltar, some longe o trenzinho aodeus-dará
Quando volta já é outro, trouxe até sinhá mocinha práapresentar
Linda como a luz da lua que em lugar nenhum rebrilha como lá
Já tem nome de doutor, e agora na fazenda é quem vai mandar
E o seu velho camarada, já não brinca, mas trabalha
Raça – Milton Nascimento
Composição: Milton Nascimento/Fernando Brant
Lá vem a força, lá vem a magia
Que me incendeia o corpo de alegria
Lá vem a santa maldita euforia
Que me alucina, me joga e me rodopia
Lá vem o canto, o berro de fera
Lá vem a voz de qualquer primavera
Lá vem a unha rasgando a garganta
A fome, a fúria, o sangue que já se levanta
De onde vem essa coisa tão minha
Que me aquece e me faz carinho?
De onde vem essa coisa tão crua
Que me acorda e me põe no meio da rua?
É um lamento, um canto mais puro
Que me ilumina a casa escura
É minha força, é nossa energia
Que vem de longe prá nos fazer companhia
É Clementina cantando bonito
As aventuras do seu povo aflito
É Seu Francisco, boné e cachimbo
Me ensinando que a luta é mesmo comigo
Todas Marias, Maria Dominga
Atraca Vilma e Tia Hercília
É Monsueto e é Grande Otelo
Atraca, atraca que o Naná vem chegando
Reis e Rainhas do Maracatu
Milton Nascimento
Composição: Indisponível
Dentro das alas, nações em festa
Reis e rainhas cantar
Ninguém se cala louvando as glórias
Que a história contou
Marinheiros, capitães, negros sobas
Rei do congo, a rainha e seu povo
As mucamas e os escravos no canavial
Amadês senhor de engenho e sinhá
Traz aqui maracatu nossa escola
Do Recife nós trazemos com alma
A nação maracatu, nosso tema geral
Banho de Manjericão
Clara Nunes
Composição: João Nogueira-Paulo Cesar Pinheiro
Eu vou me banhar de manjericão
Vou sacudir a poeira do corpo batendo com a mão
E vou voltar lá pro meu congado
Pra pedir pro santo
Pra rezar quebranto
Cortar mau olhado
E eu vou bater na madeira três vezes com o dedo cruzado
Vou pendurar uma figa no aço do meu cordão
Em casa um galho de arruda que corta
Um copo dágua no canto da porta
Vela acesa, e uma pimenteira no portão
É com vovó Maria que tem simpatia pra corpo fechado
É com pai Benedito que benze os aflitos com um toque de mão
E pai Antônio cura desengano
E tem a reza de São Cipriano
E têm as ervas que abrem os caminhos pro cristão.
Brasil Mestiço Santuário Da Fé
Clara Nunes
Composição: Indisponível
Vem desde o tempo da senzala
Do batuque e da cabala
O som que a todo povo embala 2x
E quanto mais o chicote estala
E o povo se encurrala
O som mais forte se propala 2x
E é o samba
E é o ponto de umbanda
E o tambor de Luanda
é o maculelê e o lundu
É o jogo do caxambu
É o cateretê, é o cõco e é o maracatu
O atabaque do caboco, o agogô de afoxé.
É a curimba do batucajé
É a capoeira e o candomblé
É a festa do Brasil mestiço, santuario da fé.
E aos sons a palavra do poeta se juntou
E nasceram as canççoes e os mais belos poemas de
amor.
Os cantos de guerra e os lamentos de dor
E pro povo não desesperar
Nós não deixaremos de cantar
Pois esse é o único alento do trabalhador
Desde a senzala....
Canto Das Três Raças
Clara Nunes
Composição: Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro
Ninguém ouviu
Um soluçar de dor
No canto do Brasil
Um lamento triste
Sempre ecoou
Desde que o índio guerreiro
Foi pro cativeiro
E de lá cantou
Negro entoou
Um canto de revolta pelos ares
No Quilombo dos Palmares
Onde se refugiou
Fora a luta dos Inconfidentes
Pela quebra das correntes
Nada adiantou
E de guerra em paz
De paz em guerra
Todo o povo dessa terra
Quando pode cantar
Canta de dor
ô, ô, ô, ô, ô, ô
ô, ô, ô, ô, ô, ô
ô, ô, ô, ô, ô, ô
ô, ô, ô, ô, ô, ô
E ecoa noite e dia
É ensurdecedor
Ai, mas que agonia
O canto do trabalhador
Esse canto que devia
Ser um canto de alegria
Soa apenas
Como um soluçar de dor
Ê Baiana - Clara Nunes
Composição: Fabricio da Silva/Baianinho/Enio Santos Ribeiro/Miguel Pancracio
Ê baiana
Ê ê ê baiana, baianinha
Ê baiana
Ê ê ê baiana
Baiana boa
Gosta do samba
Gosta da roda
E diz que é bamba
Baiana boa
Gosta do samba
Gosta da roda
E diz que é bamba
Olha, toca a viola
Que ela quer sambar
Ela gosta de samba
Ela quer rebolar
Toca a viola
Que ela quer sambar
Ela gosta de samba
Ela quer rebolar
Ê baiana
Ê baiana
Ê ê ê baiana, baianinha
Ê baiana
Ê ê ê baiana
Festa Para Um Rei Negro
Clara Nunes
Composição: Indisponível
Nos anais da nossa História
Vamos relembrar
Personagens de outrora
Que iremos recordar
Sua vida, sua glória
Seu passado imortal
Que beleza
A nobreza do tempo colonial
O lê lê, ô lá lá
Pega no ganzê
Pega no ganzá
Hoje tem festa na aldeia
Quem quiser pode chegar
Tem reisado a noite inteira
E fogueira pra queimar
Nosso rei veio de longe
Pra poder nos visitar
Que beleza
A nobreza que visita o gongá
O lê lê, ô lá lá
Pega no ganzê
Pega no ganzá
Senhora dona-de-casa
Traz seu filho pra cantar
Para o rei que vem de longe
Pra poder nos visitar
Esta noite ninguém chora
E ninguém pode chorar
Que beleza
A nobreza que visita o gongá
O-lê-lê, ô-lá-lá...
Um sorriso negro
Um abraço negro
Traz felicidade
Negro sem emprego
Fica sem sossego
Negro é a raiz da liberdade ( bis )
Negro é uma cor de respeito
Negro é inspiração
Negro é silêncio é luto
Negro é a solidão
Negro que já foi escravo
Negro é a voz da verdade
Negro é destino, é amor
Negro também é saudade
A Cor De Deus - Banda Mel
Composição: Luiz Carlos-branca Di Neve-mazinho Xerife
Você sabe a cor de deus
Quem sabe não revela,a,a,
O,o,o,o,o,o, vamos dizer
O,o,o,o,o,o, vamos dizer
Em vez do apartheid,
Aperta a mão do negro
O negro tem direito de viver
Negro é amor, negro é a paz
Não quer a guerra
O negro também dessa terra
O seu sentimento, é como um lamento
Que leva aos quatro cantos
O canto do sofrimento
Fraternidade,igualdade,liberdade
O negro quer o universo
Cheio de felicidade
Na áfrica tem negro com sofrimento
Aqui também o negro, tem seu lamento
No mundo inteiro o negro
Tem o seu sentimento
Portela - Samba Enredo 1972
Ilu Ayê, Ilu Ayê Odara
Negro dançava na Nação Nagô
Depois chorou lamento de senzala
Tão longe estava de sua Ilu Ayê
Tempo passou ôô
E no terreirão da Casa Grande
Negro diz tudo que pode dizer
É samba, é batuque, é reza
É dança, é ladainha
Negro joga capoeira
E faz louvação à rainha
Hoje
Negro é terra, negro é vida
Na mutação do tempo
Desfilando na avenida
Negro é sensacional
É toda a festa de um povo
E dono do carnaval
Nas Veias do Brasil - Beth Carvalho
Composição: Luiz Carlos da Vila
Os negros
Trazidos lá do além-mar
Vieram para espalhar
Suas coisas transcendentais
Respeito
Ao céu, à terra e ao mar
Ao índio veio juntar
O amor, à liberdade
A força de um baobá
Tanta luz no pensar
Veio de lá
A criatividade
Tantos o preto velho já curou
E a mãe preta amamentou
Tem alma negra o povo
Os sonhos tirados do fogão
A magia da canção
O carnaval é fogo
O samba corre
Nas veias dessa pátria - mãe gentil
É preciso altitude
De assumir a negritude
Pra ser muito mais Brasil.
Samba Enredo 1994 - Quando o Samba Era Samba
Portela (RJ)
Composição: Wilson Cruz, Cláudio Russo, Zé Luiz
África encanto e magia
Berço da sabedoria
Razão do meu cantar
Nasceu a liberdade a ferro e fogo
A Mãe Negra abriu o jogo
Fez o povo delirar
Deixa falar, ô, ô, ô
Deixa falar, ô, iaiá
Esse batuque gostoso não pode parar
Entra na roda ioiô
Entra na roda iaiá
Lá vem Portela é melhor se segurar
Axé vem de Luanda
Sacode negritude da cidade
Trazendo a bandeira do samba
Na apoteose da felicidade
Samba é nó na madeira
É moleque mestiço
Foi preciso bancar
Resistência que a força não calou
Arte de improvisar
Capoeira
O samba vai levantar poeira
Tem zoeira
Em Oswaldo Cruz e Madureira
Racismo É Burrice (nova Versão De Lavagem Cerebral)
Gabriel Pensador
Composição: Gabriel O Pensador
Salve, meus irmãos africanos e lusitanos, do outro lado do oceano
"O Atlântico é pequeno pra nos separar, porque o sangue é mais forte que a água do mar"
Racismo, preconceito e discriminação em geral;
É uma burrice coletiva sem explicação
Afinal, que justificativa você me dá para um povo que precisa de união
Mas demonstra claramente
Infelizmente
Preconceitos mil
De naturezas diferentes
Mostrando que essa gente
Essa gente do Brasil é muito burra
E não enxerga um palmo à sua frente
Porque se fosse inteligente esse povo já teria agido de forma mais consciente
Eliminando da mente todo o preconceito
E não agindo com a burrice estampada no peito
A "elite" que devia dar um bom exemplo
É a primeira a demonstrar esse tipo de sentimento
Num complexo de superioridade infantil
Ou justificando um sistema de relação servil
E o povão vai como um bundão na onda do racismo e da discriminação
Não tem a união e não vê a solução da questão
Que por incrível que pareça está em nossas mãos
Só precisamos de uma reformulação geral
Uma espécie de lavagem cerebral
Racismo é burrice
Não seja um imbecil
Não seja um ignorante
Não se importe com a origem ou a cor do seu semelhante
O quê que importa se ele é nordestino e você não?
O quê que importa se ele é preto e você é branco
Aliás, branco no Brasil é difícil, porque no Brasil somos todos mestiços
Se você discorda, então olhe para trás
Olhe a nossa história
Os nossos ancestrais
O Brasil colonial não era igual a Portugal
A raiz do meu país era multirracial
Tinha índio, branco, amarelo, preto
Nascemos da mistura, então por que o preconceito?
Barrigas cresceram
O tempo passou
Nasceram os brasileiros, cada um com a sua cor
Uns com a pele clara, outros mais escura
Mas todos viemos da mesma mistura
Então presta atenção nessa sua babaquice
Pois como eu já disse racismo é burrice
Dê a ignorância um ponto final:
Faça uma lavagem cerebral
Racismo é burrice
Negro e nordestino constróem seu chão
Trabalhador da construção civil conhecido como peão
No Brasil, o mesmo negro que constrói o seu apartamento ou o que lava o chão de uma delegacia
É revistado e humilhado por um guarda nojento
Que ainda recebe o salário e o pão de cada dia graças ao negro, ao nordestino e a todos nós
Pagamos homens que pensam que ser humilhado não dói
O preconceito é uma coisa sem sentido
Tire a burrice do peito e me dê ouvidos
Me responda se você discriminaria
O Juiz Lalau ou o PC Farias
Não, você não faria isso não
Você aprendeu que preto é ladrão
Muitos negros roubam, mas muitos são roubados
E cuidado com esse branco aí parado do seu lado
Porque se ele passa fome
Sabe como é:
Ele rouba e mata um homem
Seja você ou seja o Pelé
Você e o Pelé morreriam igual
Então que morra o preconceito e viva a união racial
Quero ver essa música você aprender e fazer
A lavagem cerebral
Racismo é burrice
O racismo é burrice mas o mais burro não é o racista
É o que pensa que o racismo não existe
O pior cego é o que não quer ver
E o racismo está dentro de você
Porque o racista na verdade é um tremendo babaca
Que assimila os preconceitos porque tem cabeça fraca
E desde sempre não pára pra pensar
Nos conceitos que a sociedade insiste em lhe ensinar
E de pai pra filho o racismo passa
Em forma de piadas que teriam bem mais graça
Se não fossem o retrato da nossa ignorância
Transmitindo a discriminação desde a infância
E o que as crianças aprendem brincando
É nada mais nada menos do que a estupidez se propagando
Nenhum tipo de racismo - eu digo nenhum tipo de racismo - se justifica
Ninguém explica
Precisamos da lavagem cerebral pra acabar com esse lixo que é uma herança cultural
Todo mundo que é racista não sabe a razão
Então eu digo meu irmão
Seja do povão ou da "elite"
Não participe
Pois como eu já disse racismo é burrice
Como eu já disse racismo é burrice
Racismo é burrice
E se você é mais um burro, não me leve a mal
É hora de fazer uma lavagem cerebral
Mas isso é compromisso seu
Eu nem vou me meter
Quem vai lavar a sua mente não sou eu
É você.
Raça Negra
Margareth Menezes
Composição: Jorge Zarath, Dito
O grito da terra se expande por todo o Universo
No verso da mão calejada que afaga o rebento
O amor relampeja quebrando a semente da guerra
Sagrada é a força da Terra brilhando num só pensamento
Olorum mandou botar
Um presente pra Iemanjá
Colocar no mar do amor
Pra saudar seu ganzuá
Mãe Oxum me batizou
Com a benção de Oxalá
É felicidade é com,oh yeah
Raça Negra,Raça Negra
Raça Negra,Raça Negra
Sou erê,sou mandinga,sou manhã
Sou dendê,afilhada de Yansã
Sou café,cana-verde,que beleza
Raça Negra!
Sou de paz,sou axé,sou natureza
Raça Negra,Raça Negra
Raça Negra,Raça Negra
Aiá,aiá,aiá...
Aiê,iê,aiá,aiê,aiê...
Beleza pura
Caetano Veloso
Composição: Caetano Veloso
NÃO ME AMARRA DINHEIRO NÃO
MAS FORMOSURA
DINHEIRO NÃO
A PELE ESCURA
DINHEIRO NÃO
A CARNE DURA
DINHEIRO NÃO
MOÇA PRETA DO CURUZU
FEDERAÇÃO
BOCA DO RIO
BELEZA PURA
BELEZA PURA
BELEZA PURA
DINHEIRO NÃO
QUANDO ESSA PRETA COMEÇA A TRATAR DO CABELO
É DE SE OLHAR
TODA A TRAMA DA TRANÇA DA TRANSA DO CABELO
CONCHAS DO MAR
ELA MANDA BUSCAR PRA BOTAR NO CABELO
TODA MINÚCIA, TODA DELÍCIA
NÃO ME AMARRA DINHEIRO NÃO
MAS ELEGÂNCIA
NÃO ME AMARRA DINHEIRO NÃO
MAS A CULTURA
DINHEIRO NÃO
A PELE ESCURA
DINHEIRO NÃO
A CARNE DURA
DINHEIRO NÃO
MOÇO LINDO DO BADAUÊ
BELEZA PURA
DO ILÊ-AIÊ
BELEZA PURA
DINHEIRO IÊ
BELEZA PURA
DINHEIRO NÃO
DENTRO DAQUELE TURBANTE DOS FILHOS DE GANDHI
É O QUE HÁ
TUDO É CHIQUE DEMAIS, TUDO É MUITO ELEGANTE
MANDA BOTAR
FINA PALHA DA COSTA E QUE TUDO SE TRANCE
TODOS OS BÚZIOS
TODOS OS ÓCIOS
NÃO ME AMARRA DINHEIRO NÃO
MAS OS MISTÉRIOS
BELEZA PURA
DINHEIRO NÃO
BELEZA PURA
BOCA DO RIO
BELEZA PURA
FEDERAÇÃO
BELEZA PURA
O ILÊ-AIÊ
BELEZA PURA
E DO BADAUÊ
BELEZA PURA
Alma Não Tem Cor
Chico César
Composição: André Abujamra
Alma não tem cor
Porque eu sou branco?
Alma não tem cor
Porque eu sou negro?
Branquinho
Neguinho
Branco negão
Percebam que a alma não tem cor
Ela é colorida
Ela é multicolor
Azul amarelo
Verde verdinho marrom
Respeitem Meus Cabelos Brancos
Chico César
Composição: Chico César
Respeitem meus cabelos, brancos
Chegou a hora de falar
Vamos ser francos
Pois quando um preto fala
O branco cala ou deixa a sala
Com veludo nos tamancos
Cabelo veio da áfrica
Junto com meus santos
Benguelas, zulus, gêges
Rebolos, bundos, bantos
Batuques, toques, mandingas
Danças, tranças, cantos
Respeitem meus cabelos, brancos
Se eu quero pixaim, deixa
Se eu quero enrolar, deixa
Se eu quero colorir, deixa
Se eu quero assanhar, deixa
Deixa, deixa a madeixa balançar
Meu Pai Oxalá
Daniela Mercury
Composição: Vinícius de Moraes/ Toquinho
Atotô abaluyê
Atotô babá
Vem das águas de Oxalá
Essa mágoa que me dá
Ela parecia o dia
A romper da escuridão
Linda no seu manto todo branco
Em meio à procissão.
E eu que ela nem via,
Ao Deus pedia amor e proteção:
Meu pai Oxalá é o Rei,
Venha me valer
E o velho Omulu
Atotô abaluayê
Que vontade de chorar
No terreiro de Oxalá
Quando eu dei com a minha ingrata
Que era filha de Yansã
Com sua espada cor de prata
Em meio à multidão
Cercando Xangô num balanceio
Cheio de paixão
Meu pai Oxalá é o rei
Venha me valer
E o velho Omulu
Atotobaluaiê
Milagres do Povo
Daniela Mercury
Composição: Indisponível
Quem é ateu
E viu milagres como eu
Sabe que os Deuses sem Deus
Não cessam de brotar,nem cansam de esperar
E o coração
Que é soberano e que é senhor
Não cabe na escravidão
Não cabe no seu não
Não cabe em si, de tanto sim
É pura dança e sexo e glória
E paira para além da história
Refrão:
Oju obá ia lá e via
Oju obá ia
Xangô manda chamar, Obatalá guia
Mamãe Oxum chorar, lágrima alegria
Pétala de Iemanjá, Inasã oiá ria
Oju obá ia lá e via
Ojú obá ia
Obá
É no charéu, que brilha a prata luz do céu
E o povo negro entendeu
Que o grande vencedor
Se ergue além da dor
Tudo chegou
Sobrevivente num navio
Quem descobriu o Brasil
Foi o negro que viu
A crueldade bem de frente e ainda produziu milagres
De fé no extremo ocidente
Refrão:
Oju obá ia lá e via
Oju obá ia
Xangô manda chamar, obatalá guia
Mamãe oxum chorar, lágrima alegria
Pétala de iemanjá, inasã oiá ria
Oju obá ia lá e via
Ojú obá ia
Obá
(Obáááá...)
No Tabuleiro Da Baiana
Daniela Mercury
Composição: Ary Barroso
No tabuleiro da baiana tem
Vatapá, oi
Caruru
Mungunzá
Tem umbu
Pra ioiô
Se eu pedir você me dá
O seu coração
Seu amor de iaiá
No coração da baiana tem
Sedução
Canjerê
Ilusão
Candomblé
Pra você
Juro por Deus
Pelo senhor do Bonfim
Quero você, baianinha, inteirinha pra mim
E depois o que será de nós dois
Seu amor é tão fulgáz, enganador
Tudo já fiz
Fui até num canjerê
Pra ser feliz
Meus trapinhos juntar com você
E depois vai ser mais uma ilusão
No amor quem governa é o coração
No tabuleiro da baiana tem
Vatapá, oi
Caruru
Mungunzá
Tem umbu
Pra ioiô
Se eu pedir você me dá
O seu coração
Seu amor de iaiá
No coração da baiana também tem
Sedução
Canjerê
Ilusão
Candomblé
Pra você
Preto E Branco
Daniela Mercury
Composição: Dudu Fagundes / Santos Diniz
Sou amarrado nessa pele escura
Na sua cultura
Em sua formosura
Mas no final tudo é uma só mistura
A mesma estrutura
Isso é beleza pura
E baseado nessa ideologia
Que a nossa magia pode aí se explicar
A europa , a africa e a bahia
Têm a alegria
De aqui se misturar
Preto
E todo mundo aqui é branco e preto
E todo mundo aqui é branco e preto
E todo mundo aqui é preto e branco
preto
E todo mundo aqui é branco e preto
E todo mundo aqui é branco e preto
E todo mundo aqui é preto e branco
Canto da Cor - Reflexus
Composição: Moises e Simão
A simbolização do negro africano
Recorda o manto sofrido hargalo de dor
O negro batendo na palma da mão
Este canto
Este canto é a sua origem e cintila a cor
Ilê Aiyê ê ê
É a nossa cor
Negro a dizer é a nossa cor
ôhô ôhô ôhô
ôhô
ehê ehê ehê
ehê
O negro se farta do fruto da sua beleza
Atribui-se tambem a ele esta sua grandeza
Ilê Aiyê
Sendo a propria razão
Que a razao nao pode explicar
Ecoa-se ate o firmamento
Este nosso cantar
Ilê Aiyê ê ê
É a nossa cor
Negro a dizer é a nossa cor
ôhô ôhô ôhô
ôhô ehê ehê ehê ehê
Canto Para o Senegal
Reflexus
Composição: Ythamar Tropicália e Valmir Brito
Sene sene senegal
Sene sene senegal
Diz povão senegal região
Diz povão senegal região
Diz povão senegal região
A grandeza do negro
Se deu quando houve este grito infinito
E o muçulmanismo que contagiava como religião
Ilê-aiyê traz imensas verdades ao povo fulani
Senegal faz fronteira com Mauritânia e Mali
Os seres ê ê ê, a tribo primeira que simbolizava
Salum, gâmbia, casamance, seus rios a desembocar
Mandigno, tukuler, uolof, são os povos negros
E uma das capitais mais lindas hoje se chama dakar, ilê
Ilê ê ê ê, dakar á á, obatala ago iê ê ê ê
Esses são os meus sentimentos do nosso antepassado
Senegal narrado como tema ilê aiyê
sene, sene, sene, sene, senegal
diz povão, senegal região
ê ahê, ahê
á, ia, iê
Baol reino de lá
Hamba-kalo povo de dakar
Negros ilê-aiyê avançam pelas ruas centrais da cidade
Senegalesas mulheres vaidosas mostrando intensidade
Incorporadas num só movimento na dança frenética do carnaval
Caolak, rufisque, zinguichor, são as cidades do senegal
Ilê-aiyê ê ê... está nos torsos, nas indumentárias africanas
Lingüisticamente o francês na dialética união baiana
Baobás árvore símbolo da nação
dos deniakes, os berberes, dinastia da região, ilê...
ilê ê ê ê, dakar á á á, obatalá, ago iê, ê ê ê...
esses são os meus sentimentos do antepassadoaval
Caolak, Rufisque, Zinguichor, são as cidades do Senegal
Ilê Ayiêêê esta nos torsos, nas indumentárias africanas
Lingüisticamente o francês na dialética união baiana
Baobás, árvore símbolo da nação
Dos deniakes, os Berberes, dinastia da região, ilê
Ilêêê, Dacar, obatalá, agô iêêê
Esses são os meus sentimentos do nosso antepassado
Dialeto Negro
Reflexus
Composição: Valmir Brito e Gibi
Mamêtro Kavisó
De umbanda
Umbanda gira gira
Azulê no abanto
Ungagá zara tempo
Sambangola de mucaia
Sequê sequê dandalunda
Agorigê meu atotó
Agolónan Godemá nagô
Agonilê Agonilê
ê carnaxe ara
Ara mogibi
Mogibi mocualê babá
Ara vá
Mogibi mocualê babá
Ara vá
Libertem Mandela
Reflexus
Composição: Indisponível
Batalhas e conflitos
vítimas de sofrimentos
sou eu um negro bonito
desabafando meus sentimentos
De geração em geração
que é discriminado o negão
e hoje somos cultura
nosso grito de força é a nossa união
Tire o chapéu e levante a mão
Tire o chapéu e levante a mão
Diga não ao Apartheid e liberte Mandela
Nosso grande irmão
Madagascar Olodum
Reflexus
Criaram-se vários reinados
Ponto de Imerinas ficou consagrado
Rambozalama o vetor saudável
Ivato cidade sagrada
A rainha Ranavalona
Destaca-se na vida e na mocidade
Majestosa negra
Soberana da sociedade
Alienado pelos sues poderes
Rei Radama foi considerado
Um verdadeiro Meiji
Que levava seu reino a bailar
Bantos, indonésios, árabes
Se integram à cultura malgaxe
Raça varonil alastrando-se pelo Brasil
Sankara Vatolay
Faz deslumbrar toda nação
Merinas, povos, tradição
E os mazimbas foram vencidos pela invenção
êêê Sakalavas oná ê
Iááá Sakalavas oná á
Iêêê Sakalavas oná ê
Iááá Sakalavas oná á
Madagascar, ilha, ilha do amor
Madagascar, ilha, ilha do amor
Madagascar, ilha, ilha do amor
Madagascar, ilha, ilha do amor
E viva Pelô Pelourinho
Patrimônio da humanidade é
Pelourinho, Pelourinho
Palco da vida e das negras verdades
Protestos, manifestações
Faz o Olodum contra o Apartheid
Juntamente som Madagascar
Evocando liberdade e igualdade a reinar
Iêêê Sakalavas oná ê
Iááá Sakalavas oná á
Iêêê Sakalavas oná ê
Iááá Sakalavas oná á
Madagascar, ilha, ilha do amor
Madagascar, ilha, ilha do amor
Madagascar, ilha, ilha do amor
Madagascar, ilha, ilha do amor
Aiêêê, Madagascar Olodum
Aiêêê, eu sou o arco–íris de Madagascar
Aiêêê, Madagascar Olodum
Aiêêê, eu sou o arco–íris de Madagascar
Iêêê Sakalavas oná ê
Iááá Sakalavas oná á
Iêêê Sakalavas oná ê
Iááá Sakalavas oná á
Madagascar, ilha, ilha do amor
Madagascar, ilha, ilha do amor
Madagascar, ilha, ilha do amor
Madagascar, ilha, ilha do amor
Olodum Ologbom - Reflexus
Composição: Tita Lopes e Lazinho
Akewi Ati Onilu
Cantam e tocam para anunciar
Nubia, Axum e Etiópia
Olodum vem mostrar
Registrado pela história
Soberania momentânea
Menelik, rei Cabeb
Rastafari, Ei Ezana
A rainha do Sabá
Casou-se com o Rei Salomão
Originando a mista raça
São raízes do Sudão
A cultura sudanesa
Pelo mundo se espalhou
Fons, dogons, sereres, Haussás
Mossis, mandingas, ibôs, iorubás
Olodum do Pelourinho
Sempre contra a opressão
Busca paz e liberdade
Quer o mundo em união
ô ô ô
Ago Olodum Ti-de
Ibere ifé ati axé.
Serpente Negra - Reflexus
Composição: (Ythamar Tropicália, Gibi, Roque Carvalho, Walmir Brito)
Ará Ará eu sou AraKetu
Ketu Ketu ode oba nixar
Kê Kê Kê leva eu
Kê Kê Kê AraKetu sou eu
Daomé nação de uma serpente negra
O rei manda lhe falar
O arco–íris ao se dissipar
Orixá maior é a força da natureza
Que representa Ketu nação
De um rei Olofin da atual República Beniin
No reino de Daomé
Serpente Negra era um babalaô
O arco-íris que vem lá do alto
Trás a força do superior
Ará Ará eu sou AraKetu
Ketu Ketu ode oba nixar
Kê Kê Kê leva eu
Kê Kê Kê AraKetu sou eu
O quadro negro
Representa na face da Terra
Hoje não existe mais guerra
A escravidão acabou ô ô
AraKetu retrato da tal mocidade
Representando o passado
E tudo que aqui ficou
Derramando nossos prantos de felicidade
Por ser essa tal entidade
Nomeada a Ode caçador
AraKetu força divina força maior
Ô ô ô ô ó ó ó ó ó
Pois o sangue desses negros
Derramavam na Terra
Para que os senhores passassem
Um tipo de vida melhor
Orá orá orá orá Orayê
Orá orá orá eis Oxumaré
Milton Nascimento
Morro Velho
Composição: Milton Nascimento
No sertão da minha terra, fazenda é o camarada que ao chão sedeu
Fez a obrigação com força, parece até que tudo aquilo ali é seu
Só poder sentar no morro e ver tudo verdinho, lindo a crescer
Orgulhoso camarada, de viola em vez de enxada
Filho do branco e do preto, correndo pela estrada atrás depassarinho
Pela plantação adentro, crescendo os dois meninos, semprepequeninos
Peixe bom dá no riacho de água tão limpinha, dá pro fundo ver
Orgulhoso camarada, contra histórias prá moçada
Filho do senhor vai embora, tempo de estudos na cidade grande
Parte, tem os olhos tristes, deixando o companheiro na estaçãodistante
Não esqueça, amigo, eu vou voltar, some longe o trenzinho aodeus-dará
Quando volta já é outro, trouxe até sinhá mocinha práapresentar
Linda como a luz da lua que em lugar nenhum rebrilha como lá
Já tem nome de doutor, e agora na fazenda é quem vai mandar
E o seu velho camarada, já não brinca, mas trabalha
Raça – Milton Nascimento
Composição: Milton Nascimento/Fernando Brant
Lá vem a força, lá vem a magia
Que me incendeia o corpo de alegria
Lá vem a santa maldita euforia
Que me alucina, me joga e me rodopia
Lá vem o canto, o berro de fera
Lá vem a voz de qualquer primavera
Lá vem a unha rasgando a garganta
A fome, a fúria, o sangue que já se levanta
De onde vem essa coisa tão minha
Que me aquece e me faz carinho?
De onde vem essa coisa tão crua
Que me acorda e me põe no meio da rua?
É um lamento, um canto mais puro
Que me ilumina a casa escura
É minha força, é nossa energia
Que vem de longe prá nos fazer companhia
É Clementina cantando bonito
As aventuras do seu povo aflito
É Seu Francisco, boné e cachimbo
Me ensinando que a luta é mesmo comigo
Todas Marias, Maria Dominga
Atraca Vilma e Tia Hercília
É Monsueto e é Grande Otelo
Atraca, atraca que o Naná vem chegando
Reis e Rainhas do Maracatu
Milton Nascimento
Composição: Indisponível
Dentro das alas, nações em festa
Reis e rainhas cantar
Ninguém se cala louvando as glórias
Que a história contou
Marinheiros, capitães, negros sobas
Rei do congo, a rainha e seu povo
As mucamas e os escravos no canavial
Amadês senhor de engenho e sinhá
Traz aqui maracatu nossa escola
Do Recife nós trazemos com alma
A nação maracatu, nosso tema geral
Banho de Manjericão
Clara Nunes
Composição: João Nogueira-Paulo Cesar Pinheiro
Eu vou me banhar de manjericão
Vou sacudir a poeira do corpo batendo com a mão
E vou voltar lá pro meu congado
Pra pedir pro santo
Pra rezar quebranto
Cortar mau olhado
E eu vou bater na madeira três vezes com o dedo cruzado
Vou pendurar uma figa no aço do meu cordão
Em casa um galho de arruda que corta
Um copo dágua no canto da porta
Vela acesa, e uma pimenteira no portão
É com vovó Maria que tem simpatia pra corpo fechado
É com pai Benedito que benze os aflitos com um toque de mão
E pai Antônio cura desengano
E tem a reza de São Cipriano
E têm as ervas que abrem os caminhos pro cristão.
Brasil Mestiço Santuário Da Fé
Clara Nunes
Composição: Indisponível
Vem desde o tempo da senzala
Do batuque e da cabala
O som que a todo povo embala 2x
E quanto mais o chicote estala
E o povo se encurrala
O som mais forte se propala 2x
E é o samba
E é o ponto de umbanda
E o tambor de Luanda
é o maculelê e o lundu
É o jogo do caxambu
É o cateretê, é o cõco e é o maracatu
O atabaque do caboco, o agogô de afoxé.
É a curimba do batucajé
É a capoeira e o candomblé
É a festa do Brasil mestiço, santuario da fé.
E aos sons a palavra do poeta se juntou
E nasceram as canççoes e os mais belos poemas de
amor.
Os cantos de guerra e os lamentos de dor
E pro povo não desesperar
Nós não deixaremos de cantar
Pois esse é o único alento do trabalhador
Desde a senzala....
Canto Das Três Raças
Clara Nunes
Composição: Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro
Ninguém ouviu
Um soluçar de dor
No canto do Brasil
Um lamento triste
Sempre ecoou
Desde que o índio guerreiro
Foi pro cativeiro
E de lá cantou
Negro entoou
Um canto de revolta pelos ares
No Quilombo dos Palmares
Onde se refugiou
Fora a luta dos Inconfidentes
Pela quebra das correntes
Nada adiantou
E de guerra em paz
De paz em guerra
Todo o povo dessa terra
Quando pode cantar
Canta de dor
ô, ô, ô, ô, ô, ô
ô, ô, ô, ô, ô, ô
ô, ô, ô, ô, ô, ô
ô, ô, ô, ô, ô, ô
E ecoa noite e dia
É ensurdecedor
Ai, mas que agonia
O canto do trabalhador
Esse canto que devia
Ser um canto de alegria
Soa apenas
Como um soluçar de dor
Ê Baiana - Clara Nunes
Composição: Fabricio da Silva/Baianinho/Enio Santos Ribeiro/Miguel Pancracio
Ê baiana
Ê ê ê baiana, baianinha
Ê baiana
Ê ê ê baiana
Baiana boa
Gosta do samba
Gosta da roda
E diz que é bamba
Baiana boa
Gosta do samba
Gosta da roda
E diz que é bamba
Olha, toca a viola
Que ela quer sambar
Ela gosta de samba
Ela quer rebolar
Toca a viola
Que ela quer sambar
Ela gosta de samba
Ela quer rebolar
Ê baiana
Ê baiana
Ê ê ê baiana, baianinha
Ê baiana
Ê ê ê baiana
Festa Para Um Rei Negro
Clara Nunes
Composição: Indisponível
Nos anais da nossa História
Vamos relembrar
Personagens de outrora
Que iremos recordar
Sua vida, sua glória
Seu passado imortal
Que beleza
A nobreza do tempo colonial
O lê lê, ô lá lá
Pega no ganzê
Pega no ganzá
Hoje tem festa na aldeia
Quem quiser pode chegar
Tem reisado a noite inteira
E fogueira pra queimar
Nosso rei veio de longe
Pra poder nos visitar
Que beleza
A nobreza que visita o gongá
O lê lê, ô lá lá
Pega no ganzê
Pega no ganzá
Senhora dona-de-casa
Traz seu filho pra cantar
Para o rei que vem de longe
Pra poder nos visitar
Esta noite ninguém chora
E ninguém pode chorar
Que beleza
A nobreza que visita o gongá
O-lê-lê, ô-lá-lá...
Filme ILHA DAS FLORES - Sugestões de atividades pedagógicas - Ens. Fundamental e Médio
Filme: Ilha das Flores
Maria Salete Prado Soares
Gênero Documentário
Experimental
Diretor Jorge Furtado
Elenco Ciça Reckziegel
Ano 1989
Duração 13 min
Cor Colorido
Bitola 35mm
País Brasil
Obs. Possuo cópia do filme, mas é possível baixar pela internet
também.
O premiado curta-metragem Ilha das Flores, produzido há 17 anos, não deixa ninguém indiferente à sua projeção e costuma provocar fortes reações, mesmo em quem já o assistiu anteriormente. Já foi amplamente discutido e utilizado em sala de aula e presta-se a um ótimo trabalho interdisciplinar, dada a possibilidade de ser abordado por várias áreas do conhecimento: geografia, história, ética, economia, sociologia, meio-ambiente, biologia, filosofia, matemática, etc.
A força desse documentário, além, evidentemente, do tema humano e social, reside numa estratégia argumentativa que seduz e engana o telespectador, que não consegue perceber o tema verdadeiro do filme, só revelado por Furtado nos instantes finais, depois de vertiginosa sucessão de imagens.
A sugestão de aplicabilidade agora desenvolvida pretende ilustrar possibilidades outras além das tradicionais que o filme suscita e abrange áreas da linguagem e leitura de texto verbal e visual.
Nível de Ensino: Fundamental II (8ª série) e Médio
Disciplina: Língua Portuguesa
Temas de Língua Portuguesa:
Linguagens verbal e visual
Figura de linguagem: ironia
Intertextualidade: paródia, paráfrase.
Gêneros textuais: documentário, sinopse, resenha.
Assunto e tema
Argumentação: recursos argumentativos e seus efeitos.
Narrado numa linguagem de documentário, o filme pretende um tom de neutralidade. É exatamente esse tom asséptico e pretensamente didático que é responsável por desencadear a carga emotiva do filme, já que entra em contradição com as imagens, gerando uma constante quebra de expectativa.
Sugestões de atividade:
Trabalhar gêneros textuais: Seria interessante discutir, antes do dia do projeção do curta, o que seria um documentário.
Verbete: DOCUMENTÁRIO
DICIONÁRIO AURÉLIO
(...)
4. Cin. Filme, em geral de curta-metragem, que registra, interpreta e comenta um fato, um ambiente, ou determinada situação.
-----------------------------------------------------------------------------------------------
DICIONÁRIO HOUAISS
(...)
2 Rubrica: cinema, televisão.
filme informativo e/ou didático feito sobre pessoa[s] (ger. de conhecimento público), animais, acontecimentos (históricos, políticos, culturais etc.) ou ainda sobre objetos, emoções, pensamentos, culturas diversas etc.
-----------------------------------------------------------------------------------------------
WIKIPÉDIA (http://pt.wikipedia.org/wiki/Documentário)
Documentário é um gênero cinematográfico que se caracteriza pelo compromisso com a exploração da realidade. Mas dessa afirmativa não se deve deduzir que ele represente a realidade tal como ela é. O documentário, assim como a ficção, é uma representação parcial e subjetiva da realidade. Atualmente, há uma série de estudos cujos esforços se dirigem no sentido de mostar que há uma indefinição de fronteiras entre documentário e ficção.
Após a projeção, discute-se se Ilha das Flores é um documentário e qual a especificidade desse gênero.
De acordo com o próprio diretor, Jorge Furtado, Ilha das Flores é uma paródia ao documentário do modo expositivo de representação com o objetivo de criar uma empatia, através do humor, para melhor provocá-lo na seqüência final. — “Para convencer o público a participar de uma viagem por dentro de uma realidade horrível, eu precisava enganá-lo. Primeiro, tinha que seduzi-lo e depois dar a porrada.“
(FURTADO, Jorge. Um astronauta no Chipre. Porto Alegre: Artes Ofícios, 1992, p. 63).
Outra possibilidade, esta não é específica deste filme é traçar a diferença entre sinopse e resenha crítica.
Sinopse (ou Resenha-resumo): É um texto que se limita a resumir o conteúdo de um livro, de um capítulo, de um filme, de uma peça de teatro ou de um espetáculo, sem qualquer crítica ou julgamento de valor. Trata-se de um texto informativo, pois o objetivo principal é informar o leitor.
Resenha-crítica: É um texto que, além de resumir o objeto, faz uma avaliação sobre ele, uma crítica, apontando os aspectos positivos e negativos. Trata-se, portanto, de um texto de informação e de opinião.
Adaptado de http://www.pucrs.br/gpt/resenha.php
É interessante também estabelecer a diferença entre assunto e tema, pois o assunto é um só, mas que gera diferentes temas. Pode-se propor, depois, que os alunos elaborem uma resenha do vídeo.
TEMA provém do latim "thema", tema, proposição, argumento, matéria, tese. E este provém do grego "théma", proposição, isto é, aquilo que se propõe. O tema significa, pois, a idéia central duma obra literária, como, por exemplo, o amor, a saudade, etc. (o tema, em geral, é abstrato). No caso do Ilha, há vários temas: a fome, exclusão social, a liberdade, etc
ASSUNTO provém do latim "assumptu(m)", particípio passado do verbo "assumere", tomar, receber para si; juntar, aplicar; praticar. É a seqüência de acontecimentos. Poderíamos dizer que o assunto de Ilha das Flores é o percurso de um tomate em diferentes fases de sua vida.
Adaptado de http://ciberduvidas.sapo.pt
Antes de iniciar a projeção, seria interessante estimular a curiosidade dos alunos, propondo algo como:
* O que há em comum entre tomates, porcos e seres humanos?
De acordo com Renata do Amaral, uma sinopse feita pela própria equipe do filme diz que: "Um tomate é plantado, colhido, transportado e vendido num supermercado, mas apodrece e acaba no lixo. Acaba? Não. "Ilha das flores" segue-o até seu verdadeiro final, entre animais, lixo, mulheres e crianças. E então fica clara a diferença que existe entre tomates, porcos e seres humanos."
AMARAL, Renata. A polifonia no curta-metragem Ilha das flores. Diasponível em [http://
Ao final, buscar as diferenças e semelhanças entre tomates, porcos e seres humanos, resgatar as respostas iniciais e confrontando-as.
Algumas perguntas com relação ao objetivo do filme:
* Qual o propósito do diretor ao avisar, antes do início da história:
• Este filme não é ficção
• Esta não é a sua vida
• Deus não existe
Solicitar, também, que sejam identificados os questionamentos que estão por trás da trajetória do tomate, do momento em que é plantado até chegar ao lixo.
Com relação ao narrador: pedir aos alunos que identifiquem quem é o narrador (ou de que lugar ele fala), uma vez que há passagens em que se diz:
• Os seres humanos são animais mamíferos, bípedes, e se distinguem dos outros mamíferos como a baleia ou bípedes como a galinha, principalmente por duas características: o telencéfalo altamente desenvolvido e o polegar opositor."
• “realizam melhoramentos no seu planeta como plantar tomates. ”
Além disso, questionar a “precisão científica” de alguns dados tais como a exata localização geográfica com a inclusão de latitude e longitude, por exemplo. Estaria o diretor fazendo uma sátira ao cientificismo? Esta pergunta irá relacionar-se aos efeitos que isso cria em termos de argumentação.
Com relação às linguagens verbal e visual, chamar a atenção para a contradição que existe entre a linguagem verbal, a narração, a voz “oficial” e a linguagem visual, imagética e sonora, relação permeada pela ironia. Exemplos:
• A voz diz que ter um telencéfalo altamente desenvolvido e polegar opositor permite realizar melhoramentos no planeta como plantar tomates, enquanto a imagem mostrada é da explosão da bomba atômica.
• "Água é uma substância inodora, insípida e incolor formada por 2 átomos de hidrogênio e 1 átomo de oxigênio" e a imagem na tela é de um rio sujo, com águas turvas, que pressupõe cheiro e gosto bastante desagradáveis.
• "os judeus possuem telencéfalo altamente desenvolvido e dedo polegar opositor. São, portanto, seres humanos". O que se vêem são homens magros, maltratados, cercados de arame farpado e corpos empilhados, lembrando os campos de concentração nazistas.
Quanto à argumentação
O documentário é um texto argumentativo que pretende levar seu receptor a uma determinada conclusão.
TEXTO ARGUMENTATIVO é o texto em que defendemos uma idéia, opinião ou ponto de vista, uma tese, procurando (por todos os meios) fazer com que nosso ouvinte/leitor aceite-a, creia nela.
Num texto argumentativo, distinguem-se três componentes: a tese, os argumentos e as estratégias argumentativas.
TESE, ou proposição, é a idéia que defendemos, necessariamente polêmica, pois a argumentação implica divergência de opinião.
A palavra ARGUMENTO tem uma origem curiosa: vem do latim ARGUMENTUM, que tem o tema ARGU , cujo sentido primeiro é "fazer brilhar", "iluminar", a mesma raiz de "argênteo", "argúcia", "arguto".
As ESTRATÉGIAS não se confundem com os ARGUMENTOS. Esses, como se disse, respondem à pergunta por quê (o autor defende uma tese tal PORQUE ... - e aí vêm os argumentos).
ESTRATÉGIAS argumentativas são todos os recursos (verbais e não-verbais) utilizados para envolver o leitor/ouvinte, para impressioná-lo, para convencê-lo melhor, para persuadi-lo mais facilmente, para gerar credibilidade, etc.
Adaptado de http://www.pucrs.br/gpt/argumentativo.php,
Seria interessante levar os alunos a identificar qual seria a tese, os argumentos e as estratégias desenvolvidas em Ilha.
Existem vários tipos de argumentos, dentre eles, o argumento
• de autoridade
• baseado em consenso
• baseado em provas concretas
• baseado no raciocínio lógico
É interessante notar que há um discurso pretensamente científico, que se caracterizaria como argumento de “autoridade”; a cada novo elemento do filme, o narrador emite um conceito que, embora correto, apresenta uma visão inusitada, estranha, diferente do tradicional. Por exemplo:
• Um dia é o intervalo de tempo que o planeta Terra leva para girar completamente sob o seu próprio eixo
• Terreno é uma porção de terra que tem um dono e uma cerca
• De origem orgânica é tudo aquilo que um dia esteve vivo na forma animal e vegetal
• Uma prova de história é um teste da capacidade de um telencéfalo de um ser humano de recordar dados referentes ao estudo da História.
Entre as estratégias argumentativas usadas com a finalidade de convencer, temos a argumentação pelo absurdo, que se revela na contradição entre texto narrado e imagem, pela ironia desvendada nessa relação.
Assim, ao final do percurso narrativo-argumentativo, Jorge Furtado conclui sua história: "O que coloca os (os seres humanos) abaixo dos porcos é o fato de não terem dinheiro nem dono." E encerra acrescentando um dado à definição de ser humano: “o ser humano se diferencia dos outros animais pelo telencéfalo altamente desenvolvido, pelo polegar opositor e por ser livre.
Recorrendo à definição do dicionário: Livre é o estado daquele que tem liberdade. Para completar com Cecília Meirelles: Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda". Na tela, o que vemos é a miséria e sofrimento de seres humanos, que vivem em condições piores que porcos.
Referências e links
AMARAL, Renata. A polifonia no curta-metragem Ilha das flores. Disponível em [http:// http://users.hotlink.com.br/reamaral/documentarios/polifonia.html] Acesso em 3/11/2005
BARROS, Gabriela Torres. A ilha da paráfrase. Disponível em [http://users.hotlink.com.br/reamaral/documentarios/parafrase.html]. Acesso em 18/07/2005.
FURTADO, Jorge. Um astronauta no Chipre. Porto Alegre: Artes Ofícios, 1992.
http://www.casacinepoa.com.br/port/filmes/ilhadasf.htm
http://www.planetaeducacao.com.br/cinema/ilha_das_flores.asp
http://www.casacinepoa.com.br/port/filmes/ilhadasf.htm
http://www.cinemando.com.br/200211/entrevistas/resenhas/ilhadasflores.htm
Maria Salete Prado Soares
Gênero Documentário
Experimental
Diretor Jorge Furtado
Elenco Ciça Reckziegel
Ano 1989
Duração 13 min
Cor Colorido
Bitola 35mm
País Brasil
Obs. Possuo cópia do filme, mas é possível baixar pela internet
também.
O premiado curta-metragem Ilha das Flores, produzido há 17 anos, não deixa ninguém indiferente à sua projeção e costuma provocar fortes reações, mesmo em quem já o assistiu anteriormente. Já foi amplamente discutido e utilizado em sala de aula e presta-se a um ótimo trabalho interdisciplinar, dada a possibilidade de ser abordado por várias áreas do conhecimento: geografia, história, ética, economia, sociologia, meio-ambiente, biologia, filosofia, matemática, etc.
A força desse documentário, além, evidentemente, do tema humano e social, reside numa estratégia argumentativa que seduz e engana o telespectador, que não consegue perceber o tema verdadeiro do filme, só revelado por Furtado nos instantes finais, depois de vertiginosa sucessão de imagens.
A sugestão de aplicabilidade agora desenvolvida pretende ilustrar possibilidades outras além das tradicionais que o filme suscita e abrange áreas da linguagem e leitura de texto verbal e visual.
Nível de Ensino: Fundamental II (8ª série) e Médio
Disciplina: Língua Portuguesa
Temas de Língua Portuguesa:
Linguagens verbal e visual
Figura de linguagem: ironia
Intertextualidade: paródia, paráfrase.
Gêneros textuais: documentário, sinopse, resenha.
Assunto e tema
Argumentação: recursos argumentativos e seus efeitos.
Narrado numa linguagem de documentário, o filme pretende um tom de neutralidade. É exatamente esse tom asséptico e pretensamente didático que é responsável por desencadear a carga emotiva do filme, já que entra em contradição com as imagens, gerando uma constante quebra de expectativa.
Sugestões de atividade:
Trabalhar gêneros textuais: Seria interessante discutir, antes do dia do projeção do curta, o que seria um documentário.
Verbete: DOCUMENTÁRIO
DICIONÁRIO AURÉLIO
(...)
4. Cin. Filme, em geral de curta-metragem, que registra, interpreta e comenta um fato, um ambiente, ou determinada situação.
-----------------------------------------------------------------------------------------------
DICIONÁRIO HOUAISS
(...)
2 Rubrica: cinema, televisão.
filme informativo e/ou didático feito sobre pessoa[s] (ger. de conhecimento público), animais, acontecimentos (históricos, políticos, culturais etc.) ou ainda sobre objetos, emoções, pensamentos, culturas diversas etc.
-----------------------------------------------------------------------------------------------
WIKIPÉDIA (http://pt.wikipedia.org/wiki/Documentário)
Documentário é um gênero cinematográfico que se caracteriza pelo compromisso com a exploração da realidade. Mas dessa afirmativa não se deve deduzir que ele represente a realidade tal como ela é. O documentário, assim como a ficção, é uma representação parcial e subjetiva da realidade. Atualmente, há uma série de estudos cujos esforços se dirigem no sentido de mostar que há uma indefinição de fronteiras entre documentário e ficção.
Após a projeção, discute-se se Ilha das Flores é um documentário e qual a especificidade desse gênero.
De acordo com o próprio diretor, Jorge Furtado, Ilha das Flores é uma paródia ao documentário do modo expositivo de representação com o objetivo de criar uma empatia, através do humor, para melhor provocá-lo na seqüência final. — “Para convencer o público a participar de uma viagem por dentro de uma realidade horrível, eu precisava enganá-lo. Primeiro, tinha que seduzi-lo e depois dar a porrada.“
(FURTADO, Jorge. Um astronauta no Chipre. Porto Alegre: Artes Ofícios, 1992, p. 63).
Outra possibilidade, esta não é específica deste filme é traçar a diferença entre sinopse e resenha crítica.
Sinopse (ou Resenha-resumo): É um texto que se limita a resumir o conteúdo de um livro, de um capítulo, de um filme, de uma peça de teatro ou de um espetáculo, sem qualquer crítica ou julgamento de valor. Trata-se de um texto informativo, pois o objetivo principal é informar o leitor.
Resenha-crítica: É um texto que, além de resumir o objeto, faz uma avaliação sobre ele, uma crítica, apontando os aspectos positivos e negativos. Trata-se, portanto, de um texto de informação e de opinião.
Adaptado de http://www.pucrs.br/gpt/resenha.php
É interessante também estabelecer a diferença entre assunto e tema, pois o assunto é um só, mas que gera diferentes temas. Pode-se propor, depois, que os alunos elaborem uma resenha do vídeo.
TEMA provém do latim "thema", tema, proposição, argumento, matéria, tese. E este provém do grego "théma", proposição, isto é, aquilo que se propõe. O tema significa, pois, a idéia central duma obra literária, como, por exemplo, o amor, a saudade, etc. (o tema, em geral, é abstrato). No caso do Ilha, há vários temas: a fome, exclusão social, a liberdade, etc
ASSUNTO provém do latim "assumptu(m)", particípio passado do verbo "assumere", tomar, receber para si; juntar, aplicar; praticar. É a seqüência de acontecimentos. Poderíamos dizer que o assunto de Ilha das Flores é o percurso de um tomate em diferentes fases de sua vida.
Adaptado de http://ciberduvidas.sapo.pt
Antes de iniciar a projeção, seria interessante estimular a curiosidade dos alunos, propondo algo como:
* O que há em comum entre tomates, porcos e seres humanos?
De acordo com Renata do Amaral, uma sinopse feita pela própria equipe do filme diz que: "Um tomate é plantado, colhido, transportado e vendido num supermercado, mas apodrece e acaba no lixo. Acaba? Não. "Ilha das flores" segue-o até seu verdadeiro final, entre animais, lixo, mulheres e crianças. E então fica clara a diferença que existe entre tomates, porcos e seres humanos."
AMARAL, Renata. A polifonia no curta-metragem Ilha das flores. Diasponível em [http://
Ao final, buscar as diferenças e semelhanças entre tomates, porcos e seres humanos, resgatar as respostas iniciais e confrontando-as.
Algumas perguntas com relação ao objetivo do filme:
* Qual o propósito do diretor ao avisar, antes do início da história:
• Este filme não é ficção
• Esta não é a sua vida
• Deus não existe
Solicitar, também, que sejam identificados os questionamentos que estão por trás da trajetória do tomate, do momento em que é plantado até chegar ao lixo.
Com relação ao narrador: pedir aos alunos que identifiquem quem é o narrador (ou de que lugar ele fala), uma vez que há passagens em que se diz:
• Os seres humanos são animais mamíferos, bípedes, e se distinguem dos outros mamíferos como a baleia ou bípedes como a galinha, principalmente por duas características: o telencéfalo altamente desenvolvido e o polegar opositor."
• “realizam melhoramentos no seu planeta como plantar tomates. ”
Além disso, questionar a “precisão científica” de alguns dados tais como a exata localização geográfica com a inclusão de latitude e longitude, por exemplo. Estaria o diretor fazendo uma sátira ao cientificismo? Esta pergunta irá relacionar-se aos efeitos que isso cria em termos de argumentação.
Com relação às linguagens verbal e visual, chamar a atenção para a contradição que existe entre a linguagem verbal, a narração, a voz “oficial” e a linguagem visual, imagética e sonora, relação permeada pela ironia. Exemplos:
• A voz diz que ter um telencéfalo altamente desenvolvido e polegar opositor permite realizar melhoramentos no planeta como plantar tomates, enquanto a imagem mostrada é da explosão da bomba atômica.
• "Água é uma substância inodora, insípida e incolor formada por 2 átomos de hidrogênio e 1 átomo de oxigênio" e a imagem na tela é de um rio sujo, com águas turvas, que pressupõe cheiro e gosto bastante desagradáveis.
• "os judeus possuem telencéfalo altamente desenvolvido e dedo polegar opositor. São, portanto, seres humanos". O que se vêem são homens magros, maltratados, cercados de arame farpado e corpos empilhados, lembrando os campos de concentração nazistas.
Quanto à argumentação
O documentário é um texto argumentativo que pretende levar seu receptor a uma determinada conclusão.
TEXTO ARGUMENTATIVO é o texto em que defendemos uma idéia, opinião ou ponto de vista, uma tese, procurando (por todos os meios) fazer com que nosso ouvinte/leitor aceite-a, creia nela.
Num texto argumentativo, distinguem-se três componentes: a tese, os argumentos e as estratégias argumentativas.
TESE, ou proposição, é a idéia que defendemos, necessariamente polêmica, pois a argumentação implica divergência de opinião.
A palavra ARGUMENTO tem uma origem curiosa: vem do latim ARGUMENTUM, que tem o tema ARGU , cujo sentido primeiro é "fazer brilhar", "iluminar", a mesma raiz de "argênteo", "argúcia", "arguto".
As ESTRATÉGIAS não se confundem com os ARGUMENTOS. Esses, como se disse, respondem à pergunta por quê (o autor defende uma tese tal PORQUE ... - e aí vêm os argumentos).
ESTRATÉGIAS argumentativas são todos os recursos (verbais e não-verbais) utilizados para envolver o leitor/ouvinte, para impressioná-lo, para convencê-lo melhor, para persuadi-lo mais facilmente, para gerar credibilidade, etc.
Adaptado de http://www.pucrs.br/gpt/argumentativo.php,
Seria interessante levar os alunos a identificar qual seria a tese, os argumentos e as estratégias desenvolvidas em Ilha.
Existem vários tipos de argumentos, dentre eles, o argumento
• de autoridade
• baseado em consenso
• baseado em provas concretas
• baseado no raciocínio lógico
É interessante notar que há um discurso pretensamente científico, que se caracterizaria como argumento de “autoridade”; a cada novo elemento do filme, o narrador emite um conceito que, embora correto, apresenta uma visão inusitada, estranha, diferente do tradicional. Por exemplo:
• Um dia é o intervalo de tempo que o planeta Terra leva para girar completamente sob o seu próprio eixo
• Terreno é uma porção de terra que tem um dono e uma cerca
• De origem orgânica é tudo aquilo que um dia esteve vivo na forma animal e vegetal
• Uma prova de história é um teste da capacidade de um telencéfalo de um ser humano de recordar dados referentes ao estudo da História.
Entre as estratégias argumentativas usadas com a finalidade de convencer, temos a argumentação pelo absurdo, que se revela na contradição entre texto narrado e imagem, pela ironia desvendada nessa relação.
Assim, ao final do percurso narrativo-argumentativo, Jorge Furtado conclui sua história: "O que coloca os (os seres humanos) abaixo dos porcos é o fato de não terem dinheiro nem dono." E encerra acrescentando um dado à definição de ser humano: “o ser humano se diferencia dos outros animais pelo telencéfalo altamente desenvolvido, pelo polegar opositor e por ser livre.
Recorrendo à definição do dicionário: Livre é o estado daquele que tem liberdade. Para completar com Cecília Meirelles: Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda". Na tela, o que vemos é a miséria e sofrimento de seres humanos, que vivem em condições piores que porcos.
Referências e links
AMARAL, Renata. A polifonia no curta-metragem Ilha das flores. Disponível em [http:// http://users.hotlink.com.br/reamaral/documentarios/polifonia.html] Acesso em 3/11/2005
BARROS, Gabriela Torres. A ilha da paráfrase. Disponível em [http://users.hotlink.com.br/reamaral/documentarios/parafrase.html]. Acesso em 18/07/2005.
FURTADO, Jorge. Um astronauta no Chipre. Porto Alegre: Artes Ofícios, 1992.
http://www.casacinepoa.com.br/port/filmes/ilhadasf.htm
http://www.planetaeducacao.com.br/cinema/ilha_das_flores.asp
http://www.casacinepoa.com.br/port/filmes/ilhadasf.htm
http://www.cinemando.com.br/200211/entrevistas/resenhas/ilhadasflores.htm
Comentário sobre o filme UMA MENTE BRILHANTE.
Uma Mente Brilhante é baseado no livro A Beautiful Mind: A Biography of John Forbes Nash Jr., de Sylvia Nasar. Dirigido por Ron Howard (O Preço de um Resgate), a história de John Nash, um homem considerado esquizofrênico pelos médicos mas que chegou a ganhar um Prêmio Nobel graças à sua genialidade. Com Russell Crowe, Ed Harris, Jennifer Connelly e Christopher Plummer. Vencedor de 4 Oscars
“Uma Mente Brilhante” apresenta a história de um homem que, apesar de toda a sua inteligência, padece de um distúrbio mental. Seu caso, verídico, ganhou ainda maior fama por que o personagem central é um dos grandes matemáticos do século XX. Professor de tradicional universidade norte-americana (Princeton), tendo participado de programas governamentais durante a época da Guerra Fria e mais tarde, vencedor do Oscar de pesquisador científico.
John Nash (Russell Crowe, indicado ao Oscar), se revela um grande matemático desde a sua chegada à universidade. Talento reconhecido pela instituição e por todos. É genial nos cálculos mas possui um estranho comportamento. Não faz sucesso com as garotas. Desdenha o trabalho dos colegas... Pretende galgar o sucesso. Ser brilhante!
Apesar de alguns indícios de anormalidade quanto aos relacionamentos, Nash, como qualquer jovem intelectual (ou não intelectual) , quer ser notado, brilhar como uma luz muito intensa. Continuou seus estudos, de forma obstinada, para encontrar a fórmula que o levaria a celebridade. Acabou criando-a ao opor-se ao conceito clássico de Adam Smith a respeito da competição (entendida como forma de estímulo para o avanço rumo a um objetivo, a uma lucratividade). Nash elaborou um conceito em que o essencial seria a colaboração do grupo para que todos conseguissem chegar a algum lugar, a um objetivo, a um lucro final.
Teve sempre um colega que o estimulava e o amparava em suas crises, Charles (Paul Bettany), era a única pessoa que o compreendia nesses momentos.
Ao terminar seu curso de matemática, reconhecido por suas teorias e pelo brilhantismo na área, John Nash foi convidado a trabalhar no MIT (Massachussets Institute of Technology), o mais conceituado de todos os centros de pesquisa na área de matemática e engenharia dos Estados Unidos.
Além de suas pesquisas, Nash foi convidado a dar algumas aulas e também a decifrar códigos para o governo, evitando que importantes mensagens soviéticas pudessem ser passadas através de inocentes matérias publicadas em jornais e revistas americanos para agentes russos infiltrados na América do Norte. Em suas mãos estava o destino da nação, ele poderia evitar a explosão de bombas nucleares nos Estados Unidos.
Aí casou-se com Alicia (Jennifer Connely Ela se tornara seu anjo da guarda a partir de então. Os dramas da esquizofrenia de Nash se agravam. Muito do que imaginava estar fazendo e algumas das pessoas mais importantes ao seu redor, não existiam. Só a sua própria força e inteligência, aliadas a dedicação de sua esposa poderiam permitir que ele superasse as adversidades e viesse a ter uma vida normal, novamente.
Atuações sensacionais de Crowe, Connely e Ed Harris (como Parcher, o contato de Nash com as autoridades americanas no trabalho de decodificar as mensagens russas), tornam o filme do diretor Ron Howard muito bom.
Resumo baseado nos sites: http://www.planetaeducacao.com.br/novo/artigo.asp?artigo=69 http://br.cinema.yahoo.com/filme/10116/sinopse/umamentebrilhante
http://www.adorocinema.com/filmes/mente-brilhante/mente-brilhante.asp
“Uma Mente Brilhante” apresenta a história de um homem que, apesar de toda a sua inteligência, padece de um distúrbio mental. Seu caso, verídico, ganhou ainda maior fama por que o personagem central é um dos grandes matemáticos do século XX. Professor de tradicional universidade norte-americana (Princeton), tendo participado de programas governamentais durante a época da Guerra Fria e mais tarde, vencedor do Oscar de pesquisador científico.
John Nash (Russell Crowe, indicado ao Oscar), se revela um grande matemático desde a sua chegada à universidade. Talento reconhecido pela instituição e por todos. É genial nos cálculos mas possui um estranho comportamento. Não faz sucesso com as garotas. Desdenha o trabalho dos colegas... Pretende galgar o sucesso. Ser brilhante!
Apesar de alguns indícios de anormalidade quanto aos relacionamentos, Nash, como qualquer jovem intelectual (ou não intelectual) , quer ser notado, brilhar como uma luz muito intensa. Continuou seus estudos, de forma obstinada, para encontrar a fórmula que o levaria a celebridade. Acabou criando-a ao opor-se ao conceito clássico de Adam Smith a respeito da competição (entendida como forma de estímulo para o avanço rumo a um objetivo, a uma lucratividade). Nash elaborou um conceito em que o essencial seria a colaboração do grupo para que todos conseguissem chegar a algum lugar, a um objetivo, a um lucro final.
Teve sempre um colega que o estimulava e o amparava em suas crises, Charles (Paul Bettany), era a única pessoa que o compreendia nesses momentos.
Ao terminar seu curso de matemática, reconhecido por suas teorias e pelo brilhantismo na área, John Nash foi convidado a trabalhar no MIT (Massachussets Institute of Technology), o mais conceituado de todos os centros de pesquisa na área de matemática e engenharia dos Estados Unidos.
Além de suas pesquisas, Nash foi convidado a dar algumas aulas e também a decifrar códigos para o governo, evitando que importantes mensagens soviéticas pudessem ser passadas através de inocentes matérias publicadas em jornais e revistas americanos para agentes russos infiltrados na América do Norte. Em suas mãos estava o destino da nação, ele poderia evitar a explosão de bombas nucleares nos Estados Unidos.
Aí casou-se com Alicia (Jennifer Connely Ela se tornara seu anjo da guarda a partir de então. Os dramas da esquizofrenia de Nash se agravam. Muito do que imaginava estar fazendo e algumas das pessoas mais importantes ao seu redor, não existiam. Só a sua própria força e inteligência, aliadas a dedicação de sua esposa poderiam permitir que ele superasse as adversidades e viesse a ter uma vida normal, novamente.
Atuações sensacionais de Crowe, Connely e Ed Harris (como Parcher, o contato de Nash com as autoridades americanas no trabalho de decodificar as mensagens russas), tornam o filme do diretor Ron Howard muito bom.
Resumo baseado nos sites: http://www.planetaeducacao.com.br/novo/artigo.asp?artigo=69 http://br.cinema.yahoo.com/filme/10116/sinopse/umamentebrilhante
http://www.adorocinema.com/filmes/mente-brilhante/mente-brilhante.asp
Comentário sobre o filme MEU NOME É RÁDIO.
No filme, Meu nome é Rádio, o autor denuncia antes de tudo a exclusão social que faz com que as pessoas que apresentam necessidades especiais fiquem à margem da sociedade e sejam vistas como alguém que tem uma doença contagiosa, ou que cometeu um crime hediondo ou ainda que não tem a menor importância e capacidade. Denuncia essa que usa como refúgio a base de uma história real, através da personagem RADIO que a princípio é laguem rejeitado, apesar de aparentemente feliz.Logo a seguir faz-nos refletir sobre a necessidade do ser humano de viver em sociedade, de ter amizades e oportunidade de se desenvolver na convivência com seus semelhantes apesar das diferenças, dificuldades e deficiências que todos temos.Mostra-nos também que através da compreensão, da ajuda, da amizade incondicional e da aceitação as pessoas podem se tornar melhores e serão plenamente capazes de se desenvolverem. RÁDIO, no início do filme, mal conseguia falar e no desenrolar do enredo, principalmente pela confiança demonstrada pelo técnico Jones, torna-se outra pessoa: expansiva, comunicativa; RÁDIO sai da introspecção para a alegria de aprender a ler e escrever, ser o anunciante do cardápio do dia no microfone da escola e o assistente do técnico Jones, seu protetor e incentivador.Algumas perseguições e rejeições ainda são abordadas: os colegas de colégio que tentam se aproveitar da “inocência” de RÁDIO para prejudica-lo, fazendo valer o estigma de que pessoas como ele devem ser excluídas, pois são uma ameaça para os ditos “normais”; as pessoas da comunidade que se mostram intolerantes e excludentes, pois não querem aceitar a presença de RÁDIO no colégio e sua participação ativa no dia a dia do mesmo.O filme baseia-se na história real de James Robert Kennedy, o fã número um do time T. L. Hanna High School, da cidade de Anderson (Carolina do Sul), baseada em um artigo escrito por Gary Smith, na revista Illustrated. O time supracitado é dirigido pelo técnico Jones que nos mostra o desprendimento de raríssimas pessoas em aceitarem as outras como elas são e a partir disso fazer a diferença na vida das mesmas. Tal atitude chega a causar estranheza na maioria das pessoas. A mãe de RÁDIO demonstra essa estranheza ao se mostrar arredia de início e perguntar ao técnico Jones quais eram os motivos que o moviam a ajudar o filho dela.O técnico Jones, por sua determinação, faz com que aos poucos as pessoas admirem e respeitem seu protegido. Além das temáticas acima citadas, aborda-se no filme a necessidade de estabelecer prioridades na vida e de perceber que aqueles que nos cercam, principalmente a nossa família, devem vir em primeiro lugar, antes da busca pelo sucesso, pelo poder; a nossa dedicação primeira deve ser o SER e não o TER, isso faz-se presente na tomada de consciência do técnico Jones quando o mesmo percebe que estava deixando as pessoas que amava em segundo plano e através do desenvolvimento de RÁDIO o técnico pode concluir que vale a pena se dedicar a quem amamos.“Meu nome é Rádio” é um filme a que vale a pena assistir. Indicado para pais, jovens e educadores. É uma história sensível e edificante que tem a contribuição de excelentes atores, uma trilha sonora emocionante e envolvente; sem imagens fantásticas mas simples e marcantes; sem muitos efeitos especiais, pois a retratação de tão esplêndida e comovente realidade exige o destaque das coisas simples, porém verdadeiras.É um daqueles filmes a que você assiste várias vezes e sempre aprende uma nova lição. Deu-me a certeza de que a convivência social saudável transforma-nos e que as nossas deficiências podem ser minimizadas quando aceitas pelos outros e por nós mesmos. É um filme inesquecível e altamente recomendável.
ORAÇÃO PELOS FILHOS
ORAÇÃO PELOS FILHOS
Senhor, é tão bom ter filhos.
No entanto, como é difícil criá-los!
Ajude-me a acertar, Senhor!
Faze com que eu possa compreendê-lo em todas as situações.
Que eu seja paciente com as suas atitudes.
Severa, se for preciso.
Mas que eu possa partilhar de suas alegrias, diminuir e suavizar suas tristezas, esquecer suas faltas.
Que a sua linguagem me seja fácil.
Que eu aceite as suas deficiências.
Que eles tenham a certeza do meu apoio, da minha ternura, do meu amor.
Faça com que eles sejam sempre felizes.
E que eu possa dizer sempre:
Senhor, é tão bom ter filhos.
No entanto, como é difícil criá-los!
Ajude-me a acertar, Senhor!
Faze com que eu possa compreendê-lo em todas as situações.
Que eu seja paciente com as suas atitudes.
Severa, se for preciso.
Mas que eu possa partilhar de suas alegrias, diminuir e suavizar suas tristezas, esquecer suas faltas.
Que a sua linguagem me seja fácil.
Que eu aceite as suas deficiências.
Que eles tenham a certeza do meu apoio, da minha ternura, do meu amor.
Faça com que eles sejam sempre felizes.
E que eu possa dizer sempre:
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